Das páginas para a tela: como funciona a adaptação cinematográfica

As adaptações literárias são um nicho lucrativo para a indústria cinematográfica e para as empresas de streaming (Crédito: Bruna Curi)
Uma questão que sempre perpetuou no meio literário e cinematográfico diz respeito às adaptações literárias, da famosa discussão que não tem fim: “O livro ou o filme. Qual é o melhor?”. Enquanto alguns defendem as produções de cinema, outras pessoas ficam a favor dos livros nesta batalha, uma vez que as obras literárias abrangem alguns detalhes que as películas não são capazes de retratar.

Apesar dessa discussão aparentar ser bastante simplista, o estudante de cinema do Centro Universitário Una, Fábio Costa de Lima, explica que falar sobre adaptações literárias é mais complexo do que parece. Em primeiro lugar, para transformar um livro em uma série ou filme, é preciso fazer uma pesquisa sobre o tema que a obra aborda, o contexto social em que se passa a história e sobre seus personagens. A partir daí, podem ser classificadas três tipos de adaptações: transposição, pesquisa e a analogia.

O livro Animais Fantásticos e Onde Habitam, da J.K. Rowling, inspirou a nova saga de filmes do universo de Harry Potter estrelada por Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Ezra Miller, Alison Sudol e Dan Fogler (Crédito: Bruna Curi)
“Se a adaptação não tem seus detalhes inalterados, ela é chamada de transposição. Enquanto isso, outro método utilizado para produzir as adaptações literárias é a pesquisa, que é realizada com a intenção de mudar a obra caso outra mensagem ou interpretação sejam feitas, mas mantendo sua originalidade. Por último, no caso da analogia, o livro é usado somente como uma inspiração para o filme”, conta. Além disso, segundo o estudante, em todos os métodos utilizados para se produzir adaptações literárias, há a participação e autorização do escritor do livro, caso este esteja vivo.

Além das três formas de se produzir uma adaptação literária, o estudante também chama atenção para dificuldade em adaptar um livro para o meio cinematográfico ou televisivo. Para ele, uma das maiores dificuldades é o filme ou série transmitir o mesmo sentimento que o livro passa para o leitor, sem contar a maneira de retratar uma determinada passagem do livro. “O filme tenta recriar tais momentos, mas ao fazer isso pode acabar errando na visão ou esquecendo de algo”.

LIVRO OU FILME?

Contudo, devido o conhecimento popular, nem todas as pessoas tem noção das técnicas utilizadas para adaptar um livro para a telinha do cinema ou da televisão, e dos desafios que fazem parte do processo. Dessa forma, que as comparações são inevitáveis.
Uma das adaptações mais criticada pelos fãs é O Ladrão de Raios, baseada no best-seller de Rick Riordan (Crédito: Bruna Curi)
Mas, para Lima, se trata de algo injusto. Na visão do estudante, existem diversas formas para se produzir adaptações e elas são produtos completamente diferentes e os recursos utilizados para avaliá-los são, consequentemente, diferentes. “Sempre vão existir pessoas que vão ver problemas em uma adaptação, ou que vão considerar o filme superior ao livro. O que se deve ter em mente é que tanto um livro quanto um filme tem seus pontos positivos e negativos, não é necessário ficar fazendo comparações ou menosprezando uma destas produções”, conclui.

ADAPTAÇÕES MARCANTES

Todos os anos são lançados filmes e séries baseados em livros, ou que estão adaptando alguma história de um best-seller. Dessa forma, é possível citar algumas adaptações literárias que marcaram a história cinematográfica ou que fizeram um enorme sucesso entre o público.

1) O ILUMINADO (1980)

Jack Nicholson no filme O Iluminado, dirigido por Kubrick
Baseado no livro O Iluminado, escrito por Stephen King, o filme dirigido por Stanley Kubrick vai abordar alguns acontecimentos na vida da família Torrance. Tudo começa quando Jack Torrance (Jack Nicholson) é contratado para trabalhar como vigia em um hotel no Colorado, de forma que ele se muda para o local junto de sua esposa, Wendy Torrance (Shelley Duvall), e seu filho, Dany (Danny Lloyd). Porém, o isolamento da família no Colorado começa causar certos problemas. Jack se torna cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo em que seu filho começa a ter visões baseadas em acontecimentos que ocorreram no passado.

2) HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL (2001)

Hermione (Emma Watson), Harry (Daniel Radcliffe) e Rony (Rupert Grint) ficaram conhecidos como "O Trio de Ouro" pelos fãs da saga
É possível afirmar que os filmes da saga Harry Potter, que foram baseados nos livros da escritora britânica J.K. Rowling, se tornaram um grande sucesso cinematográfico, de forma que, até hoje, Rowling continua trabalhando e expandindo esse universo que ela criou e até hoje alguns atores são reconhecidos por seus papéis nos filmes da saga.

Dessa forma, entre todos os filmes de Harry Potter, é importante falar sobre o primeiro: Harry Potter e a Pedra Filosofal, dirigido por Chris Columbus. A película conta a história de Harry Potter (Daniel Radcliffe), um garoto órfão de 10 anos que vive junto de seus tios, os Dursley. Seus tios se orgulham ao dizer que eles são completamente normais e que levam uma vida bastante comum, mas tudo muda quando Harry recebe uma carta dizendo que ele foi aceito para entrar em Hogwarts, uma escola super famosa por instruir jovens bruxos e bruxas. A partir daí, Harry vai começar a sua aventura pelo mundo bruxo, junto de seus novos melhores amigos, Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson), além de descobrir a verdade por trás da morte de seus pais.

3) ORGULHO E PRECONCEITO (2005)


Keira Knightley e Matthew Macfayen como o amado casal Elizabeth Bennet e Mr. Darcy
O clássico Orgulho Preconceito, da escritora britânica Jane Austen, já ganhou uma série de adaptações para a televisão e para o cinema — inclusive, o ator Colin Firth foi eternizado como Mr. Darcy na minissérie lançada em 1995 e dirigida por Andrew Davies. Mas, entre as várias adaptações que esse clássico da literatura ganhou, a que mais se destaca é Orgulho e Preconceito, lançado em 2005, dirigido por Joe Wright e estrelado por Keira Knightley, Matthew Macfadyen, Talulah Riley, Rosamund Pike, Jena Malone, Carey Mulligan, Donald Sutherland e Brenda Blethyn.

