Resenha: Você

Título: Você
Autor(a): Caroline Kepnes
Editora: Rocco
Número de páginas: 384
Classificação: 3/5

Não se pode negar que a série "You" se tornou um grande fenômeno, com várias pessoas comentando ao seu respeito. E em uma das críticas que eu li, lembro das pessoas estarem elogiando a adaptação, falando que era bem melhor do que o livro. Dessa forma, depois de assistir a série, eu resolvi ler o livro "Você", da Caroline Kepnes para tirar minhas próprias conclusões.

"Bestseller do The New York Times, o romance de estreia de Caroline Kepnes ganhou elogios de escritores do calibre de Stephen King e Sophie Hannah, além de resenhas estreladas, e deu origem a uma série de TV homônima que estreia neste primeiro semestre nos EUA. Não é para menos. Hipnótico, assustador, brilhante são alguns dos adjetivos usados para descrever este thriller sobre um amor obsessivo e suas perigosas consequências. A trama tem início quando Guinevere Beck, que deseja ser escritora, entra na livraria do East Village onde Joe Goldberg trabalha. Bonita, inteligente e sexy, Beck ainda não sabe, mas é a mulher perfeita para Joe, que, a partir do nome impresso no cartão de crédito de sua cliente, passa a vasculhar sua vida na internet e a orquestrar uma série de eventos para garantir que ela caia em seus braços, fazendo com que tudo pareça obra do acaso. À medida que o romance entre os dois engrena, porém, o leitor descobre que Beck também guarda certos segredos e os desdobramentos desse relacionamento mutuamente obsessivo podem ser mortais."

A trama se inicia na livraria onde Joseph "Joe" Goldberg trabalha. Trata-se de mais um dia comum de trabalho, em que ele realiza suas vendas na loja e observa o gosto literário dos clientes que frequentam o local. Nada fora do comum. A atenção de Joe é despertada quando ele observa uma mulher, na faixa de seus 20 e poucos anos, andando pelo setor de ficção F-K. Não demora muito para ele fazer suposições sobre o gosto literário e sobre outros aspectos da vida dela, imaginando como é a personalidade e o modo de agir da mulher. Ela é sexy, aparenta ser inteligente e é a mulher ideal para o Joe (ela apenas não sabe desse detalhe, ainda). 

Trata-se de Guinevere Beck, ou simplesmente Beck. Por mais que tivesse dinheiro suficiente para pagar os livros, ela opta por pagar no seu cartão de crédito. Para Joe, esse simples ato é como uma indireta, como se Beck quisesse que ele descobrisse o nome dela. Como Guinevere Beck é um nome muito incomum, não demora muito para que Joe ache o perfil dela nas redes sociais e as primeiras impressões não são as melhores. Por que ela não mencionou do encontro deles na livraria? Além disso, em sua biografia do Twitter está escrito #falocomestranhos. Nada disso é um bom sinal. Joe achou que tinha impressionado Beck, que ela estava interessada nele, mas, a verdade é que ele não passa de um estranho. 

"Você entra na livraria e sorri e mantém a mão  na porta para garantir que ela não bata. Sorri, constrangida por ser uma garota legal, suas unhas estão sem esmalte, seu suéter em gola V bege torna impossível saber se está usando sutiã, mas acho que não esteja".
Através das redes sociais, Joe consegue descobrir diversas informações sobre a vida de Beck, inclusive o endereço de sua casa. Dessa forma, ele passa a perseguir ela em diversos momentos. Ele fica observando-a pela janela do apartamento. Ele inventa que o gás está vazando apenas para entrar no apartamento dela. Ele a segue para todos os lugares. Ele fica lendo os e-mails e mensagens de texto que ela troca com as pessoas. Aos poucos, Joe vai traçando a rotina de Beck, decora os seus horários e apenas pensa no melhor momento para poderem se encontrar.

Em sua cabeça, tudo que ele faz para conquistar Beck é válido. Ele acredita que é o cara ideal para ela, da mesma forma que ela é a mulher de sua vida. Dessa forma, ele não apresenta nenhum remoço ao interferir nas amizades e relacionamentos de Beck. Tudo que ele está fazendo tem uma justificativa, tudo é em nome do amor. Como ele pode estar errado? Cada vez mais, Joe vai alimentando a sua obsessão ao ponto disso se tornar perigoso para Beck e para as pessoas que convivem com ela.

"Não foi culpa minha Candace ter me seguido até a beira d'água, e não foi culpa munha eu tê-la apanhado, tê-la segurado na água e tê-la visto passar para o grande além. Ela queria estar lá, ou não teria ido até a água comigo. Ela sabia que estava me matando, e sabia que eu não era do tipo que cai sem lutar".

Não posso negar que estava com grandes expectativas para a leitura de "Você", afinal de contas a série estava sendo muito elogiada e eu imaginava que o livro ia ser tão bom quanto. Mas, durante a leitura acabei me decepcionando um pouco. Nunca pensei que seria capaz de falar isso, mas a série consegue ser bem melhor do que o livro. Apesar da ideia da autora ter sido genial, sinto que funcionou melhor como um produto audiovisual. Em alguns momentos achei a leitura bem arrastada e repetitiva, sempre mostrando o Joe com os mesmos pensamentos. O livro é muito focado no Joe, enquanto a série amplia essa visão, o que torna tudo mais interessante. 

No geral, posso dizer que "Você" é um livro regular. A leitura não conseguiu atingir ou exceder as minhas expectativas, mas também não foi um fracasso total. Por mais que a ideia de Caroline Kepnes seja interessante, sinto que a trama do livro não foi muito bem desenvolvida. Apesar do ponto de vista da história ser do Joe, podiam ter explorado mais outros personagens, pois alguns monólogos dele podiam ser bem cansativos e repetitivos.  Então, se você pretende ler "Você", da Caroline Kepnes, apenas tenha em mente que a série é  bem melhor do que o livro.

Vale a pena assistir: Sex Education

"Otis (Asa Butterfield) é um adolescente socialmente inapto que vive com sua mãe, uma terapista sexual. Apesar de não ter perdido a virgindade ainda, ele é uma espécie de especialista em sexo. Junto com Maeve, uma colega de classe rebelde, ele resolve montar sua própria clínica de saúde sexual para ajudar outros estudantes da escola."

