Uma Crônica Natalina

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Imagem do Pinterest
O Natal é uma data que sempre rende histórias memoráveis, basta pegar um foto de uma ceia que logo vão surgir casos para contar e algumas lembranças para reviver.

Durante a minha infância, essa época do ano foi marcada por duas coisas: muito choro e correria. Eu sempre amei o Natal, porém odiava o Papai Noel com todas as minhas forças. Bastava ele chegar na casa da minha avó que eu saia correndo, me escondia e algum cômodo da casa e pra fazer com que eu tirasse foto junto dele era muito complicado. Muitas crianças sorriem e demonstram alegria quando estão junto do Papai Noel — exceto quando o queridíssimo Fora Michel Temer está por perto —, mas em todas as minhas fotos é possível notar uma cara de choro e uma expressão de desagrado. Isso persistiu até os meus sete anos de idade.

(Spoiler: nessa época descobri que o Papai Noel não existia).

Outra lembrança que eu tenho é de quando eu ganhei um guardanapo de presente. Sim, você leu certo. Aos 16 anos de idade eu ganhei um guardanapo. A minha família inteira estava reunida trocando os presentes e o clima de alegria parecia reinar pelo apartamento, os sorrisos que iam de ponta a ponta ao perceberem que tinham ganhado o presente que tanto estavam esperando.

Foi durante essa troca que eu peguei um pequeno embrulho vermelho decorado com alguns bonecos de neve, apertei para tentar descobrir o que era e a única conclusão que eu cheguei era que parecia ser um objeto muito macio, nem tinha ideia do que estava me aguardando.

Quando abri me deparei com um monte de guardanapos. Nem consegui disfarçar a minha cara de decepção, não consegui sorrir para fingir que estava contente com aquilo. Foi broxante. Fui conferir o embrulho para ver se não tinha pegado sem querer o presente de outra pessoa, mas no embrulho estava escrito: "BRUNA". Infelizmente aquele era o meu presente, não tinha sido nenhum tipo de engano. Aquele momento foi pior do que quando minha avó voltou pra China e deu iPod pra todo mundo da família, e para mim um monte de meia.

Mais tarde descobri que os guardanapos custavam 13,90 reais, se uma pessoa tem esse dinheiro pra gastar poderia muito bem ter me comprado uma barra de chocolate das lojas Americanas — lá vive rolando a promoção de 3 barras por 10 reais —, ou umas quatro trufas de 2 reais da Cacau Show. Eu amo chocolate e não ligo para o preço do presente, mas se tratando de um guardanapo fica difícil de defender.

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5 comentários

  1. Hahaha, é muito ruim ganhar meias, imagina guardanapos!
    http://my1life2in3books.blogspot.com.br/

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    1. Oi Nathália, tudo bem com você?
      Ou, sinceramente, nem sei dizer qual situação foi pior hahaha.
      Bjs e volte sempre aqui no blog!

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  2. Nossa, que situação.
    Acredita que eu já ganhei um esmalte? Já abri a caixinha desconfiada porque o embrulho era pequeno (a pobre iludida bem pensando que podia ser um colar fofinho) e encontrei um ESMALTE. Pior que nem era da cor que eu gosto. Esmalte nude. GENTE, EU SÓ PINTO MINHA UNHA DE COR ESCURA! Dá próxima vez tatuo na testa o que quero ganhar.
    Beijos!

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    1. Oi Duda, tudo bem com você?
      Olha, eu super te entendo, pois esse tipo de situação vive acontecendo comigo no Natal e aniversário. Eu amo ler e me considero meio geek, mas ao invés de me dar presentes voltados para os meus interesses eu vivo ganhando maquiagem E EU NÃO USO! Também ganhou muitos colares e pulseiras que ficam esquecidos dentro da gaveta, pois raramente uso algo.
      Bjs e volte sempre aqui no blog!

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  3. Poxa, Bruna, que situação essa do guardanapo né? Às vezes a nossa família é assim mesmo, parece que fecham os olhos pros nossos gostos e dão o que foi mais fácil comprar ou o que sobrou de outra data comemorativa. Vivo ganhando roupas que não têm nada a ver comigo, que ninguém nunca me vê usando e nem desconfia.
    http://nostalgiacinza.blogspot.com.br/

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