O filme de 2005 retrata a vida das cinco irmãs Bennet: Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan). Entre todas as irmãs, Elizabeth é a única que não demonstra interesse em se casar, o que acaba gerando alguns atritos com sua mãe (Brenda Blethyn), que sonha em casar todas suas filhas. Essa vontade apenas aumenta com a chegada do sr. Bingley (Simon Woods), um solteiro rico, à região. Jane logo acaba conquistando o coração do sr. Bingley, enquanto Elizabeth se desentende com o sr. Darcy (Matthew Macfadyen) que, apesar de muito bonito, também é muito esnobe. Mesmo não tendo nenhum interesse no sr. Darcy, os encontros dele e de Elizabeth se tornam mais frequentes, assim como suas discussões.

4) JOGOS VORAZES: EM CHAMAS (2013)


Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e Peeta Mellark (Josh Hutcherson) foram os representantes do Distrito 12 no Massacre Quaternário
Outra trilogia de livros que rendeu filmes aclamados pelo público infanto-juvenil foi a de Jogos Vorazes, escrita por Suzanne Collins e que retrata um universo distópico. Neste universo criado por Collins, a região da América do Norte dá lugar a Panem, uma nova nação. Para manter a ordem e o controle sob a população, Panem é dividida em 12 distritos e cada um tem sua especialidade, de forma que alguns são mais pobres do que outros. Além disso, anualmente os distritos são obrigados a oferecer um garoto e uma garota, também conhecidos como tributos, para competir até a morte nos Jogos Vorazes.

Entre os quatro filmes baseado na trilogia escrita por Suzanne Collins, o que se destaca é: Jogos Vorazes: Em Chamas, lançado em 2013 e dirigido por Francis Lawrence. A história da película se passa após os acontecimentos do primeiro filme, Jogos Vorazes (2012). Depois de vencer os jogos, Katniss (Jennifer Lawrence) e Peeta (Josh Hutcherson) são obrigados a participar de uma edição especial do evento, o Massacre Quaternário, que ocorre a cada 25 anos e que reúne alguns vencedores de edições passadas.

5) PODRES DE RICOS (2018)


Outra adaptação que chamou atenção no cenário cinematográfico foi a comédia romântica Podres de Ricos, baseado no livro Asiáticos Podres de Ricos de Kevin Kwan. O filme foi dirigido por Jon M. Chu e conta a história de Rachel Chu (Constance Wu), uma mulher chinesa que mora há anos junto de sua mãe nos Estados Unidos. Ela trabalha como professora em uma faculdade em Nova York e namora com Nick Young (Henry Golding), mas apesar de estarem juntos por um bom tempo Nick nunca deu detalhes de sua vida pessoal ou sobre sua família. Mas, a situação muda quando Nick convida Rachel para ir ao casamento de seu melhor amigo, em Singapura. Durante a viagem, Rachel vai conhecer um pouco mais sobre a família do seu namorado, dos costumes locais e ainda vai passar por alguns problemas envolvendo a família de Nick, uma vez que a mãe (Michelle Yeoh) dele desaprova o namoro.

Algo que fez que a película destacar-se entre as demais comédias românticas, é a representatividade presente em Podres de Ricos. O elenco do filme é composto apenas por atores asiáticos ou sino-americanos, e a última produção deste porte foi feita em 1993, em O Clube da Felicidade e da Sorte, de Wayne Wang. Além disso, Podres de Ricos aborda a cultura oriental e a cultura local de Singapura sem ser estereotipado.

ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS DE 2019

Assim como nos anos anteriores, 2019 está cheio de lançamentos cinematográficos que estão despertando atenção e interesse do público. A produção de adaptações literária é um nicho que está se tornando cada vez mais lucrativo para a indústria cinematográfica e para as  plataformas de streaming, como a Netflix, que vêm investindo em produções deste estilo — somente no ano passado a Netflix lançou várias produções baseadas em livros: A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata, Para Todos Os Garotos Que Já Amei, Bird Box, Dumplin' e A Barraca do Beijo. E entre os filmes que foram lançados e que vão ser lançados neste ano, é preciso falar especificamente sobre algumas adaptações literárias.

1) COMO TREINAR SEU DRAGÃO 3 (17 de janeiro de 2019)

A emocionante despedida entre Banguela e Soluço
Inspirado na série de livros Como Treinar Seu Dragão, de Cressida Cowell, Como Treinar seu Dragão 3 chegou aos cinemas no primeiro semestre de 2019. O filme aborda a tentativa de Soluço, um jovem viking, de encontrar um lar ideal que permita a convivência pacífica entre homens e dragões. Mas, para isso acontecer, Soluço e seus amigos vão precisar enfrentar vários caçadores perigosos, incluindo Grimmel, que está atrás de Banguela, um dragão Fúria da Noite e o melhor amigo de Soluço. Como Treinar Seu Dragão 3 marcou o fim de uma das trilogias mais consistentes produzidas pela DreamWorks.

2) A CINCO PASSOS DE VOCÊ (21 de março de 2019)

Will (Cole Sprouse) e Stella (Haley Lu Richardson) quebram as regras para ficarem juntos
Baseado no romance homônimo de Rachael Lippincott, Mikki Daughtry e Tobias Iaconis, o filme A Cinco Passos de Você vai mostrar o romance vivido pelos adolescentes Stella Grant (Haley Lu Richardson) e Will Newman (Cole Sprouse). Mas, diferentes dos jovens comuns, os dois sofrem com a fibrose cística (uma doença que afeta, principalmente, os pulmões, pâncreas e sistema digestivo), o que dificulta bastante a situação deles, uma vez que eles não podem ficar perto um do outro. Sendo assim, para poder viver essa história de amor, Stella e Will começam a quebrar as regras e se rebelarem contra o rigoroso tratamento.