A trama acompanha a vida de Otis Thompson (Asa Butterfield), um garoto de 16 anos que é filho de uma terapeuta sexual (Gillian Anderson). Por conta do trabalho de sua mãe, desde jovem Otis sempre soube conversar sobre um assunto que deixa outras pessoas desconfortáveis: sexo. Contudo, apesar de saber muito sobre o assunto, ele não tem muitas experiências nessa área. Como o próprio Otis vive relembrando: ele é um virgem de 16 anos. 

Porém, com o início de um novo semestre escolar, existe a possibilidade dessa situação mudar. Na escola, as descobertas sexuais estão dando o que falar. E ao perceber que Otis sabe muitas coisas sobre o assunto, Maeve (Emma Mackey) o convence a abrir uma clínica de terapia sexual e relacionamentos para os alunos da escola. O plano parece simples: Otis aconselha, tira dúvidas e explica como algumas coisas funcionam, e em troca ganha dinheiro por isso.
E para conseguir clientes, Otis, MaeveEric (Ncuti Gatwa) resolve ir à festa de uma das garotas populares da escola, pois esse é o ambiente perfeito para Otis colocar seu talento em ação, ou melhor, colocar seus conselhos em ação. Porém, festas do ensino médio podem perder o controle facilmente e é o que acontece. Os alunos não estão interessados nos conselhos de Otis, uma vez que tem coisa mais interessante acontecendo por lá. É por um acaso que Otis consegue ajudar um casal, que estava tendo uma dr.

De um dia para a noite as pessoas começam a se interessar pelos conselhos de Otis, começam a marcar horário com ele para poder discutir sobre sua vida sexual/amorosa. É  assim que a clínica surge. E ao mesmo tempo que o trabalho da clínica vai servir para aproximar Otis e Maeve, também coloca em risco a amizade de anos entre Otis e Eric.

Quando li a sinopse de "Sex Education", eu fiquei um pouco receosa com o que eu poderia encontrar, não vou negar. Por algum motivo, estava imaginando que essa seria mais uma série com adolescentes problemáticos que levam uma vida descontrolada, com uma bebida, drogas e sexo, algo bem parecido com "Skins". Mas, me surpreendi ao encontrar uma série de comédia  e que não trata o sexo como um tabu.
Em "Sex Educations" diversos temas são levantados: masturbação feminina, masturbação masculina, nudes vazados, gravidez na adolescência, a pressão para poder transar, a objetificação das mulheres, etc.  Alguns desses temas ainda são tratados como tabus pela sociedade, como é o caso da masturbação feminina, por exemplo. Trata-se da mulher conhecer o seu corpo, conhecer o que ela gosta. O que tem de errado com isso?

Com personagens bem desenvolvidos, um roteiro bem construído, uma bela fotografia e uma trilha sonora sensacional, "Sex Education" é uma série que está conquistando e surpreendendo as pessoas. Eu não imaginava que seria tão boa ou tão engraçada. E a melhor parte de tudo, é que eles não tratam o sexo como tabu. Tudo é discutido de maneira responsável e clara. 

Então, se você está procurando uma série divertida, envolvente e rápida de maratonar, "Sex Education" é a escolha perfeita! Enquanto isso, vou ficar esperando ansiosamente pela segunda temporada (se a Netflix teve a coragem de renovar "Friends From College" que é horrível, eles têm que renovar "Sex Education").

Vale a pena ver Tidelands? (YouTube)

"Uma ex-presidiária (Charlotte Best) retorna a Orphelin Bay, pequena vila de pescadores onde cresceu, e passa a investigar a morte misteriosa de um pescador e os estranhos habitantes metade humanos, metade sereias chamados 'Tidelanders'".

Sabe quando você descobre uma série envolvente?  Eu senti isso enquanto assistia "Tidelands", da Netflix. Nunca imaginei que poderia gostar tanto dessa série, de forma que quero compartilhar com as pessoas um pouco mais dessa minha empolgação. Dessa forma, no vídeo de hoje eu resolvi contar um pouco com as pessoas sobre as minhas primeira impressões sobre "Tidelands". Eu espero que vocês gostem do vídeo, e se apaixonem pela série da mesma forma que eu me apaixonei.

Uma série viciante: You

"Guinevere Beck (Elizabeth Lail) é uma aspirante a escritora, que vê sua vida mudar completamente ao entrar em uma livraria no East Village, onde conhece o charmoso gerente, Joe Goldberg (Penn Badgley). Assim que a conhece, Joe tem certeza de que ela é a garota dos seus sonhos, e fará de tudo para conquistá-la — usando a internet e as redes sociais para descobrir tudo sobre Beck. O que poderia ser visto como paixão se transforma em uma obsessão perigosa, uma vez que Joe não vai medir esforços para tirar de seu caminho tudo e todos que podem ameaçar seus objetivos."

Se tem uma série sendo muito comentada nesses últimos tempos é "You" (drama produzido pela Lifetime e disponibilizado na Netflix). Independentes dos comentários positivos ou negativos, é impossível negar o alvoroço que essa série vem causando. Dessa forma, resolvi reunir nesse post alguns motivos para você assistir "You":

1) ATUAÇÕES CONSISTENTES
Quando vi que Penn Badgley estava no elenco da série, no papel do personagem principal, temi que ficasse um pouco parecido com o seu papel em "Gossip Girl", interpretando o Dan Humprey. Apesar do amor em comum pela literatura  e o fato de não terem nascidos em famílias ricas, as semelhanças entre Joe Goldberg e Dan Humprey acabam por aí. A minha impressão, é de que o Penn se entregou a esse papel está simplesmente deslumbrante; é como se fosse outra pessoa. Além disso, o elenco da série conta com outros atores excelentes, que se destacam em seus papéis.

2) ENREDO DIFERENTE
Normalmente, estamos acostumados a ver a situação pelo ponto de vista da vítima. Mas, em "You", a história é contada sobre a perspectiva de um psicopata. Durante a trama, estamos em contato diário com os pensamentos do Joe, de como ele acha que está certo em tudo; que ele é o dono da razão.  Dessa forma, a imagem que temos dos outros personagens não é muito confiável, pois tudo se passa pela perspetiva da mente dele.
3) TRAMA ENVOLVENTE
Sabe aquela série que te deixa viciado? Que você não consegue parar de assistir? "You" é esse tipo de série; é completamente viciante. O público se envolve na história, fica curioso para ver o que vai acontecer em seguida.  Além disso, com um total de 8 episódios (com duração de uns 40 minutos), é muito fácil de maratonar "You". Eu terminei de assistir a série num final de semana.

