Resenha: Os 13 Porquês
05:44
Autor(a): Jay Asher
Editora: Ática
Número de páginas: 256
Classificação: 5/5
Quando o Netflix lançou a série “13 Reasons Why” foi um verdadeiro fenômeno. As pessoas começaram a discutir abertamente a questão do suicídio — sim, ainda existe um tabu e tanto em relação a esse tema —, ou que a série estava romantizando algumas coisas. Era impossível não achar alguém que não estivesse comentando sobre “13 Reasons Why”. E foi assim que eu tomei a iniciativa de ler o livro, queria conhecer um pouco mais o que havia inspirado essa história.
"Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker, uma colega de classe e antiga paquera, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento."
Na narrativa vamos conhecer um pouco da história da vida de Hannah Baker, ou melhor, vamos conhecer os motivos que a fez colocar um fim na sua vida. Antes dela cometer o suicídio ela gravou 13 fitas, os 13 porquês. As fitas foram entregues para a primeira pessoa que escutou e passou a diante — respeitando as instruções de Hannah, pois ela deixou claro que se as fitas não fossem repassadas elas iriam vir à tona de uma forma bastante escandalosa — até que chegaram nas mão de Clay Jensen, um dos motivos.
Clay encontra um pacote com as fitas assim que chegou da escola e em um primeiro momento estranhou a situação, afinal de contas ele possuía uma relação no mínimo amigável com a Hannah. Como ele poderia ser um dos porquês? Então ele resolve escutar as fitas, curioso para saber o que ela tinha para falar sobre cada uma das pessoas. E na medida em que ele vai escutando — foi tudo em um único dia, ele não foi tão lerdo como o Clay da série —, Clay decide seguir um mapa indo a cada um dos locais indicados por Hannah.
"E quando estragam alguma parte da vida de uma pessoa, não estão estragando apenas aquela parte. Infelizmente, não dá para ser tão preciso ou seletivo. Quando você estraga uma parte da vida de alguém, você estraga a vida inteira da pessoa. Tudo... é afetado.”
A narrativa é dividia em duas: nas ações e os pensamentos que o Clay tem enquanto escuta as fitas, e a narração de Hannah Baker contando o que aconteceu com ela — achei que nesse aspecto “13 Reasons Why” foi bem fiel ao livro, e durante a minha leitura tive a sensação de que estava escutando a Katherine Langford falando ao meu lado.
Essa foi uma leitura que me fez refletir no final, sobre como as nossas ações podem refletir na vida de outras pessoas. É algo bem poderoso e que também pode ser poderoso, afinal de contas não são todas as pessoas que tem um emocional forte o bastante para lidar com um tema pesado como esse. Apesar de ter aberto um espaço de discussão para esse tema que ainda é um tabu, a leitura pode ser considerada um pouco pesada — assim como determinados episódios da série da Netflix.
E eu não estou aqui para julgar as ações de Hannah, se os motivos para ela se matar foram pertinentes ou não. A personagem parece sofrer algum tipo de depressão o que torna muito mais complexo analisar todos os fatores. E sim, depressão é uma doença séria e não deve ser tratada como um tipo de drama ou “mimimi”. O que eu quero propor é uma reflexão pessoal: como você age na vida de outras pessoas? Você possuiu um bom comportamento com o próximo ou pratica bullying? Você tenta ajudar alguém em uma situação difícil ou simplesmente ignora? Nossas ações possuem reflexos, que podem ser positivos ou negativos, na vida de outras pessoas, então vamos fazer um esforço para tratar bem o próximo.
No final do livro têm alguns telefones para pessoas que se identificaram com os sintomas de Hannah Baker, que precisam de ajuda. Se você é uma dessas pessoas não hesite em ligar, pois sua vida é muito importante e vale muito! E também tem o Centro de Valorização da Vida (CVV): ligue 141. Por favor, não deixe de buscar ajuda.
Quando o Netflix lançou a série “13 Reasons Why” foi um verdadeiro fenômeno. As pessoas começaram a discutir abertamente a questão do suicídio — sim, ainda existe um tabu e tanto em relação a esse tema —, ou que a série estava romantizando algumas coisas. Era impossível não achar alguém que não estivesse comentando sobre “13 Reasons Why”. E foi assim que eu tomei a iniciativa de ler o livro, queria conhecer um pouco mais o que havia inspirado essa história.
"Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker, uma colega de classe e antiga paquera, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento."