3) TURMA DA MÔNICA LAÇOS (27 de junho de 2019)

Gabriel Moreira, Giulia Benite, Kevin Vechiatto e Laura Rauseo dão vida aos icônicos personagens criados por Maurício de Sousa
A turminha mais amada e queria do Brasil também ganhou uma adaptação literária neste ano e, dessa vez, em forma de live-action! O filme Turma da Monica: Laços, que  foi baseado na historia em quadrinhos escrita por Vitor e Lu Cafaggie, conta uma aventura da turminha do Bairro do Limoeiro. Desta vez, Cebolinha (Kevin Vechiatto), Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira) vão sair em busca do Floquinho, o cachorro do Cebolinha, que desapareceu misteriosamente.

4) IT: CAPÍTULO 2 (5 de setembro de 2019)

O Clube dos Otários se reuniu novamente após 27 anos afastados
O famoso livro It, do autor norte-americano Stephen King, ganhou sua segunda adaptação no segundo semestre deste ano. It: Capítulo 2 se passa 27 anos após os acontecimentos de It: A Coisa (2017). Tudo começa quando Mike (Isaiah Mustafa) descobre que o palhaço assassino, Pennywise (Bill Skarsgård), está de volta à pacata cidade de Derry. Para evitar que o Pennywise mate mais pessoas do que a última vez, Mike decide convocar o seu grupo de amigos (carinhosamente conhecidos como Clube dos Otários) para deter Pennywise. Porém, retornar para Derry não vai ser tão fácil como Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jay Ryan) e Eddie (James Ransone) tinham imaginado, eles vão precisar confrontar todos os traumas de seu passado.

5) ADORÁVEIS MULHERES (lançamento previsto para dezembro de 2019)

As irmãs Meg (Emma Watson), Amy (Florence Pugh), Jo (Saoirse Ronan) e Beth (Eliza Scanlen)
O clássico da literatura Mulherzinhas, escrito por Louisa May Alcott e publicado em 1861, também vai ganhar uma adaptação literária neste ano. O filme Adoráveis Mulheres, que foi dirigido por Greta Gerwig, a mesma diretora de Lady Bird: A Hora de Voar, vai contar sobre a história das irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) durante o período da Guerra Civil que ocorreu nos Estados Unidos.

Resenha: The Rise of Kyoshi

Título: The Rise of Kyoshi
Autor(a): F. C. Yee e  Michael Dante DiMartino
Editora: Amulet Books
Número de páginas: 336
Classificação: 5/5

Oi gente tudo bem com vocês? Eu sei que estou meio sumida, mas resolvi compensar trazendo um conteúdo super legal pra vocês. No vídeo de hoje, eu fiz a resenha do livro The Rise of Kyoshi, que vai contar um pouco mais sobre a vida da Avatar Kyoshi. Eu não sei vocês, mas eu sou muito fã de Avatar: A Lenda de Aang, então poder descobrir sobre o passado da Kyoshi, de sua infância, juventude e treinamento para se tornar o Avatar é sensacional. Então, eu espero que vocês gostem do vídeo!

"F. C. Yee’s The Rise of Kyoshi delves into the story of Kyoshi, the Earth Kingdom–born Avatar. The longest-living Avatar in this beloved world’s history, Kyoshi established the brave and respected Kyoshi Warriors, but also founded the secretive Dai Li, which led to the corruption, decline, and fall of her own nation. The first of two novels based on Kyoshi, The Rise of Kyoshi maps her journey from a girl of humble origins to the merciless pursuer of justice who is still feared and admired centuries after she became the Avatar."

Unboxing Inrínsecos | Caixinha de Junho

Oi gente, tudo bem com vocês? Há quase um ano eu criei um canal no YouTube para diversificar o conteúdo do Escritora Whovian e aumentar o meu público. E no vídeo de hoje, eu gravei o unboxing da caixinha 09, a caixinha de junho, do Intrínsecos, o clube do livro da editora Intrínseca. E para mais informações do Intrínsecos, basta acessar o site deles. Espero que vocês gostem!

Aladdin (Crítica Sem Spoiler)

"Aladdin (Mena Massoud) é um jovem ladrão que vive de pequenos roubos em Agrabah. Um dia, ele ajuda uma jovem a recuperar um valioso bracelete, sem saber que ela na verdade é a princesa Jasmine (Naomi Scott). Aladdin logo fica interessado nela, que diz ser a criada da princesa. Ao visitá-la em pleno palácio e descobrir sua identidade, ele é capturado por Jafar (Marwan Kenzari), o grão-vizir do sultanato, que deseja que ele recupere uma lâmpada mágica, onde habita um gênio (Will Smith) capaz de conceder três desejos ao seu dono."

Resenha: O Príncipe Corvo

Título: O Príncipe Corvo
Autor(a): Elizabeth Hoyt
Editora: Record
Número de páginas: 350
Classificação: 3/5

Quem me conhece ou acompanha no blog há algum tempo, já deve ter percebido que eu adoro romances de época. Então, resolvi seguir o conselho da minha amiga Laura, do blog Nostalgia Cinza, e ler "O Príncipe Corvo", um livro que estava chamando a minha atenção há meses.

"Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante

Chega uma hora na vida de uma dama... 
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável... 
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego. 
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante."

Logo conhecemos Anna Wren, uma viúva que mora junto de sua sogra e da empregada em um pequeno chalé. Há anos, quando se casou, Anna tinha diversos sonhos e planos para o futuro, mas a vida seguiu um rumo diferente após a morte de seu marido. Agora, ela e as outras mulheres estão enfrentando um grande desafio para pagarem as contas que não param de acumular, uma vez que seu falecido marido não deixou muitos bens.

Dessa forma, Anna se vê obrigada a procurar um emprego para ajudar nas despesas. Por mais que sua sogra não concorde com essa atitude, não há muito o que fazer; o jeito é aceitar a decisão de Anna. Coincidentemente, Edward, o conde de Swartingham, estava a procura de um secretário para tomar contar da Abadia de Ravenhil. 