4) MELHOR QUE O ORIGINAL
Eu sou o tipo de pessoa que sempre prefere o livro do que às adaptações, pois a obra literária sempre é rica em detalhes. Porém, sou obrigada a dizer que, neste caso, que a série é melhor do que o livro. Por mais que a ideia da autora tenha sido genial, tenho a impressão de que a trama funcionou melhor em uma produção audiovisual. O livro tem algumas passagens bem arrastadas e você não consegue ver a história como um todo.
5) FINAL INCRÍVEL
Todo mundo sabe como é desanimador quando uma série entrega um final decepcionante. Mas, felizmente esse não é o caso de "You". A primeira temporada da série teve um final sensacional, além de ter sido renovada. Agora, as pessoas estão criando diversas teorias a respeito do que pode acontecer na segunda temporada.

BÔNUS: ELENCO INCRÍVEL
E eu não poderia terminar esse post sem comentar do elenco brilhante da série, que reúne alguns rostos conhecidos. Como eu já disse, o Penn Badgley arrasou no papel do Joe, ele estava simplesmente incrível. Além disso, temos Shay Mitchell (a eterna Emily Fields de "Pretty Little Liars"), que entregou uma personagem que tem um ar de superioridade; uma típica atitude de queen b. E a Elizabeth Lail, que interpreta Beck, também se destacou.

E o mais interessante de tudo, é que os personagens são complexos. Eles não são 100% bons ou 100% maus, eles são cheios de imperfeições como qualquer pessoa comum. Contudo, é importante ressaltar que o Joe Goldberg é um macho escroto. Então, parem de romantizar o personagem, ok?

Resenha: A Morte da Sra. McGinty

Título: A Morte da Sra. McGinty
Autor(a): Agatha Christie
Editora: L&PM Editores
Número de páginas: 272
Classificação: 5/5

O meu primeiro contato com as obras da Agatha Christie foi durante o ensino fundamental, mas, naquela época, não cheguei a me interessar tanto por ela ou por seu trabalho. Depois de alguns anos, que eu comecei a pesquisar mais sobre a autora e, consequentemente, passei a desenvolver um interesse por suas obras. Agora, posso afirmar que a Rainha do Crime é uma das minhas autoras favoritas, e que seus livros sempre são surpreendentes. 

"O caso parecia simples: a sra. McGinty foi assassinada por seu inquilino, James Bentley, que lhe roubou trinta libras. Desempregado e sem dinheiro, Bentley teve o motivo e a oportunidade e por isso foi considerado culpado.
Mas quando o superintendente Spence pede a Poirot que investigue melhor o caso, o detetive belga imediatamente percebe que um grande erro foi cometido. Agora, Poirot terá que correr contra o relógio para resgatar um homem inocente da execução – e também para salvar a própria vida.
Agatha Christie combinou seu talento para criar histórias instigantes com um inesperado toque de humor, fazendo de A morte da sra. McGinty um de seus mistérios mais surpreendentes e divertidos."

Logo no início da trama nos deparamos com Hercule Poirot, o famoso detetive belga responsável por solucionar diversos crimes. Contudo, desde que se aposentou, a sua vida parece ter perdido a emoção de antigamente. Agora, Poirot faz questão de se dedicar às três refeições diárias, que são muito importante para ele.  Mas, tirando esse pequeno fator, a vida do detetive pode ser considerada bem entediante. A verdade é que Hercule sente falta de seu trabalho de detetive, do desafio intelectual envolvido em cada investigação. 

Essa situação de paz, calmaria e um pouco tediosa vai mudar após o jantar (a refeição mais importante do dia, segundo Poirot), quando o detetive recebe a visita de um ex-colega de profissão, o detetive Spence. Apesar do clima agradável, Spence não está lá para visitar o seu velho colega, e sim para conseguir uma ajuda. Ele está trabalhando em um caso peculiar, no assassinato da Sra. McGinty, e acredita que o suspeito, James Bentley, é inocente.  

"— Sim. Se consideramos que James Bentley é inocente, nos restam duas possibilidades. As evidências podem ter sido usadas deliberadamente para despertar suspeitas contra ele. Ou então ele foi apenas uma vítima infeliz das circunstâncias".
Todas as provas apontam para Bentley: ele estava precisando de dinheiro, estava desempregado e era um sujeito um pouco estranho. Porém, Spence está certo de ele é inocente, que ele não tinha motivos para matar a velha senhora e a única pessoa capaz de solucionar isso é Hercule Poirot. O detetive belga é conhecido por seu olhar observador, por sempre prestar atenção dos pequenos detalhes que passam despercebido. Se tem uma pessoa que pode resolver esse crime, apontar o verdadeiro assassino, essa pessoa é Hercule Poirot

Para conseguir desvendar esse mistério, Poirot começa a investigar a vida da falecida Sra. McGinty, de seus parentes, amigos, empregadores e os possíveis motivos que alguém teria para a matar. E a medida em que o detetive vai descobrindo sobre o passado da mulher, mais perto ele fica de capturar o assassino. 

"— Não, madame — informou Poirot. — Ele não foi enforcado... ainda. E o caso da sra. McGinty  ainda não está encerrado. Citando um verso de uma célebre poeta da língua inglesa: 'Uma questão só é resolvida quando resolvida corretamente'".

Sabe aquele livro que não é nada previsível? Que toma um rumo completamente diferente do que o esperado? Eu sempre tenho essa sensação quando estou lendo as obras de Agatha Christie. "A Morte da Sra. McGinty" não pode ser um dos clássicos da autora, mas ainda assim trata-se de uma história consistente e com um final surpreendente. O que mais me encanta, é como Christie consegue tirar inspiração de coisas tão singelas, como uma cantiga de criança, e transformar em uma obra incrível. 

