Resenha: Pode Beijar a Noiva

Título: Pode Beijar a Noiva
Autor(a): Patricia Cabot
Editora: Essência
Número de páginas: 240
Classificação: 3/5

Sou uma grande fã dos livros da Meg Cabot, desde a minha adolescência que eu sempre venho procurando comprar algumas de suas obras (o preço dos livros são bem caros, então não é sempre que dá), ainda mais se tratando os livros que ela escreve sob o pseudônimo de Patricia Cabot. Tenho um fraco por eles. Sendo assim precisei comprar "Pode Beijar a Noiva", um livro que eu estava desejando há séculos.

"Quando tudo parece estar perdido para Emma Van Court, que acaba de se tornar viúva, a promessa de uma grande fortuna lhe cai dos céus. Mas há uma condição para abocanhar a herança: ela terá de se casar novamente. Como não se especificou o noivo, todos os homens da pequena Faires, na Escócia, resolvem participar dessa corrida do ouro e passam a disputar as atenções da jovem viúva.
Os competitivos pretendentes só não contavam com a presença de James Marbury, primo do falecido marido, Stuart, que chega ao vilarejo para ajudar Emma com os trâmites do inventário. No passado, os dois tiveram uma aproximação, e James ainda nutre fortes sentimentos pela, agora, viúva.
Conseguirá ele afastar a horda de interesseiros pretendentes e finalmente se juntar à sua amada?"

Algumas pessoas são capazes de cometer certas loucuras em nome do amor, não? Emma Van Court sabe muito bem como é isso. Há um ano atrás ela fugiu da Inglaterra, deixando a casa de seus tios e todos que conhecia para trás para poder se casar com o seu grande amor desde a infância: Stuart Chesterton. Eles foram morar em Faires, uma ilha isolada no meio do Mar do Norte, na Escócia. A nova vida que levavam era cheia de dificuldades, uma vez que Stuart ganhava um péssimo salário com o seu trabalho como Cura. 

O que Emma não podia imaginar era que os problemas de sua nova vida estavam prestes a piorar com a chegada da epidemia de Tifo à ilha. A jovem mulher acaba se tornando viúva e sem nenhum dinheiro, uma vez que a única condição para que ela possa receber a herança de seu falecido marido é se casar novamente, pois os homens da pequena cidade acreditam que Emma não tem a capacidade de administrar uma grande quantia de dinheiro.

“James declarou, extremamente aborrecido, sem saber se era pelo discurso bombástico do juiz ou pelo fato de o barman ter admitido que propusera casamento a Emma."

Apesar de não querer se casar novamente, Emma não consegue evitar os cortejos dos homens da ilha, que sonham com a possibilidade de se casar com ela e conseguir uma quantia razoável de dinheiro. Ela tem coisas mais importantes para se preocupar e lidar, como o seu trabalho na escola local e os seus esforços para manter o local aberto visto que a estrutura da construção está fragilizada. E além de todas essas coisas que precisa lidar, Emma se reencontra com o conde James Denham (primo de Stuart).

Da última vez em que estiveram juntos James quase estragou o plano de fuga entre seu primo e Emma, o que causou certos atritos entre eles. A viúva foi surpreendida por aquela visita inesperada de James, que estava em Fraires para levar os restos mortais de seu primo de volta para a Inglaterra para que ele seja enterrado no mausoléu da família. Sem contar que ele tem esperanças de convencer Emma a voltar junto dele, deixar a vida precária que leva naquela ilha de uma vez por todas. 
“Naquela altura, sob a luz da vela, James entendeu que não faria diferença se Emma usasse um vestido de baile ou um penhoar. Em algodão simples ou na melhor seda, ela era a mulher mais bela que conhecera.”

O que eles mal podiam imaginar era que aquele encontro poderia trazer à tona sentimentos escondidos, além de segredos guardados a sete chaves. Não somente James ficará balançado com o encontro, assim como Emma que aos poucos vai aprender a olhá-lo de outra maneira. 

Como de costume esse é mais um dos livros da Meg que me conquistou, ela conseguiu criar um romance leve e com uma pitada de erotismo (algo que é comum nas obras que ela escreve usando o pseudônimo de Patricia Cabot). Depois que comecei a ler não consegui mais parar, estava muito envolvida com a história.

E apesar de se tratar de um romance de época gostei do fato dela ter abordado termas de reflexões atuais, como a opressão sobre a figura feminina. Emma é uma personagem forte e teimosa, não abaixando a cabeça e lutando pelo o que ela acredita (a escola que ela se dedica). Meg Cabot conseguiu construir personagens memoráveis e a química entre o casal era grande. 