Certamente que Anna não é a pessoa mais adequada para preencher a vaga, pelo menos na visão de Edward, mas sua personalidade forte vai o convencendo de que ela é a pessoa perfeita para o cargo. Além do mais, Anna parece saber lidar perfeitamente com o comportamento rude e seu mau humor. Esse trabalho é essencial para a aproximação dos dois, ao ponto de Anna cometer certas loucuras para poder conquistar o conde.
"Raiva. Anna sentiu raiva. A sociedade poderia não esperar o celibato do conde, mas certamente esperava isso dela. Ele, por ser homem, poderia ir a casas de má reputação e aprontar por toda a noite com criaturas sedutoras e sofisticadas. Enquanto ela, por ser uma mulher, deveria ser casta sem nem ao menos pensar em olhos escuros e peitos cabeludos. Simplesmente não era justo. Nem um pouco justo."

A premissa de "O Príncipe Corvo" me chamou atenção, uma vez que é diferente de tudo que eu já li (a parte de duas pessoas de classes diferentes se apaixonando é um clichê, mas até então nunca tinha lido algo que envolvesse um bordel). Porém, demorou para que eu me envolvesse com a história. Até a página 100, mais ou menos, a leitura foi bastante arrastada e com o tempo que eu fui adquirindo um apego pelos personagens. Depois disso, a leitura fluiu com uma grande rapidez. 

Apesar de se tratar de um romance de época, o livro contém várias cenas de sexo e bem detalhadas. A autora, Elizabeth Hoyt, fez essa construção bastante cuidadosa, além de promover uma discussão interessante sobre o papel do homem a respeito do celibato. Enquanto Edward podia ter diversos casos amorosos, ir aos bordeis e não sofrer nenhum tipo de julgamento, o mesmo não é valido para Anna. Essa é uma reflexão que se enquadra bastante nas discussões de igualdade que temos no século XXI.

"O Príncipe Corvo" é o primeiro livro de uma trilogia, mas, apesar da leitura ter sido bastante agradável  não sei se vou dar uma continuidade para a "Trilogia dos Príncipes". O livro foi bom, mas não ao ponto de me fazer querer ler sua continuação. E para quem gosta de um bom romance de época, "O Príncipe Corvo" pode ser uma ótima escolha.

Resenha: Sem Você Não é Verão

Título: Sem Você Não é Verão
Autor (a): Jenny Han
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 240
Classificação: 3/5

Por mais que a leitura de "O Verão Que Mudou Minha Vida" não ter sido a melhor de todas ou a mais marcante da minha vida, eu resolvi dar mais uma chance para essa trilogia e hoje vou contar um pouco mais sobre "Sem Você Não é Verão", o segundo livro da trilogia Verão.

"A vida de Isabel Conklin é marcada pelas férias de verão. As outras estações do ano são como um intervalo, dias que passam lentamente enquanto ela espera que o sol lhe traga de volta o que mais ama: o mar, descanso, diversão e, principalmente, Conrad e Jeremiah Fisher.
Os garotos da família Fisher sempre estiveram ao lado de Belly em suas aventuras. Conrad é ousado, sombrio, inteligente. Já Jeremiah, é confiável, engraçado, espontâneo. Mesmo sendo tão diferentes, os três constroem uma amizade que parece inabalável. Apenas parece...
Tudo muda quando, em uma dessas férias, Conrad demonstra sentir algo por ela. O problema é que Jeremiah faz o mesmo. À medida que os anos passam, Belly sabe que precisará escolher entre os dois e encarar o inevitável: ela vai partir o coração de um deles.
Na trilogia Verão, acompanhamos Belly dos 15 aos 24 anos. Em meio a descobertas e mudanças, ela se apaixona, se envolve em um triângulo amoroso, entra na universidade e descobre que amadurecer também significa tomar decisões difíceis. Primeiros romances jovens de Jenny Han, os três livros são agora relançados pela Intrínseca, com novas capas e traduções inéditas."

Muita coisa mudou na vida de Belly desde seu último verão em Cousins Beach. Em primeiro lugar, ela e Conrad começaram um relacionamento que não foi pra frente. Segundo: o câncer de Susannah e ela morreu. E por último: esse é o primeiro verão que Belly não vai ir para Cousins Beach junto de sua família. Porém, a perspectiva de passar o verão em casa, junto de sua melhor amiga, Taylor, não é tão ruim assim. Agora, ela vai poder ir nas festas de seus colegas, não vai pensar na perda de Susannah ou no término de seu relacionamento.

Mas nem sempre as coisas acontecem da maneira que planejamos.

"Achei que iria para lá em todos os verões da minha vida. Aquela casa de veraneio era o único lugar onde eu queria estar. Era o único lugar onde sempre quis estar." 

Belly recebe uma ligação desesperara de Jeremiah, que a procura na tentativa de achar Conrad, uma vez que ele sumiu da faculdade sem dar nenhuma notícia. Mesmo sabendo que ir atrás de Conrad não é a decisão mais esperta, ainda mais levando em conta a discussão que tiveram na última vez em que se viram, ela decide ajudar Jere a encontrar o irmão. Ela precisa fazer isso, Sussanah iria gostar que ela fizesse aquilo por seus filhos; sem contar que isso significa ir até Cousins Beach novamente, por uma última vez.
Toda essa situação vai exigir uma grande maturidade por parte de Belly. Uma maturidade para lidar com Conrad, e seus sentimentos em relação a ele; uma maturidade para lidar com a ausência de Sussanah, para finalmente encarar o fato de que ela morreu. E como é esperado, Belly vai se meter em algumas confusões e vai descobrir novos sentimentos em relação aos irmãos Fisher.

"Ele a amava. Em um tempo, ele tinha sido louco por ela. Ele nunca tinha sido assim comigo. Nunca. Mas eu o amei. Eu o amava por mais tempo e mais verdadeiramente do que eu tinha amado alguém em toda a minha vida e eu provavelmente nunca amaria qualquer um dessa forma novamente. Que, para ser honesta, era quase um alívio."