Se você, assim como eu, gosta dos livros da autora e do Hercule Poirot, a leitura de "A Morte da Sra. McGinty" é obrigatória!

Filmes Esquecidos da Disney (YouTube)

Oi gente, tudo bem com vocês? Aqui é a Bruna, do blog Escritora Whovian. No vídeo de hoje, vou relembrar de alguns filmes esquecidos da Disney. Espero que vocês gostem, se divirtam e relembrem de algumas obras.

ATLANTIS - O REINO PERDIDO
"O explorador Milo Thatch (Michael J. Fox) recebe inesperadamente um mapa que indica a exata localização da cidade perdida de Atlantis. Juntamente com o Capitão Rourke (James Garner) e sua tripulação, ele parte em busca da cidade a bordo de um submarino, bancado por um excêntrico magnata. Porém, para encontrar Atlantis Milo, Rourke e sua tripulação terão que enfrentar os mais diversos obstáculos ao longo da jornada submarina."

NEM QUE A VACA TUSSA
"A fazenda Caminho do Paraíso está em pânico, pois uma ação de despejo ameaça acabar com o local. Temendo ir para o matadouro, os animais da fazenda decidem ajudar a dona a conseguir a quantia necessária para pagar a hipoteca. O alvo escolhido pelo grupo é o perigoso bandido Alameda Slim, que tem uma grande recompensa reservada para quem capturá-lo."


OLIVER E SEUS COMPANHEIROS
"Oliver Twist é retratado de uma maneira diferente das várias vezes, que foi focado. O garoto abandonado em Londres do século XIX é nesta versão um gato na Nova York dos dias atuais, que para sobreviver une-se a Esperto, Tito e Einstein, um grupo de cachorros de rua cujo dono é um humano chamado Fagan. Após ser inicialmente rejeitado, Oliver é adotado por Jenny, uma rica e solitária garotinha, que é seqüestrada por um perigoso bandido e seus ferozes dobermans."

Resenha: Adulta sim, madura nem sempre

Título: Adulta sim, madura nem sempre
Autor(a): Camila Fremder
Editora: Paralela
Número de páginas: 136
Classificação: 5/5

No final de 2018, eu entrei para um clube do livro junto das minhas amigas e outras garotas da minha faculdade. E, em dezembro, resolvemos trocar cartões com indicações de leituras (um amigo oculto muito fofo). Quem me tirou foi a Laura, do blog Nostalgia Cinza, e como ela só indica coisa boa eu fiz questão de comprar alguns dos livrinhos que ela me passou! O livro "Adulta sim, madura nem sempre" da Camila Fremder foi a minha primeira leitura de 2019, ou seja, uma ótima forma de começar o ano.

"A vida adulta chega de uma hora para outra e nem sempre estamos preparados para ela. E tudo bem.

Um dia você é a jovem moderna que ouve música alta e incomoda a vizinha. Num piscar de olhos é você quem está interfonando para o porteiro e reclamando, aos berros, do som da garota que mora no andar de cima. O que aconteceu? Simples: a vida adulta chegou. Quer dizer, não tem nada de simples.
Como Camila Fremder mostra neste seu novo livro, a vida adulta costuma chegar de uma hora para outra, sem avisar, sem um curso preparatório, sem nada. Ou pelo menos é assim que a gente se sente. E a consequência disso é muito estranhamento, reflexões e boas risadas.
Saem de cena as noites agitadas e os dias sem grandes preocupações, sendo substituídos por fraldas (no caso de quem tem filho), boletos e muita paranoia com a aparência. Com observações perspicazes e bom humor, Camila nos ajuda a entender e aceitar melhor essa transição. Um livro que você não vai conseguir largar. A menos que o bebê acorde ou esteja na hora de você correr para o batente."

Quando eu era criança, tinha o costume de idelizar como seria a minha vida no futuro, quando tivesse vinte e poucos anos. Na minha cabeça de 7 anos, eu já seria muito adulta aos 18 anos e com 20 já estaria com um estabilidade financeira. Como eu estava enganada. Agora, a medida que os anos vão passando, não posso negar que tenho um pouco de medo da vida adulta. Eu não estou preparada. Na verdade, como Camila Fremder mostra em seu livro, ninguém está preparado para assumir tantas responsabilidades, além das inseguranças que fazem parte do pacote. E ter um bebê apenas multiplica todas essas coisas.

Em "Adulta sim, madura nem sempre" reúne uma coletânea de crônicas escritas pela Camila, que aborda (de maneira bem humorada) a transição para a vida adulta. Ao longa das páginas, ela mostra que é natural sentir um pouco de medo e insegurança, e que não há nenhum problema em não ser maduro (ninguém nunca está velho para um lançamento do mundo pop). Camila mostra que não existe uma fórmula para se tornar adulta, mas que essa transição tem seus momentos divertidos.
“Ser adulta e ter medo de escuro é o meu maior dilema. Como vou tranquilizar meu filho quando ele acordar à noite com medo de escuro? Eu vou falar: ‘Ai, que bom que você também está acordado. Estou segurando o xixi há horas! Vamos comigo no banheiro? Eu sempre acho que vou ver alguém no espelho...’. Não duvido se esse diálogo acontecer.”

E mais louco do que virar um adulto cheio de responsabilidades, com boletos para pagar, é se tornar mãe. Em "Adulta sim, madura nem sempre", Camila conta sobre todas as fases de sua gravidez (desde o momento em que ela descobriu, o nascimento do Arthur  e os cuidados que tem com seu filho). Apesar de eu não ter filhos, não ter ideia de como funciona a maternidade, não pude deixar de rir com as histórias contadas por Camila. Ela tem o dom de deixar tudo mais divertido e engraçado, além de mostrar que as "fases sérias" da vida podem ser tratadas com leveza. 

Tenho apenas 22 anos e não vivi muitas coisas que Camila já vivenciou e experimentou, mas, apesar disso, consegui estabelecer um forte senso de identificação. Assim como ela, eu também amo muitas coisas do mundo pop (inclusive Mean Girls é um hino de filme), tenho medo do escuro (não posso escutar um barulho que já acho que é fantasma ou ladrão), também acho que alguém pode aparecer no espelho do banheiro, e não faço ideia de como manusear uma panela de pressão (eu nem chego perto, e sempre acho que vai explodir em algum momento).

