Resenha: O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares

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Título: O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares
Autor(a): Ransom Riggs
Editora: LeYa
Número de páginas: 336
Classificação: 4/5

O meu contato com esse livro veio antes do lançamento do filme aos cinemas, quando me deparei com "O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares" nas livrarias o que me chamou atenção foram as imagens que ilustravam o livro. Achei algumas um pouco estranhas, outras meio chocantes, mas um fato era certo: elas aguçaram a minha curiosidade, não conseguia parar de pensar qual era a ligação entre essas figuras e a história contada do livro. Mas somente após ver ao filme que eu decidi ler o livro, me arrependo um pouco por ter demorado tanto já que foi uma leitura bem gostosa.
"Milhões de cópias vendidas em todo o mundo! Traduzido para mais de 40 idiomas! Eleito uma das 100 obras mais importantes da literatura jovem de todos os tempos Tudo está à espera para ser descoberto em "O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas. “Mesmo sem as fotos, esta seria uma história emocionante, mas as imagens dão um irresistível toque de mistério. A narração em primeira pessoa é autêntica, engraçada e comovente. Estou ansioso para o próximo volume da série!” RICK RIORDAN, autor da série Percy Jackson e Os Olimpianos. “Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma história inesquecível.” JOHN GREEN, autor de A culpa é das estrelas. “Vocês têm certeza de que não fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito...” TIM BURTON"
Jacob (Jake) Portman pode ser considerado como um adolescente normal que leva uma vida bastante comum junto de seus pais no interior da Flórida. Ele não tem muitos amigos na sua escola, e trabalha na rede de farmácia  de sua família apesar de todos seus esforços para ser demitido uma vez que detesta o seu serviço. E seu pai é um estudioso amador de aves que tenta publicar um livro sobre esse assunto, mas vive fracassando com essa tarefa.

Um dia durante o seu trabalho ele é surpreendido por uma ligação inesperada de seu avô paterno: Abraham "Abe" Portman. Devido à velhice ele vem sofrendo de demência, alucinações e acredita ser capaz de ver monstros. Preocupado, Jake revolve ir ver como ele está, garantir que tudo estava bem e que nada passava de uma alucinação. Contudo, ao chegar lá ele se depara com uma situação bastante preocupante. A casa de seu avô parece ter sido invadida e Jake o encontra no bosque à beira da morte. 

O falecimento de seu avô foi um grande choque para Jacob. Primeiro, foram circunstâncias bastante suspeitas e mesmo com a polícia alegando que foram cachorros de rua que o atacaram essa explicação não o convence. Segundo, ele tinha uma forte ligação com seu avô. Ele cresceu escutando as histórias de Abe sobre a época em que ele passou em uma ilha no país de Gales — Cairnholm — durante a Segunda Guerra Mundial. Eram histórias sobre crianças peculiares que viviam em um orfanato junto dele e de monstros que as caçavam, era um lugar encantado.
"Quando eu era pequeno, as histórias fantásticas do vovô Portman significavam que era possível viver uma vida mágica. E, mesmo depois que parei de acreditar nele, ainda havia algo mágico sobre meu avô: ter superado todos os horrores que ele superou, ter visto o pior da humanidade e ter a vida desfigurada por causa disso, e sair de toda essa situação como a pessoa honrada e boa e corajosa que eu sabia que ele tinha sido — isso era mágico."
Como forma de tentar superar isso, Jake viaja junto de seu pai para Cairnholm, imaginando que se conhecer o local onde seu avô viveu iria conseguir se ajudar. Mas, ao chegar à ilha ele se depara com destroços do orfanato — ele fora atingindo por uma bomba durante a Segunda Guerra Mundial — e fica claro que aquela viagem fora um grande erro, afinal de contas fazia muitos anos e era improvável que as crianças que tinham convivido com Abe ainda estivessem vivas.

Fica claro que toda a viagem foi um grande erro. O orfanato já não existe mais e as pessoas de lá morreram, é como se todo o sentido daquilo tivesse acabado, ele não tinha mais nada para fazer na ilha. Contudo, o que Jacob não imaginava era que tanto o orfanato quanto as crianças ainda existiam através de uma fenda no tempo, onde todos os dias são iguais aos outros. Inicialmente ele tem um grande choque e demora para processar e acreditar  em todas as informações que são lhe contadas, e é assim que a aventura de sua vida começa.
“Eu costumava sonhar em fugir da minha vida comum, mas minha vida nunca havia sido comum. Simplesmente não conseguira notar como ela era extraordinária.”
A escrita de Ransom Riggs é de fácil interpretação o que facilita a leitura, mas durante os primeiros capítulos do livro senti falta de um pouco de ação, achei que em algumas partes a leitura foi um pouco arrastada. A leitura se tornou mais dinâmica no momento em que Jacob chega à ilha, ele começa a desvendar os segredos do orfanato e dos peculiares, e com isso muitas aventuras vão acontecendo.

Um recurso que eu gostei no livro foram as fotografias, acho que isso ajudou muito na hora de imaginar como eram os peculiares. Trouxe um ar de veracidade a história. Foi algo bem enriquecedor, além de ser um fator que desperta muita atenção e curiosidade.

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