Apesar do livro ser relativamente pequeno em comparação a outros que já li, a leitura de "Sem Você Não é Verão" foi bem arrastada para mim. Eu não consegui adquirir nenhum tipo de empatia pelos personagens centrais da trama: Belly, Conrad e Jeremiah. Além do mais, não gostei da tentativa de estabelecer um triângulo amoroso entre os três, achei que a Jenny Han forçou algumas das situações.

Mesmo não tendo gostado bastante da leitura anterior, do livro "O Verão Que Mudou Minha Vida", resolvi dar uma chance para a trilogia; eu acreditei que a trama poderia melhorar. Porém, aconteceu o contrário quando eu li "Sem Você Não é Verão". Os personagens continuam sendo apáticos, algumas relações são bastante forçadas e a trama não tem nada de extraordinário. Desse modo, tomei a decisão de não continuar a trilogia Verão (ainda mais após ver as resenhas sobre o terceiro livro), o que é uma pena já que eu amo o trabalho da Jenny Han.

Resenha: O Verão Que Mudou Minha Vida

Título: O Verão Que Mudou Minha Vida
Autor (a): Jenny Han
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 240
Classificação: 3/5

Quem me conhece sabe que eu adoro um bom romance, cheio de clichês, algo bem "água com açúcar". Dessa forma, resolvi dar uma chance para "O Verão Que Mudou Minha Vida", da Jenny Han, a mesma autora da trilogia de Para Todos Garotos Que Já Amei.

"A vida de Isabel Conklin é marcada pelas férias de verão. As outras estações do ano são como um intervalo, dias que passam lentamente enquanto ela espera que o sol lhe traga de volta o que mais ama: o mar, descanso, diversão e, principalmente, Conrad e Jeremiah Fisher. 
Os garotos da família Fisher sempre estiveram ao lado de Belly em suas aventuras. Conrad é ousado, sombrio, inteligente. Já Jeremiah, é confiável, engraçado, espontâneo. Mesmo sendo tão diferentes, os três constroem uma amizade que parece inabalável. Apenas parece... 
Tudo muda quando, em uma dessas férias, Conrad demonstra sentir algo por ela. O problema é que Jeremiah faz o mesmo. À medida que os anos passam, Belly sabe que precisará escolher entre os dois e encarar o inevitável: ela vai partir o coração de um deles. 
Na trilogia Verão, acompanhamos Belly dos 15 aos 24 anos. Em meio a descobertas e mudanças, ela se apaixona, se envolve em um triângulo amoroso, entra na universidade e descobre que amadurecer também significa tomar decisões difíceis. Primeiros romances jovens de Jenny Han, os três livros são agora relançados pela Intrínseca, com novas capas e traduções inéditas."

Logo no início do livro somos apresentados a Belly, uma adolescente de 15 anos que viaja todo verão para a casa de praia de uma amiga da família. Ela, sua mãe, Laurel, e seu irmão mais velho, Steven, sempre viajam para Cousins Beach para ficar junto de Susanah/Beck e seus dois filhos: Conrad e Jeremiah. Dessa forma, sempre que o verão está se aproximando, Belly não consegue conter a animação e a ansiedade de passar suas férias em Cousins Beach.

Mas, diferente dos anos anteriores, Belly tem a sensação de que esse verão vai ser diferente dos outros. Seu corpo mudou, ela abandonou os velhos óculos e trocou por lentes e se sente mais madura. Ela está cansada de ser vista como uma irmã mais nova para Conrad e Jeremiah, ou de ser excluída da brincadeira dos garotos. E o primeiro indício de que as coisas estão prestes a mudar é quando ela conhece Cam, numa festa de praia.

"Momentos, quando se perdem, não podem ser reencontrados. Simplesmente se vão."
Belly tem tudo para ter um dos melhores verões de sua vida: ela tem a companhia de sua família e amigos, pode ir na praia sempre que dá vontade e ainda tem a companhia de Cam, que demonstra o seu interesse de Belly e faz de tudo para conquistá-la. Porém, a sensação é de que algo está faltando. E essa ausência na vida de Belly tem nome e sobrenome: Conrad Fisher, o filho mais velho de Susanah. Mesmo desfrutando da companhia de um cara legal como Cam, Belly não consegue afugentar os seus pensamentos de Conrad. Ela sempre amou ele, desde os 10 anos, e acredita que ele vai ser o único e verdadeiro amor de toda sua vida.

Sendo assim, esse verão vai acabar sendo totalmente transformador para a vida de Belly e dos outros integrantes da casa de Cousins Beach.

"Ele sorriu. Conrad tinha um jeito de me olhar, de olhar para qualquer um, que resolvia tudo, dava vontade de cair aos pés dele. 
Ele disse: — Claro. Boa-noite, Bells. — Bells, meu apelido de mil anos atrás. 
Ele tornava muito difícil não amá-lo. Quando era encantador assim, eu me lembrava do motivo pelo qual o amava. Antes, quero dizer. 
Eu me lembrava de tudo."

Não irei negar que estava com grandes expectativas para "O Verão Que Mudou Minha Vida", afinal de contas tinha lido diversas resenha positivas e pelo livro ser um trabalho da Jenny Han. Eu achava que iria me deparar com outro casal tão memorável e fofo como a Lara Jean e o Peter K, ou com uma linda história de romance que me faria sonhar, mas o que aconteceu não foi exatamente isso. Em "O Verão Que Mudou Minha Vida", eu não consegui desenvolver uma empatia muito forte pelos personagens principais, a tentativa de criar um triângulo amoroso falhou miseravelmente e a trama foi morna do início ao fim; não teve nada de muito emocionante durante a leitura.

Gostaria de estar fazendo uma resenha mais empolgante sobre "O Verão Que Mudou Minha Vida", mas a leitura do livro não teve nenhum atrativo. Trata-se de um romance legal, bem "água com açúcar", cheio de clichês e nada memorável (a história e os personagens não são marcantes); é o tipo de livro que vai acabar sendo esquecido na minha estante com o passar do tempo.