"Porque ser adulto, no final das contas, é descobrir novos medos e enfrentá-los todos os dias."

Não sei se algum dia vou ser capaz de colocar em palavras o quanto que eu amei "Adulta sim, madura nem sempre", da Camila Fremder. A leitura é divertida, leve e com uma grande fluidez. Com toda certeza esse livro entrou para a minha lista dos favoritos, além de ter sido uma ótima escolha para começar o ano de 2019 com o pé direito. Então, se você gosta de crônica e de dar boas risadas, não deixe de conferir "Adulta sim, madura nem sempre".

Resenha: Um Sedutor Sem Coração

Título: Um Sedutor Sem Coração
Autor(a): Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 320
Classificação: 4/5

Quem acompanha o Escritora Whovian há algum tempo já deve ter percebido como eu amo os romances de época, minha estante está lotada com esses livros. Porém, sentia que precisava procurar novos autores, sair um pouco da minha zona de conforto e foi assim que eu conheci a Lisa Kleypas. "Um Sedutor Sem Coração" foi o primeiro livro que eu li da autora, e eu não poderia estar mais feliz com o resultado!

"Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas.
A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon.
Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar.
Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu?
Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final."

Logo no início da trama somos apresentadas ao libertino Devon Ravenel, que acaba de herdar um condado e um título. Por mais que tudo isso possa parecer impressionante, a única coisa que Devon quer é vender as terras o mais rápido possível. Ele nunca foi criado para administrar nada, aquele era o papel de seu falecido primo, Theo. Além dos problemas envolvendo a propriedade e as dívidas de sua família, Devon se torna o responsável por cuidar de suas três sobrinhas (que já estão com idade para debutar) e por Kathleen, a jovem viúva.

Devon parte junto de seu irmão, West, para o Condado da família e suas constatações sobre a casa não é uma das melhores. Os encanamentos são ultrapassados, há muitas reformas para serem feitas e como se tudo isso não fosse o bastante eles estão cheios de dívidas. Porém, se livrar de tudo isso não vai ser nada fácil, ainda mais com a atitude de Kathleen, que faz de tudo para provar para Devon que é importante manter o Condado. Dona de uma personalidade afiada e forte, ela vai fazer o possível para persuadir Devon.

"Conheço muitos fatos científicos sobre o coração humano, e um deles é que é muito mais fácil fazer um coração para de bater em definitivo do que evitar amar a pessoa errada."
Apesar de aparentar ser uma pessoa fria (quando criança Kathleen aprendeu que chorar era um sinal de fraqueza, de forma que nunca mais derramou nenhum lágrima, nem mesmo com a morte de seu marido), Kathleen é uma pessoa intensa em seus sentimentos, por mais que esconda tais sinais. E Devon vai ser o responsável por fazer com que ela sinta diversas coisas: da raiva ao desejo.

Contudo, um romance entre os dois parece ser quase inevitável. Se de um lado Devon é um libertino, que não liga para as regras ou as morais da sociedade, Kathleen é totalmente o oposto. Ela gosta de seguir as regras à risca como, por exemplo, o período do luto. Para ela, a ideia de se apaixonar ou se envolver com alguém durante esse período é impossível, e o mesmo vale quando se trata de usar roupas coloridas e chamativas. Devon vai ser o responsável por tentar seduzir Kathleen e, quem sabe, tornar o comportamento dela mais rebelde, sem se preocupar com a opinião dos outros.

"Porque eu me conheço. E conheço você o bastante para ter certeza de que jamais ia querer magoar mulher alguma. Mas você é perigoso para mim. E quanto mais tentar me convencer do contrário, mais óbvio isso se tornará."

Até então eu nunca tinha ouvido falar sobre Lisa Kleypas e suas obras, de forma que fiquei bem feliz com o resultado final. Não tem coisa melhor do que descobrir um novo autor e ler um livro incrível! "Um Sedutor Sem Coração" apresentou uma história envolvente, divertida e com ótimos personagens. No início da leitura, não tinha uma simpatia tão grande pela Kathleen, mas a situação mudou quando fui conhecendo um pouco mais do passado da personagem. Agora, consigo ver como ela é uma mulher forte.

Como a própria sinopse do livro já diz "Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você perder o fôlego até o final", e foi exatamente o que aconteceu comigo! Agora, estou contando os dias para poder comprar a continuação dessa história incrível. Assim como os Bridgertons (da Julia Quinn) tem um lugar especial no meu coração, os Ravenels também conquistaram um espacinho.

Resenha: Nimona

Título: Nimona
Autor(a): Noelle Stevenson
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 272
Classificação: 4/5

Sabe aquelas pessoas que sempre indicam livros maravilhosos, que conquistam as pessoas com a resenha? É assim que eu posso descrever a minha amiga Laura, do blog Nostalgia Cinza. Sempre amei as resenhas delas e as indicações, e por esse motivo eu resolvi me aventurar lendo "Nimona", a graphic novel escrita e ilustrada por Noelle Stevenson

"Nimona é uma metamorfa sem limites nem papas na língua, cujo maior sonho é ser comparsa de Lorde Ballister Coração-Negro, o maior vilão que já existiu. Mas ela não sabia que seu herói possuía escrúpulos. Menos ainda uma deliberada missão.
Até conhecer Nimona, Ballister fazia planos que jamais davam certo. Felizmente, a garota tem muitas sugestões para reverter esse quadro. Infelizmente, a maioria envolve explosões, sangue e mortes. Agora, Coração-Negro não só tem que enfrentar seu arqui-inimigo e ex-amigo, o célebre e heroico Sir Ambrosius Ouropelvis, mas também impedir que a fiel comparsa destrua todo o reino ao tentar ajudá-lo.
Uma história subversiva e irreverente que mistura magia, ciência, ação e muito humor sobre camadas e mais camadas de reflexão – entre uma batalha e outra, é claro."

No quadrinho conhecemos um pouco da história de Nimona, uma jovem garota que é metamorfa (ela consegue se transformar em qualquer pessoa ou animal, desde que esse ser realmente exista), e que sonha em trabalhar ao lado de Lorde Ballister Coração-Negro, um dos maiores vilões de todos os tempo. Ele é conhecido por sempre estar inventando planos para derrotar seu arqui-inimigo, o Sir Ambrosius Ouropelvis.