Se você gosta de romances de época ou livros com um pouco de erotismo, "Pode Beijar a Noiva" pode ser uma ótima opção para se ler. Há anos eu desejava poder lê-lo e não fiquei decepcionada com o que encontrei, muito pelo contrário, acabou superando as minhas expectativas.

Resenha: Retrato do Meu Coração

Título: Retrato do Meu Coração
Autor(a): Patricia Cabot
Editora: Record
Número de páginas: 378
Classificação: 5/5
Há aproximadamente cinco anos atrás eu resolvi me aventurar lendo alguns livros da Meg Cabot como "O Diário da Princesa" e "Ela Foi Até o Fim", e mesmo tendo se passado muito tempo eu ainda continuo sendo uma grande fã das obras dela, apesar de não ler em grande quantidade em comparação ao que eu lia em anos anteriores. E agora aqui estou para fazer a resenha do segundo livro da série dos Rawlings — eu nunca li o primeiro que é a "Rosa do Inverno", e de acordo com algumas pessoas é importante ler o primeiro para conseguir compreender melhor a personalidade do casal teimoso, mas pessoalmente para mim isso não atrapalhou em nada, tanto é que eu só fui descobrir que o livro fazia parte de uma série somente quando terminei a leitura. São duas histórias completamente diferentes, mas para quem quiser saber como Jeremy tornou-se um duque as pessoas recomendam a leitura do primeiro livro.
"Retrato do Meu Coração - No passado, a desengonçada Maggie Herbert vivia às turras com os meninos, entre os quais o futuro duque de Rawlings, mas tudo se resumia a provocações e brigas. Agora adultos, eles se reencontram. Porém tudo parece conspirar contra a paixão recém-descoberta. Será que os jovens conseguirão vencer preconceitos - dos outros e os próprios - em nome do amor?"
 Maggie Herbert e Jeremy poderiam ser considerados como dois amigos de infância fazendo diversas coisas juntos, mas em um certo final de tarde quase que essa amizade acaba extrapolando alguns limites o que poderia ser uma verdadeira ruína para a jovem Maggie uma vez que a garota podia ser considerada como uma criançona, alguém ingênua, enquanto Jeremy um verdadeiro libertino que não encontrou muitos esforços ao tentar seduzir a jovem.

E esse dia acaba sendo um verdadeiro divisor de águas na vida de ambos, uma vez que Jeremy resolve se alistar no exército e vai para a região da Índia para provar para seu tio Edward que ele era muito mais do que um jovem irresponsável, mimado e bastante agressivo. Desde então se passam muitos anos em que os amigos de infância permaneceram distantes e sem entrar muito em contato, até um belo dia em que Jeremy volta para casa sem avisar o que acaba sendo uma verdadeira surpresa para todos, mas não uma surpresa maior do que a do Duque de Rawlings ao perceber que a alta, desengonçada Maggie havia mudado e muito desde a última vez em que se encontraram.. Agora ela estava uma verdadeira beldade, parece até ser outra pessoa completamente diferente, mas por dentro ainda tem o mesmo espírito moleca de sempre.
"Alguns homens sonham em construir pontes. Outros, vencer guerras. Outros, ainda, sonham em curar a fome e as doenças, enquanto outros desejam apenas a riqueza. Jeremy compreendia esses sonhos e estava preparado para tolerar os homens que os nutrissem. Mas para ele, só havia um objetivo que valia seu tempo e sua energia: um objetivo único que o impulsionara por cinco longos anos. E ele era, simplesmente, Maggie Herbert."
A mulher não apenas mudou fisicamente, Maggie também acabou mudando muitos traços em sua personalidade quando resolveu estudar arte na França. Ela se tornou muito mais forte e deixou de ser ingênua, além de ter precisado enfrentar a rejeição por parte de sua família que não achava adequado e não aceitavam o modo de vida um tanto quanto liberal que ela havia escolhido para si mesma quando decidiu seguir a carreira de artista. Desde pequena o seu comportamento não poderia ser considerado como ideal para uma jovem dama, e mesmo  com o passar dos anos aquilo pareceu não se alterar.

E como era de se esperar o reencontro ente os dois velhos amigos acabou sendo inundado por milhares de lembrança dos tempos em que passavam juntos implicando um com o outro, mas agora foi Maggie que acabou seduzindo Jemery. O feitiço virou contra o próprio feiticeiro! Apesar de que ela nota perfeitamente que o homem se tornou ainda mais atraente do que já era.
"Ai, meu Deus, mais um daqueles pensamentos carnais!
E desta vez com Jerry! Maggie estremeceu. O que estava pensando? Não podia ter esse tipo de pensamento com relação a Jerry! Jogara bolas de neve naquele corpo tantas vezes quanto esfregara aquele rosto no chão de terra. E agora ele passava exatamente embaixo dos galhos onde ela se escondia, tão próximo que seria fácil arrancar-lhe o chapéu da cabeça. Mais um segundo e seria tarde demais para surpreendê-lo."
Mas como era de se esperar a relação dos dois nunca foi muito fácil devido a tamanha teimosia de ambos, além das inúmeras implicâncias do passado o que não torna muito fácil que eles se entreguem um para o outro, para o sentimento de amor que eles guardam durante anos, e o fato de Maggie estar noiva não ajuda completamente em nada na situação.