Vingadores: Ultimato (Crítica Sem Spoiler)

"Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco."

Resenha: Wicked

Título: Wicked
Autor (a): Gregory Maguire
Editora: LeYa
Número de páginas: 496
Classificação: 3/5

Quem me conhece ou me acompanha aqui no blog já deve saber que eu sou fã de musicais. Sempre estou pesquisando sobre novos musicais, sobre suas músicas e sobre a história que serviu de inspiração para a obra. Foi assim que eu fiquei sabendo sobre o livro "Wicked", do Gregory Maguire. Como eu sou apaixonada pelo musical Wicked, pelas músicas e pela história, achei que seria interessante conhecer um pouco mais sobre a vida da Bruxa Má do Oeste.

"Imagine acompanhar a clássica e prestigiada história de O Mágico de Oz, de L. Frank Baum, pela perspectiva de Elfaba, a Bruxa Má do Oeste! Em Wicked, Gregory Maguire nos proporciona essa chance de conhecer o outro lado da moeda, e mergulhamos novamente no fantástico mundo da Terra de Oz. 
Neste livro, descobrimos todos os detalhes da vida da garota de pele verde que cresceu cercada de desafios e preconceitos, até se tornar uma bruxa infame uma esperta, irritadiça e incompreendida criatura que põe à prova todas as noções sobre a natureza do bem e do mal. A improvável amizade da Bruxa Má do Oeste e Glinda, a Bruxa Boa do Norte, donas de personalidades tão opostas que se tornam melhores amigas; a rivalidade das duas ao se interessarem pelo mesmo homem; e a reação ao governo corrupto do Mágico de Oz também estão no foco de Wicked. 
A obra de Gregory Maguire arrebatou milhões de pessoas em todo o mundo e baseou um musical na Broadway, que, desde sua estreia, em 2003, já quebrou diversos recordes e conquistou muitos prêmios, incluindo o Tony Awards, considerado o Oscar do teatro. Em 2016, o musical estreou em São Paulo."

Todo mundo que já viu ou leu O Mágico de Oz, de L. Frank Baums, deve ter se deparado com a figura da Bruxa Má do Oeste, uma mulher maléfica que sempre fez de tudo pra conseguir os sapatinhos de rubi de Dorothy. Mas em algum momento já consideraram o que aconteceu para a Bruxa Má do Oeste ser tão malvada? Ou o motivo dela nutrir uma raiva tão grande por Dorothy? Em "Wicked", vamos ter acesso a todas essas respostas e sobre outros fatos importantes a respeito da vida de Elfaba, a Bruxa Má do Oeste.

O livro é dividido em 5 partes: Munchkins, Gillikins, Cidade das Esmeraldas, Nos Vinkus e O assassinato e a vida após a morte. Em cada uma dessas partes o leitor tem a oportunidade de descobrir um pouco mais a respeito de Elfaba, sobre sua infância, família e relações familiares; da época em que ela frequentou a faculdade e o início de sua amizade com Galinda, popularmente conhecida como Glinda; de suas atividades como ativista a favor dos direitos dos Animais (diferente dos animais, os Animais são conhecidos por terem um comportamento mais "humanizado") até a consagração de sua imagem como a Bruxa Má do Oeste.

"Lembre-se disto: nada está escrito nas estrelas. Nem nestas estrelas nem em outras. Ninguém controla o seu destino."
"Wicked" desconstrói todo o mundo mágico e ilusório criado por L. Frank Baums. Por mais que a história se passe no mesmo universo, no mundo de Oz, o livro de Gregory Maguire apresenta um mundo marcado por um governo corrupto, pelo fanatismo religioso e com membros que atacam algumas minorias (como é o caso dos Animais); a magia acaba fica em segundo plano. Os temas apresentados durante a leitura causam uma profunda reflexão e são extremamente atuais, podendo ser observados na nossa sociedade. Dessa forma, durante a leitura, eu precisava fazer pausas para refletir sobres esses assuntos tão importantes.

Além disso, é interessante ver como a vivência, as experiências e as ações de Elfaba foram moldando a imagem dela. L. Framk Baums apenas apresenta a personagem como uma  mulher maléfica e não aprofunda em sua personalidade, enquanto Maguire construiu todo um contexto para a vida dela. Elfaba é o exemplo de que ninguém é 100% bom ou ruim, ela não é totalmente má ou boa; ela é uma personagem bastante complexa e não pode ser definida apenas como "má" ou "boa", ela é um misto das duas coisas.

"As pessoas nunca descobrem como a bruxa se tornou malvada ou se esta foi a escolha certa pra ela. Será que essa é a escolha certa em algum momento? Será que o diabo já se esforçou pra ser bom de novo ou, se fizer isso, não é um demônio? No mínimo, é uma questão de definições."

Algo que me chamou atenção nas resenhas que eu li sobre "Wicked", foram as comparações do livro com o musical da Broadway. Sei que é um instinto natural do ser humano fazer comparações, ainda mais se tratando de livros e de suas adaptações. Porém, é precioso levar em conta os discursos narrativos que cada plataforma oferece. Os recursos para escrever um livro e para fazer um musical são bem diferentes, de forma que eu não vejo sentindo em ficar fazendo comparações.  Tanto o livro de "Wicked" quanto o musical são maravilhosos e emocionantes; ambos devem ser exaltados.

De uma forma geral, a leitura de "Wicked" me surpreendeu bastante; nunca que eu poderia imaginar que a leitura de um livro de fantasia iria me fazer refletir sobre assuntos tão importantes. Então, recomendo a obra de Gregory para todos que tem vontade de conhecer um pouco mais sobre a vida de Elfaba, a Bruxa Má do Oeste.