Porém, todos os planos de Coração-Negro contra Ouropelvis sempre falham miseravelmente, de forma que a ajuda de Nimona pode ser bastante útil já que ela é uma garota bastante poderosa. E nos primeiros trabalhos entre Coração-Negro e Nimona, fica claro que os dois formam uma dupla poderosa e difícil de ser derrotada. O único problema são alguns pensamentos diferentes que os dois têm. Por mais que seja um super vilão, Lorde Ballister têm limites morais, alguns dos quais Nimona discorda. Para ela, ser uma vilã significa criar suas próprias regras e matar as pessoas.
“Somos vilões! Às vezes os vilões matam algumas pessoas!”

O mundo criado por Noelle Stevenson é simplesmente incrível! Ao mesmo tempo em que a história mistura característica dos reinos medievais (cavaleiros, criaturas místicas como dragões, justas), também é possível notar alguns aspectos de ficção científica presente nos experimentos e armas desenvolvidas. Outra questão interessante é ver como é tratada os conceitos entre bem e mal. Na história, os vilões não são totalmente malvados e os heróis não são 100% bons. No universo construído pela autora, nem tudo é preto no branco ou branco no preto.

"Nimona" é uma história incrível e que apresenta personagens bem desenvolvidos, que são bem aprofundados ao longo da narrativa, permitindo o leitor conhecer um pouco do passado de cada. Os desenhos são lindos, e é interessante a escolha da paleta de cores (no geral é usado um tom mais vibrante, mas nos flashbacks os tons são mais terrosos). Então, se você está procurando uma história divertida, com muita ação e personagens envolventes, "Nimona" me parece ser a escolha correta.

Aquaman (Crítica Sem Spoiler)

"Filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman), Arthur Curry (Jason Momoa) cresce com a vivência de um humano e as capacidades metahumanas de um atlante. Quando seu irmão Orm (Patrick Wilson) deseja se tornar o Mestre dos Oceanos, subjugando os demais reinos aquáticos para que possa atacar a superfície, cabe a Arthur a tarefa de impedir a guerra iminente. Para tanto, ele recebe a ajuda de Mera (Amber Heard), princesa de um dos reinos, e o apoio de Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência."

A trama do filme começa situando as origens de Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa), filho de um humano, Tom Curry  (Tumuera Morrison), com a atlante, Rainha Atlanna (Nicole Kidman). Por anos consideravam impossível a relação entre humanos e atlantes, mas o nascimento de Arthur foi a prova viva de que essas duas espécies diferentes podiam conviver juntas, em paz e harmonia. Contudo, a família Curry sofre uma perda quando Atlanna resolve voltar para Atlântica, temendo um novo ataque em sua casa.

Anos mais tarde vemos o Aquaman entrar em ação, ao salvar um submarino que tinha sido atacado por piratas. A essa altura ele sabe de suas origens e de suas habilidades, mas em nenhum momento demonstrou estar interessado em conhecer Atlântida. Além disso, ele também não mantém contato com nenhum atlante. Toda essa magoa que ele tem é por conta de sua mãe, que foi obrigada a abandonar sua família. 

Contudo, Arthur é obrigado a deixar isso de lado para se aventurar em Atlântida ao lado da princesa Y’mera Xebellian, ou simplesmente, Mera (Amber Heard). Ela o procura com o intuito de que ele pare seu meio-irmão Orm (Patrick Wilson), que está ameaçando começar uma guerra contra a superfície, contra os humanos. Não é o objetivo de Aquaman se tornar rei de Atlântida, afinal de contas ele não conhece muito sobre o seu próprio povo e não foi treinado para governar. Porém, para salvar os humanos ele resolve embarcar nessa aventura. 
Quando chega em Atlântida fica claro que ele não é querido por lá, as pessoas preferem Orm. Porém, apesar disso, Mera insiste em continuar o ajudando. Ela acredita que o rei de Atlântida deveria ser alguém justo como Aquaman, que é a prova vivia de que humanos e atlantes podem conviver bem se quiserem. Além disso, ela enxerga que todo esse plano de guerra que Orm está tramando, apenas vai trazer destruição e morte para os dois lados. Não tem como ninguém sair ganhando de um conflito como esse. O Aquaman também recebe o apoio de Vulko (Willem Dafoe), o seu antigo treinador.

Juntos, Mera e Aquaman, partem em busca de uma arma poderosa, que é capaz de deter Orm e a guerra: o Tridente de Netuno, uma das Sete Relíquas de Atlântida, forjado pelos ciclopes e entregue ao rei Atlan. Em tese, isso não passa de uma lenda, mas eles precisam se arriscar já que é a única alternativa para evitar um conflito. É uma verdadeira corrida contra o tempo, ainda mais com os seus inimigos o perseguindo.

A DC é conhecida por suas histórias em quadrinhos, por seus super heróis e vilões, e tem uma grande importância. Contudo, os filmes da DC não representam toda essa grandiosidade. Batman VS Superman: A Origem da Justiça não teve uma boa recepção pelo público, e Esquadrão Suicida foi uma grande decepção (o trailer prometeu muito mais do que o filme entregou).  Mas, felizmente, Aquaman não segue o mesmo caminho que esses dois filmes. Um reflexo disso, é o fato do longa apresentar um  tom mais leve e divertido, ao mesmo tempo em que aprofunda nos personagens. 
Os efeitos especiais também são deslumbrantes, criando um visual lindo e chamativo para Atlântida.  Para quem não foi capaz de tirar  corretamente o bigode do Henry Cavill, em Liga da Justiça, eles conseguiram se superar com todo visual criado em Aquaman. As cenas de luta também foram muito bem construídas, apesar de alguns clichês, como diversas explosões acontecendo e quedas gigantes.

Outro ponto positivo, são as cenas de flashback entre Aquaman e Vulko. Ao invés de fazer um filme voltado para Arthur descobrindo suas origens, seus poderes, de como se tornou um herói, o longa trata essas questões com dinamismo. Não se perde muito tempo explicando tais coisas. Além disso, não há uma preocupação muito grande em situar a película com outros filmes que fazem parte desse universo da DC

Aquaman foi a prova de que a DC precisava para se reerguer, apesar dos bons resultados que apresentou com Mulher Maravilha e Liga da Justiça. Então, agora só nos resta torcer para a DC aplicar essa fórmula em seus outros filmes, de não deixar esse potencial passar. Talvez o personagem Aquaman não seja o mais popular entre todos os heróis, mas foi ele que garantiu o filme que a DC precisava.   