E  como era esperado eu me encantei pelo livro "Retrato do Meu Coração", assim como as outras obras da Meg/Patricia Cabot. O enredo da história é envolvente e o fato da narrativa ser intercalada por Maggie e Jeremy é bastante interessante, pois dessa maneira permite que o leitor veja dois pontos de vista diferentes sobre a mesma situação, é uma técnica que eu gosto muito. A leitura é bem fácil e acaba fluindo bem rápido, e esse é um livro que eu recomendo para os fãs de romance, ainda mais os de época.

Resenha: Proposta Inconveniente

Título: Proposta Inconveniente
Autor(a): Patricia Cabot (um pseudônimo da Meg Cabot)
Editora: Record
Número de páginas: 350
Classificação: 5/5

Anteontem (15/06)  eu estava navegando pela internet quando me deparei com a capa do livro Proposta Inconveniente, me "apaixonei" por ela e após ler a sinopse decidi que tinha que comprar esse livro. Além do mais, sou uma grande fã da Meg Cabot e sempre procuro ler os livros que ela escreve como Patricia Cabot.

"Apaixonada pelo capitão Connor Drake, Payton sonha em ser capitã de seu próprio navio. Ela cresceu desejando essa profissão exclusivamente masculina, mas agora deve abdicar disso tudo para conseguir um bom marido. O problema é que Connor só percebe seus sentimentos por Payton na véspera de seu casamento com outra. Quando o barco dos noivos parte rumo às Bahamas, ele é atacado e resta a Payton se infiltrar num navio de piratas para salvar a vida de seu amado. A coragem une os dois, e o resgate pode gerar mais frutos do que ela imaginou."

Payton Dixon é uma jovem inglesa que está prestes a completar 19 anos, mas ao contrário de outras garotas ela não teve uma criação e educação que era de se esperar. Ela cresceu vivendo em alto mar junto de seus irmãos mais velhos, seu pai e até seus 17 anos contou com uma cozinheira chamada Mei-Ling, que acompanhava os Dixon em quase todas as viagens. Seu vocabulário não é um dos mais educados, visto que Payton tem uma mania de falar alguns palavrões que aprendeu em portos diversos e certamente sabe como socar alguém. Por outro lado, não sabe o que se é esperado para se tornar uma boa dona de casa e uma boa mãe.
"Certamente considerava seu nível de educação melhor do que a maioria das garotas de sua idade. O que elas conheciam, além de penteados e mexericos? Ela conseguia baixar uma vela durante uma tempestade com vento forte; sabia traçar uma rota usando  como guia apenas a posição do sol e das estrelas no céu e sabia matar, despelar e cozinhar uma tartaruga marinha sem nenhum utensílio além de uma faca, algumas pedras e algas secas". 
No entanto, suas aventuras pelos mares juntos de seus irmãos estão prestes a acabar quando é anunciado que ela não vai ganhar o barco que tanto deseja - o Constant - e sim o capitão Connor Drake, e ainda descobre que vai ter que ficar em Londres para tentar arrumar um marido. Mas, Payton não quer se casar e o homem que ama - Connor Drake - desde seus 14 anos está prestes a se casar com outra mulher, e ela acredita que ele apenas a veja como uma criança.

"Mas depois ele vira com os próprios olhos que os amigos não tinham falado de uma criança. Ah, os irmãos de Payton a tratavam como uma, mas alguém na família - Georgiana, sem dúvida - percebera que ela já não era mais criança e decidira começar a obrigá-la a se vestir de acordo. E a verdade era que Payon Dixon dentro de um espartilho era muito diferente da Payton Dixon com a qual Drake estava acostumado, a que usava camisa e calça comprida. Payton Dixon dentro de um espartilho não era uma criança".   
E para conseguir o barco que tanto deseja e o homem que ama, Payton é acaba cometendo uma loucura ao se infiltrar em um navio pirata para salvar a vida de Drake. Esse convívio no navio pirata vai aproximar ainda mais os dois e o resultado disso é algo que ninguém poderia imaginar.

Sempre tive uma grande preferência por livros que se passam no século XIX e quando vi que essa história continha piratas, e que a personagem principal está longe de ser a donzela em perigo eu acabei devorando o livro em menos de um dia. Para quem gosta de uma boa aventura com uma pitada de comédia e romance, Proposta Inconveniente da Patricia Cabot é uma ótima escolha.