Leia Mulheres (YouTube)

Aqui no Escritora Whovian, eu sempre faço questão de comemorar datas importantes, eu sempre faço um post relacionando o assunto do blog (literatura, séries e cinema) com esses dias comemorativos. Eu já escrevi sobre o Dia Internacional da Mulher, Dia das Mães, Natal, Ano Novo, etc. Dessa forma, eu não poderia deixar de fazer uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

E como forma de homenagear essa data muito importante, eu resolvi fazer uma lista de livros escritos por mulheres. Sei que no vídeo eu abordei uma minoria, afinal de contas seria impossível falar sobre todas as autoras que eu conheço. Então, eu reuni leituras recentes e que me inspiraram bastante e que me fizeram refletir.

Além disso, gostaria de deixar o meu obrigada para todas as mulheres ao meu redor que me inspiram diariamente. Muito obrigada para todas as autoras incríveis que existem ao redor do mundo. Muito obrigada: Tori TelferJulia QuinnElizabeth HoytLisa KleypasCaroline KepnesCamila FremderAgatha Christie, J.K. RowlingStephenie MeyerSuzanne Collins, E.L. JamesL.J. Smith, Anne Frank, Lauren KateKristin Cast, P.C. Cast, Cassandra ClareChristina Lauren, Meg CabotLibba BrayNacy Jo SalesJamie McGuire, Keri SmithKaren EssexR.J. PalacioKiera Cass, Veronica RothSthepanie PerkinsKami Garcia, Margaret Stohi, Karyn Bosnak, C.C. HunterBecca FitzpatrickOdette Beane, Carina Rissi, Rachel GibsonJ.A. Redmerski, Maya BanksSarah Blakley-CartwrightAlyson NoëlShannon Hale, Lu PirasRainbow Rowell, Bella AndreLiane MoriartyA.C. Meyer, Cecelia Ahern, Amanda GraceGayle FormanJean Sasson, Nora Roberts, Isabela Freitas, Jennifer E. Smith, Cecily von Ziegesar, Jane Austen, Jout Jout, Jojo MoyesCaitlin DoughtyRosalie HamJ. R. Ward, Jenny LawsonJoyce PascowitchClarice Freire, Laura Lee GuhrkeAna Rapha NunesSara PennypackerSophie KinsellaSerena ValentinoMary E. PearsonClarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones, Leila Rego, Jennifer Brown, Rupi KaurCynthia Hand, Ashley PostonDiana GabaldonJenna Evans WelchCara Delevingne, Rowan ColemanKéfera BuchmannElizabeth RudnickSarah J. MaasCeridwen Dovey, Maria Ribeiro, Margaret AtwoodMarjane SatrapiKaren M. McManusBecky AlbertalliBeth ReeklesTess Gerritsen, Jenny Han, Jessi Kirby, Beth Evans, Emma Chastain, Annie Darling, Noelle Stevenson, Madeleine L’EngleClare Vanderpool.     

Resenha: Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

Título: Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald
Autor(a): J.K Rowling
Editora: Rocco
Número de páginas: 400
Classificação: 3/5

Sou potterhead de carteirinha, dessa forma eu gosto de consumir todos os produtos relacionados a saga de livros da J.K Rowling. São objetos colecionáveis, roupas, livros que expandem o universo de Harry Potter, etc. Acho que nunca irei me cansar dessa história, desses personagens e do mundo complexo (e profundo) criado pela autora. Então, não consegui resistir à leitura do roteiro original do filme "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald".

"No final de Animais Fantásticos e Onde Habitam, o poderoso bruxo das trevas Gerardo Grindelwald foi capturado em Nova York com a ajuda de Newt Scamander. Mas Grindelwald, cumprindo sua ameaça, foge da prisão e passa a reunir seguidores, cuja maioria não suspeita de suas verdadeiras intenções: criar bruxos puro-sangue para governar todos os seres não mágicos.
Tentando frustrar os planos de Grindelwald, Alvo Dumbledore arregimenta Newt, ex-aluno de Hogwarts, que concorda em ajudar mais uma vez, sem saber dos perigos que tem pela frente. Linhas são traçadas e o amor e a lealdade são testados, até entre os amigos e familiares mais fiéis e confiáveis, em um mundo bruxo cada vez mais dividido.
Este segundo roteiro original de J.K. Rowling, ilustrado com a arte impressionante de MinaLima, complementa os acontecimentos anteriores que ajudaram a dar forma ao mundo bruxo, com alguns pontos de ligação surpreendentes com as histórias de Harry Potter que deliciarão os fãs dos livros e dos filmes".

O livro "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" apresenta o roteiro do filme original dirigido por David Yates (diretor responsável por dirigir outros filmes da saga como, por exemplo Harry Potter e a Ordem da Fênix e Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 e 2). E por se tratar de um roteiro de filme, a leitura foi mais rápida e fluída; em menos de um dia eu consegui terminar o livro. Além disso, foi possível ver algumas cenas que foram excluídas depois da edição final (não foi nada que mudaria os acontecimentos do filme).
A obra contém diversas técnicas do audiovisual, principalmente as que envolve a produção de um filme. Como tenho contato com algumas delas através da minha faculdade, não tive muitos problemas em entender as expressões e termos fixos. Mas, para quem não tem muito conhecimento sobre o assunto, a editora Rocco colocou um glossário explicando o significado de cada um desses termos (ele pode ser encontrado no final do livro).

E eu não poderia deixar de falar sobre a beleza do livro e o cuidado que a Rocco teve com a diagramação/design do livro. É simplesmente belo! A capa tem desenhos de alto revelo, com detalhes dourados, e dentro do livro, as páginas têm ilustrações que fazem referência com alguma parte da história. Por se tratar de um enredo conhecido, o livro não tem muitas novidades (para quem assistiu Animais Fantásticos: Os Crimes de Gindelwald, o livro não apresenta nenhuma surpresa ou diferença gritante em relação ao filme). Mas, para quem é fã da saga, do mundo bruxo criado por J.K Rowling, a leitura desse livro é imperdível!