Ficha Técnica
Título: Aquaman
Duração: 2h 24min
Direção: James Wan
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Elenco: Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson, Nicole Kidman, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II, Temuera Morrison

Curiosidades:
1) Baseado na HQ homônima de Geoff Johns, lançada em 2011.
2) James Wan revelou que pôde escolher se queria dirigir The Flash ou Aquaman, preferindo o último porque o herói é o "azarão" da DC.
3) Quinta vez em que o diretor James Wan e o ator Patrick Wilson trabalham juntos. As anteriores foram em Sobrenatural (2010), Invocação do Mal (2013), Sobrenatural: Capítulo 2 (2013) e Invocação do Mal 2 (2016).

O Retorno de Mary Poppins (Crítica Sem Spoiler)

"Numa Londres abalada pela Grande Depressão, Mary Poppins (Emily Blunt) desce dos céus novamente com seu fiel amigo Jack (Lin-Manuel Miranda) para ajudar Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer), agora adultos trabalhadores, que sofreram uma perda pessoal. As crianças Annabel (Pixie Davies), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh) vivem com os pais na mesma casa de 24 anos atrás e precisam da babá enigmática e o acendedor de lampiões otimista para trazer alegria e magia de volta para suas vidas."

Há 54 anos, o mundo conheceu a babá mágica Mary Poppins (Julie Andrews), através do longa que foi baseado baseado nos livros homônimos de P.L. Travers. Estrelado por Julie Andrews, Dick Van Dyke, Karen Dotrice, Matthew Garber, David Tomlinson, Glynis Johns, Hermione Baddeley e Ed Wynn, a película foi um verdadeiro sucesso para a época, tanto é que ganhou seis estatuetas do Oscar de 1965. 

Agora, essa clássica história ganhou uma continuação. A trama se passa 20 anos depois dos acontecimentos originais, e a Grande Depressão assola Londres. O ânimo da cidade não é o mesmo, assim como a família Banks que está passando por grandes dificuldades. Kate, a esposa de Michael (Ben Whishaw), morreu o deixando desamparado com os seus três filhos: John (Nathanael Saleh), Anabel (Pixie Davies) e Georgie (Joel Dawson). Além disso, ele corre o risco de perder a casa devido suas dívidas. Jane (Emily Mortimer), a irmã de Michael, até oferece ajuda, mas somente um milagre poderá reverter a situação da família Banks.

E esse milagre tem nome e sobrenome: Mary Poppins (Emily Blunt)
Em 1910, quando Mary Poppins foi à casa dos Banks pela primeira vez, a sua função era cuidar e educar Michael e Jane, e no meio dessas tarefas acabou melhorando a convivência familiar  Agora, a função de Mary Poppins é recuperar o espírito infantil de John, Anabel e Georgie. Por conta da morte da mãe, dos problemas financeiros e da casa caindo aos pedaços, as crianças amadureceram muito cedo.

Por esse motivo, as crianças não acreditam em magia e constantemente duvidam de Mary Poppins e suas habilidades. E para ajudar nessa missão, a babá mágica vai contar com a ajuda de alguns amigos: Jack (Lin-Manuel Miranda), um simpático ascendedor de lampiões que sempre está pronto para poder ajudar; e Topsy Poppins (Meryl Streep), a prima de Mary Poppins.

Apesar de "O Retorno de Mary Poppins" ser uma continuação, muitas pessoas estão confundindo o filme como um remake. Isso acontece devido as similaridades com o filme de 1964, já que existem sequências parecidas, falas idênticas e inúmeras referências ao seu antecessor. O longa peca no quesito de inovação e originalidade, uma vez que está bastante parecido com "Mary Poppins"
Emily Blunt estava deslumbrante no papel de Mary Poppins, interpretando com maestria a personagem imortalizada por Julie Andrews. Lin-Manuel Miranda é um ator que já teve experiências com musicais e isso ficou claro durante o longa, sem contar que ele se destacou como o carismático Jack (um personagem tão querido quanto Bert, o limpador de chaminés interpretado por Dick Van Dyke).

"O Retorno de Mary Poppins" é marcado por uma grande carga nostálgica, o que é capaz de emocionar todos os fãs da franquia. Um dos momentos mais especiais foi a pequena participação de Dick Van Dyke, que, aos 93 anos de idade, cantou, dançou e divertiu o público. Com certeza a beleza e a magia desse filme vão conquistar uma nova legião de fãs, ao mesmo tempo em que vai encantar os fãs mais antigos.

Ficha Técnica
Título: O Retorno de Mary Poppins
Direção: Rob Marshall
Gênero: Comédia Musical, Fantasia
Duração: 2h 11min
Elenco: Emily Blunt, Lin-Manuel Miranda, Ben Whishaw, Emily Mortimer, Julie Walters. Pixie Davis, Colin Firth, Meryl Streep, Dick Van Dyke, Angela Lanbury, Joel Dawson e Nathanael Saleh

Resenha: Uma Dobra No Tempo

Título: Uma Dobra No Tempo
Autor(a): Madeleine L’Engle, Hope Larson
Editora: DarkSide Graphic Novel
Número de páginas: 420
Classificação: 4/5

O livro "Uma Dobra No Tempo", da escritora Madelaine L'Engle, é um verdadeiro clássico que encanta as pessoas até hoje. Em 2018, o livro ganhou uma adaptação produzida pela Disney, que conta com grandes nomes no elenco, como Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Mindy Kaling, Gugu Mbatha-Raw e Chris Pine. Além disso, nesse mesmo ano a editora DarkSide lançou outra adaptação da famosa história, mas dessa vez em quadrinhos ilustrados pela talentosa Hope Larson

"Um clássico que atravessou o tempo para inspirar. Mestres da literatura, agora em quadrinhos. Há mais de 50 anos, as palavras de Madeleine L’Engle encantam gerações de leitores e inspiram escritores a quebrarem as barreiras terrestres para explorar novos mundos. Uma Dobra no Tempo é aquele tipo de livro que tem lugar cativo na estante e no coração dos leitores, e de vez em quando cai nas mãos de seu dono para que ele possa voltar no tempo. E verdade seja dita: quem se aventurou por suas páginas nunca mais enxergou noites escuras e tempestuosas da mesma maneira.