Na narrativa vamos conhecer um pouco da história da vida de Hannah Baker, ou melhor, vamos conhecer os motivos que a fez colocar um fim na sua vida. Antes dela cometer o suicídio ela gravou 13 fitas, os 13 porquês. As fitas foram entregues para a primeira pessoa que escutou e passou a diante — respeitando as instruções de Hannah, pois ela deixou claro que se as fitas não fossem repassadas elas iriam vir à tona de uma forma bastante escandalosa — até que chegaram nas mão de Clay Jensen, um dos motivos.
Clay encontra um pacote com as fitas assim que chegou da escola e em um primeiro momento estranhou a situação, afinal de contas ele possuía uma relação no mínimo amigável com a Hannah. Como ele poderia ser um dos porquês? Então ele resolve escutar as fitas, curioso para saber o que ela tinha para falar sobre cada uma das pessoas. E na medida em que ele vai escutando — foi tudo em um único dia, ele não foi tão lerdo como o Clay da série —, Clay decide seguir um mapa indo a cada um dos locais indicados por Hannah.
"E quando estragam alguma parte da vida de uma pessoa, não estão estragando apenas aquela parte. Infelizmente, não dá para ser tão preciso ou seletivo. Quando você estraga uma parte da vida de alguém, você estraga a vida inteira da pessoa. Tudo... é afetado.”
A narrativa é dividia em duas: nas ações e os pensamentos que o Clay tem enquanto escuta as fitas, e a narração de Hannah Baker contando o que aconteceu com ela — achei que nesse aspecto “13 Reasons Why” foi bem fiel ao livro, e durante a minha leitura tive a sensação de que estava escutando a Katherine Langford falando ao meu lado.
Essa foi uma leitura que me fez refletir no final, sobre como as nossas ações podem refletir na vida de outras pessoas. É algo bem poderoso e que também pode ser poderoso, afinal de contas não são todas as pessoas que tem um emocional forte o bastante para lidar com um tema pesado como esse. Apesar de ter aberto um espaço de discussão para esse tema que ainda é um tabu, a leitura pode ser considerada um pouco pesada — assim como determinados episódios da série da Netflix.
E eu não estou aqui para julgar as ações de Hannah, se os motivos para ela se matar foram pertinentes ou não. A personagem parece sofrer algum tipo de depressão o que torna muito mais complexo analisar todos os fatores. E sim, depressão é uma doença séria e não deve ser tratada como um tipo de drama ou “mimimi”. O que eu quero propor é uma reflexão pessoal: como você age na vida de outras pessoas? Você possuiu um bom comportamento com o próximo ou pratica bullying? Você tenta ajudar alguém em uma situação difícil ou simplesmente ignora? Nossas ações possuem reflexos, que podem ser positivos ou negativos, na vida de outras pessoas, então vamos fazer um esforço para tratar bem o próximo.
No final do livro têm alguns telefones para pessoas que se identificaram com os sintomas de Hannah Baker, que precisam de ajuda. Se você é uma dessas pessoas não hesite em ligar, pois sua vida é muito importante e vale muito! E também tem o Centro de Valorização da Vida (CVV): ligue 141. Por favor, não deixe de buscar ajuda.
6 comentários
Eu gostei muito do livro, diferente da série que achei maior parte meio meh :/
ResponderExcluirMas esse livro é muito bom, me prendeu bastante.
http://www.sextadimensao.com/
Oi Yuri, tudo bem com você?
ExcluirO livro é muito bom e provoca uma reflexão no leitor (foi o que aconteceu comigo). Eu cheguei a assistir a série e gostei, mas muitas pessoas reclamaram da lerdeza do Clay ao escutar as fitas. E estou um pouco receosa em relação a essa segunda temporada que a Netflix está planejando.
Bjs e volte sempre aqui no blog!
ah eu amo esse livro, conheci na escola a uns 7 anos atras.
ResponderExcluirNa época fiz um trabalho de português sobre o livro e lembro que ele me fez refletir muito também, me fez abrir os olhos para outras pessoas que estavam a minha volta e me fez pensar mais nas minhas atitudes para muda-las.
ficou muito bom o post, parabéns.
www.20-primaveras.blogspot.com.br
Oi Malu, tudo bem com você?
ExcluirEu só fui descobrir a existência desse livro com o lançamento da série e, sinceramente, eu não sei se eu teria a maturidade para entender a história se tivesse lido o livro quando mais nova, sem contar que é pesada a história.
Fico feliz que você tenha gostado do post :)
Bjs e volte sempre aqui no blog!
Quero muito ler esse livro, me identifiquei. Parabéns pela Resenha.
ResponderExcluirWW.OCABELOEMEUEDAI.COM.BR
Oi Washyngton, tudo bem com você?
ExcluirA leitura desse livro foi muito boa e me provocou várias reflexões, até achei um pouco melhor que a série.
Obrigada :)
Bjs e volte sempre aqui no blog!