Resenha: Lady Killers: Assassinas em Série

Título: Lady Killers: Assassinas em Série
Autor(a): Tori Telfer
Editora: DarkSide
Número de páginas: 384
Classificação: 5/5

Para quem não me acompanha no blog, ou não me conhece, eu tenho uma grande fascinação em conhecer e estudar sobre crimes famosos que marcaram a história. Um exemplo disso, é que eu vivo assistindo os programas exibidos pelo Investigação Discovery. Sei que isso pode parecer um pouco mórbido, mas sinto uma grande fascinação ao entrar dentro da mente dos assassinos em séries e outros criminosos; gosto de aprender sobre o modus operandi de cara um e suas motivações. Então, quando eu ouvi falar sobre "Lady Killers: Assassinas em Série", novo lançamento da DarkSide, eu senti que precisava ler esse livro. "Lady Killers: Assassinas em Série" se tornou uma leitura obrigatória para mim.

"As mulheres mais letais da história em uma edição igualmente matadora. 
Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam — então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as ideias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas? 
Prepare-se para realizar mais uma investigação criminal ao lado da DarkSide® Books e sua divisão Crime Scene®. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais — perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz. 
Inspirado na coluna homônima da escritora Tori Telfer no site Jezebel.com, Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê de histórias sobre assassinas em série e seus crimes ao longo dos últimos séculos, e o material perfeito para você mergulhar fundo em suas mentes. Com um texto informativo e espirituoso, a autora recapitula a vida de catorze mulheres com apetite para destruição, suas atrocidades e o legado de dor deixado por cada uma delas. 
As histórias são narradas através de um necessário viés feminista. Telfer dispensa explicações preguiçosas e sexistas e disseca a complexidade da violência feminina e suas camadas. A autora também contesta os arquétipos — vovó gentil, mãe carinhosa, dama sensual, feiticeira traiçoeira, entre outros — e busca entender por que as mulheres foram reduzidas a definições tão superficiais".

Em seu livro, Tori Telfer começa discutindo sobre o termo "assassino em série". Sempre que escutamos essa palavra, pensamos, automaticamente, em um homem. Essa expressão evoca em nossa mente a figura de uma pessoa terrível, na maioria das vezes, um homem sociopata, que tem um distúrbio de caráter. É muito raro associar o termo "assassino em série" às mulheres, é como se elas fossem incapazes de matar, de cometer um crime. Porém, as mulheres são tão capazes de matar quanto os homens e,"Lady Killers: Assassinas em Séries" vai trazer à tona esta discussão. 

Parece impossível pensar que as mulheres são capazes de planejar e executar crimes à sangue frio, e não sentir nenhum tipo de culpa ou remorso por seus atos.  Esse tipo de coisa parece algo saído de um livro ou filme de ficção. Contudo, para acabar com esse esteriótipo criado, de que apenas os homens são capaz de cometer tamanha crueldade, a autora conta sobre a vida de 14 assassinas em séries notáveis que viveram entre os anos 1200 e 2000, afinal de contas a perves idade existe desde os primórdios dos tempo e não distingue gênero.
"Veneno: para sempre, a arma das mulheres. Infiltra-se facilmente no lar. É sutil, silencioso, limpo. Veneno não deixa sangue assoalho nem buracos nas paredes. Despejar um pouco de líquido incolor na sopa ou no vinho é a coisa mais simples do mundo. E quem, historicamente, fica em casa, cozinha a sopa e serve o vinho? Mulheres, é claro."

Erzsébet Báthorny, a Condessa Sanguinária; Nannie Doss, a vovó sorriso; Lizzie Halliday, a pior mulher da terra;  Elizabeth Ridgeway, diabo na forma de uma santa; Raya e Sakina, víboras; Mary Ann Cotton, a mulher maldita; Darya Saltykova, a atormentadora; Anna Marie Hahn, iceberg Anna; Oum-El-Hassen, o rouxinol;  Tillie Klimek, a suma sacerdotista;  Alice Kyteler, a feiticeira de Kilkenny;  Kate Bender, a bela degoladora; Susana Fazekas, as criadoras de anjos de Nagyrév; e Marie Madeleine Marguerite D'Aubray, a rainha dos envenenadores. Essas são as respectivas assassinas (e seus apelidos, como elas são conhecidas popularmente), que Telfer discute em seu livro.

A autora abordou sobre a vida de cada uma dessas mulheres, passando pela infância de cada uma (o contexto social em que viveram é importante, apesar de que não justifica nenhum desses crimes), juventude, seus crimes, o método que usavam para matar e seu julgamento. Além disso, a autora promove uma discussão a cerca da visão que as pessoas têm em relação as assassinas em série. Algumas dessas mulheres foram acusadas de bruxaria, de forma que suas vidas sexuais foram questionadas por muitas pessoas. E, atualmente, muitas dessas assassinas tem uma imagem sexualizada ou são consideradas fofinhas demais para serem assassinas.  

"Uma das primeiras assassinas em série da história foi o tipo d garota que realmente colocou os s duplo em assassina — uma mulher marcada, sexualizada,  e vampirizada desde os registros de seu julgamento em 1720".
"Lady Killers: Assassinas em Série" mostra que todas essas mulheres levavam uma vida comum, eram pessoas comuns: mães, esposas, avós, etc. Porém, nada disso as as impedia de torturar empregados, envenenar a comida do marido, de seus filhos ou de alguém que ameaçasse atrapalhar seus planos. O livro mostra que a maldade, a capacidade de cometer atrocidades, está presente no ser humano independente do gênero, da beleza, ou do status social. 

E assim como todos os livros da DarkSide, "Lady Killers: Assassinas em Série" é maravilhoso em todos os sentidos, tanto em seu conteúdo (a pesquisa realizada por Tori Telfer é impressionante, assim como os detalhes acrescentados, que complementam a leitura) quanto em seu visual, uma vez que o livro é maravilhoso e repleto de ilustrações. E se você gosta de thrillers, de casos de investigação, "Lady Killers: Assassinas em Série" é uma leitura obrigatória que todo mundo deveria conhecer. A autora aproveita para quebrar esteriótipos em relação as assassinas e algumas histórias são macabras.