A DarkSide Books convida os leitores a embarcarem nessa viagem clássica reimaginada pela talentosa ilustradora Hope Larson. Em Uma Dobra no Tempo, o pai de Meg e Charles Wallace, um exímio físico, está desaparecido há dois anos. A aventura começa quando, em uma noite de tempestade, eles recebem a visita de uma senhora peculiar, a sra. Queque é, que foi tirada de sua rota pelo vento enquanto viajava pelo tempo e espaço utilizando o tesserato. Na companhia de mais duas criaturas sobrenaturais, a sra. Quem e a sra. Qual, e de um garoto chamado Calvin O’Keefe, eles partem pelo universo em busca de qualquer indício do paradeiro do dr. Murry. Mas o que eles descobrem vai muito além disso: todo o universo está sendo atacado pela Escuridão, uma força perigosa que traga a luz das estrelas e dos planetas, em uma luta contra o mal que parece nunca acabar.

Roteirista das histórias da Batgirl, da DC Comics, e ganhadora de um Eisner Award, a maior honraria para um quadrinista, Hope Larson realiza um trabalho impecável ao reacender as memórias de quem cresceu na companhia de personagens tão carismáticos, ao mesmo tempo em que introduz, com respeito e carinho, o universo de Madeleine L’Engle para quem acabou de embarcar nessa jornada. E que jornada. Uma Dobra no Tempo é uma aventura emocionante para todas as idades que discute temas importantes e eternos como coragem, aceitação das diferenças e a importância de acreditar em si mesmo. A jornada de Meg, uma garota comum e ao mesmo tempo extraordinária, nos mostra que existe um poder capaz de vencer qualquer obstáculo: o amor.

Com interpretações vívidas que respiram nostalgia, seu traço cuidadoso ganha ainda mais frescor com o tom azulado que permeia as ilustrações, garantindo uma experiência completa. A DarkSide Graphic Novel ganhou mais um quadrinho preparado com esmero, naquele padrão de qualidade que os darksiders já conhecem — e que seria aprovado em qualquer lugar do tempo e espaço. Essa belíssima história também ganhou uma adaptação nos cinemas, em um filme da Disney estrelado por Oprah Winfrey, Reese Witherspoon e Mindy Kaling. Seja no cinema, nos livros ou nos quadrinhos, uma coisa é certa: Uma Dobra no Tempo chegou para deixar o leitor querendo dar um jeito de tesserar por aí."

Logo no início da trama, somos apresentados a vida da adolescente Meg Murray. Ela é a típica jovem rebelde que vive se metendo em encrencas. Na escola, suas notas não são uma das melhores (e seus professores sempre esperam muito dela, ao julgar a genialidade de seus pais), e constantemente Meg briga com outros alunos. 

A situação na família Murray também não anda nada fácil. O pai de Meg sumiu misteriosamente, deixando ela junto de sua mãe e de seus irmãos mais novos: os gêmeos, e Charles Walle que é um garotinho bastante peculiar.  O que mais agonia a família, é a falta de respostas. Ninguém sabe o verdadeiro desaparecimento do pai; alguns vizinhos dele especulam que foi alguma traição, e os chefes dele apenas afirmam que seu trabalho é perigoso e que um dia ele pode voltar, mas nada é garantido.

Depois de Meg e Charles Wallace receberem a visita de três senhoras estranhas: a sra. Quequeé (uma mulher bastante excêntrica que aparece pela primeira vez na casa dos Murray durante uma tempestade), sra. Quem (ela só fala citações, pois é mais fácil expressar dessa forma) e a sra. Qual (a mais misteriosa). Acompanhados dessas senhoras peculiares e de Calvin, um vizinho e colega da escola, Meg e Charles Wallace vão se aventurar em viagens interdimensionais para salvar o universo e, conseguente mente, o pai das crianças.

Essas viagens interdimensionais são possíveis graças ao princípio do tessarato, que é uma dobra entre as dimensões. Com essas informações, Meg, Charles Wallace e Calvin vão fazer o possível para deter a ameaça de AQUELE, um vilão bastante poderoso e malvado.  E para que tudo dê certo, cada um dos jovens vão ter que usar suas qualidades, ou defeitos, no caso de Meg (tudo que ela acha negativo e errado em si mesma, vai ser essencial para ajudar a salvar o mundo e deter AQUELE).
"Se quiser ajudar seu pai, terá que aprender a ter paciência. Vitam impendere vero. Consagrar sua vida à verdade".

Eu já conhecia a história devido a adaptação produzida pela Disney, e como de costume sempre vai existir uma grande diferença entre livro x filme. Ao assistir o longa, tive a impressão de que o roteiro foi confuso em diversos aspectos. Algumas sequências são muito prolongados, dando a sensação de enrolação, sem contar com a montagem que não ajuda a criar continuidade em diversas cenas, não apresentando uma ligação coerente. Contudo, apesar disso, o filme apresenta uma experiência estética interessante e criativa, criando cenários exuberantes e maravilhosos.

A adaptação dessa história clássica para uma HQ ficou muito boa, acredito que seja uma ótima forma de atrair mais pessoas a conhecer essa história incrível. A ilustração de Hope Larson é bonita,  e a escolha da paleta de cores composta por azul, preto e branco resultou em um trabalho interessante e bem detalhado. Contudo, em determinados momentos a narrativa é rasa e bem simples, sem aprofundar muito em alguns personagens e problemas vivenciados por eles.

"Uma Dobra No Tempo" reúne um pouco de não ficção, ficção científica, muita fantasia e uma bosa dose de protagonismo feminino. Por esses e outros motivos, acredito que a obra de Madeline continue sendo relembrada até os dias de hoje. A protagonista do livro, Meg Murray, é uma garota como qualquer outra, que têm seus defeitos e suas limitações, mas mostra a sua força nos momentos mais perigosos e prova que as mulheres podem sim salvar o mundo!