Resenha: Isla e o Final Feliz
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Autor(a): Stephanie Perkins
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 304
Classificação: 4/5
Comprar: Amazon
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Os livros da Stephanie Perkins fizeram parte da minha adolescência, tanto é que uma das primeiras resenhas aqui no blog foi sobre uma de suas obras. Depois de tantos anos sem ler nada dela, exceto por alguns contos, senti uma vontade nostálgica de terminar algo que eu tinha começado: a trilogia Anna, Lola e Isla. Então, depois de vários anos eu decidi comprar o exemplar de "Isla e o Final Feliz" o último livro que faltava para eu terminar essa trilogia.
"Tímida e romântica, Isla tem uma queda pelo introspectivo Josh desde o primeiro ano na SOAP, uma escola americana em Paris. Mas sua timidez nunca permitiu que ela trocasse mais do que uma ou duas palavras com ele, quando muito.
Depois de um encontro inesperado em Nova York durante as férias envolvendo sisos retirados e uma quantidade considerável de analgésicos, os dois se aproximam, e o sonho de Isla finalmente se torna realidade. Prestes a se formarem no ensino médio, agora eles terão que enfrentar muitos desafios se quiserem continuar juntos, incluindo dramas familiares, dúvidas quanto ao futuro e a possibilidade cada vez maior de seguirem caminhos diferentes. Com participações de Anna, Étienne, Lola e Cricket, personagens mais do que queridos pelo público apresentados em livros anteriores da autora, Isla e o final feliz é uma história de amor delicada, apaixonante e sedutora, um desfecho que vai fazer os fãs de Stephanie Perkins suspirarem ainda mais."
Quem nunca sonhou em ter a oportunidade de puxar conversa com o crush ao invés de só ficar observando? Esse é o caso da jovem Isla (lê-se Aila), uma garota que está no último ano do colegial e que sempre foi apaixonada por Josh, porém o garoto nunca pareceu notá-la pelos corredores da escola onde estudam, na escola americana em Paris. Durante as férias de verão algo inesperado acontece, Isla se encontra com Josh em uma cafeteria em Nova York e aquele parece o momento ideal para se aproximar dele, para finalmente conversarem.
Essa até que poderia ser uma ótima ideia se ela não estivesse dopada de analgésicos. O primeiro contato de Isla com o garoto de seus sonhos não sai da maneira que ela imaginava, mas, pelo menos ele havia a notado. A jovem passou o restante das férias pensando naquele encontro e o que ele significava, se isso poderia significar algo em seu destino ou se foi algo simplesmente aleatório e que não teve nenhum significado para Josh.
"Sempre peguei muito pesado comigo mesma. Mas não é melhor ser realista em relação a essas coisas antes que outra pessoa use isso contra você? Antes que alguém machuque você? Não é melhor que você mesmo faça isso? Sempre pensei que ser realista faz as pessoas serem mais fortes".
É durante a volta as aulas, na escola americana em Paris, que os dois tem a oportunidade de conversar sobre aquele encontro um pouco embaraçoso que tiveram em Nova York. Vai se tornando evidente que Josh também nutre alguns sentimentos por Isla, de maneira que não demora para eles engatarem em uma relação. Porém, nem tudo é um mar de flores: as regras da escola estão cada vez mais rígidas, então conseguir um tempo a sós e com um pouco de privacidade parece ser praticamente impossível para o mais novo casal; o histórico de Josh conta com algumas detenções, de forma que ele precisa andar na linha caso não queira ser expulso do colégio e, além disso, Isla tem de lidar com os problemas que envolvem Kurt, que é seu melhor amigo e quase-irmão.
Estar em um relacionamento nunca é fácil, é preciso de muito amor e paciência para lidar com os obstáculos que vão surgindo ao longo do caminho. Essa é uma lição que Isla e Josh vão aprender durante o tempo em que passam juntos, mas será que somente isso é necessário para mantê-los juntos ou eles vão decidir facilmente dessa relação?
"Josh me disse que eu nunca vou sabe quem eu sou se não me arriscar. Pedir desculpas seria um risco, rastejar seria um risco, implorar pelo perdão dele, de joelhos, seria um risco. O que foi que eu fiz? Eu o amo. É claro que o risco vale a pena."
Se você veio a procura de um livro revolucionário e que pode revolucionar o mundo, sinto te decepcionar, mas esse não é o livro. "Isla e o Final Feliz" é um desses típicos livros chick-it clichês e que tem um final previsível. Isso não parece muito animador, certo? Porém, ele é o livro perfeito caso você esteja à procura de um romance que te faça sorrir ao terminar de ler, que aqueça um pouco o seu coração. Nem sempre ser um clichê é ruim, e esse é o caso de "Isla e o Final Feliz".
Existe algo na escrita da Stephanie Perkins que me conquistou durante a leitura, como eu estava morrendo de saudades de seus trabalhos. Foi uma verdadeira nostalgia estar em contato com algo que fez parte da minha adolescência. E não se engane pensando que a narrativa só gira em torno do casal Isla e Josh, não aprofundando nos outros personagens. Durante a leitura tive a oportunidade de conhecer mais sobre a família de Isla, principalmente sobre sua irmã mais nova: Hattie. A autora também aprofunda bastante na vida de Kurt, um personagem bem diferente e que conquista o público com o seu jeito único.
E uma coisa que eu amei foi a aparição de personagens antigos: Anna e Étienne (Anna e o Beijo Francês) e Lola e Cricket (Lola e o Garoto da Casa ao Lado), isso foi como uma verdadeira viagem no tempo. Foi com grande maestria que a Stephanie conseguiu encerrar essa trilogia, eu não teria sido capaz de pensar em algo melhor!
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