Resenha: O Navio Das Noivas

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Título: O Navio Das Noivas
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 384
Classificação: 3/5

Mais uma obra da Jojo Moyes entrou para a minha coleção — ainda faltam muitos livros para que eu tenha todos que ela já escreveu, mas aos pouquinhos a gente consegue fazer isso —, e como de costume dele não me decepcionou, na verdade, até arrancou algumas lágrimas de mim — nada fora do normal, afinal de contas estamos falando da Jojo, Nesse livro, ela conseguiu construir três personagens com personalidades diferentes e completamente marcantes. E o que mais me chamou atenção durante a leitura, é que a história foi inspirada na avó de Moyes. Betty McKee (22), decidiu deixar a Austrália para reencontrar o namorado Eric, um oficial da Marinha escocesa com quem tinha convivido por apenas duas semanas. Betty viajou por quase dois meses com mais de 600 mulheres que dividiam com ela o mesmo sonho: retomar a vida e encontrar os soldados por quem eram apaixonadas antes do fim do conflito.
"Austrália, 1946. É terminada a Segunda Guerra Mundial, chega o momento de retomar a vida e apostar novamente no amor. Mais de seiscentas mulheres embarcam em um navio com destino a Inglaterra para encontrar os soldados ingleses com quem se casaram durante o conflito.
Em Sydney, Austrália, quatro mulheres com personalidades fortes embarcam em uma extraordinária viagem a bordo do HMS Victoria, um porta-aviões que as levará, junto de outras noivas, armas, aeronaves e mil oficiais da Marinha, até a distante Inglaterra. As regras no navio são rígidas, mas o destino que reuniu todos ali, homens e mulheres atravessando mares, será implacável ao entrelaçar e modificar para sempre suas vidas. Enquanto desbravam oceanos, os antigos amores e as promessas do passado parecem memórias distantes. Ao longo da viagem de seis semanas — apesar de permeada por medos, incertezas e esperanças — amizades são formadas, mistérios são revelados, destinos são selados e o felizes para sempre de outrora não é mais a garantia do futuro que foi planejado.
Com personagens únicas e uma narrativa tocante, Jojo Moyes conta uma história inesquecível que captura perfeitamente o espírito romântico e de aventura desse período da História, destacando a bravura de inúmeras mulheres que arriscaram tudo em busca de um sonho."
2002 — Índia

Uma mulher idosa acompanha sua neta por uma breve passada na Índia, e mesmo sendo uma passagem tão breve também foi acarretada por alguns problemas, devido à petulância da jovem moça ao entrar em um estaleiro para desmonte de navios — definitivamente elas não deveriam estar naquele lugar. E a visão de um navio especifico causa uma grande comoção na idosa, o que desencadeia uma série de memórias.

1946 — Sydney

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Marinha Real finalizou o repatriamento das esposas de guerra, as mulheres que haviam se casado com oficiais britânicos que estavam em serviço no exterior. Outras australianas já haviam sido mandadas para a Inglaterra, com o objetivo de reencontrarem seus maridos e agora estavam na última leva de esposas, o que tornou acirrado a disputa de vagas no navio.

Para conseguir transportar um grande número de mulheres, os navios de transporte de tropa sofreram algumas alterações e foram transformados em cruzeiros de luxo para atender às necessidades femininas das moças. Porém, 655 australianas tiveram de fazer a viagem a bordo de um porta aviões: o HMS Victoria — e diferente de outros navios aquele não tinha muito luxo, afinal de contas estavam viajando junto de mais de mil e cem homens, além de dezenove aviões. Para comportar toda essa tripulação os antigos elevadores foram transformados em dormitórios, alguns beliches foram instalados e um salão de beleza construído. E para o entretenimento de todas as mulheres a bordo foram oferecidos cursos de pintura, corte e custura e alguns filmes eram transmitidos em um cinema improvisado, tudo isso para que elas não atrapalhassem o trabalho dos marinheiros, e para que tivessem algo para fazer durante a viagem de aproximadamente seis semanas.
"Você seria capaz de enfrentar seis semanas dentro de um navio, dividindo quarto com mais três garotas, vivendo longe de todos os fuzileiros à bordo e cheia de regras, para reencontrar o amor da sua vida? Mais de seiscentas noivas passaram por diversas situações até reencontrarem seus maridos."
De longe aquela era a situação ideal com que todas estavam sonhando, mas muitas estavam dispostas a fazer sacrifícios para conseguirem reencontrar seus maridos. E em uma cabine com quatro mulheres distintas, conhecemos as protagonistas da história: Margaret, Avice, Jean e Francesca.

Margaret — também conhecida como Maggie —, é uma jovem moça que está em um estado avançado de sua gravidez. Ela vivia em uma fazenda junto de seu pai e irmãos, teve muito receio de deixar todos sozinhos para se encontrar com Joe. E para tentar amenizar a dor da partida, Maggie leva sua cachorrinha de modo clandestino, mesmo sabendo que se tratava de uma grande infração que estava cometendo a vontade de ter o animal junto de si era maior.

Avice era uma moça nobre, sua família era da alta sociedade e quando soube que teria de viajar em um porta aviões achou aquilo um absurdo, já que estava esperando viajar em um navio de alto luxo.

Já Jean, aos 16 anos, era a mais jovem da cabine. Aquela viagem estava sendo a realização de seus sonhos, para começar estava indo se reencontrar com seu amado marido, sem contar que estava se livrando das garras da mãe — as duas não tinham um bom relacionamento. Ela se sente confortável mesmo estando na presença de muitos homens, até mesmo acaba sendo ousada ao flertar com alguns. Mesmo tendo pouca idade, ela é uma bela jovem e sabe como seduzir.

De todas as quatro mulheres, Francesca — também conhecida como Frances — é a mais reservada de todas. Ela carrega junto de si um grande segredo sobre o seu passado. Ela é uma enfermeira que está em busca de um novo emprego na Inglaterra, e também a chance de um novo começo de vida.
"Aquele simples pedaço de papel e as palavras impiedosas ali escritas haviam transportado as mulheres de volta, e de maneira cruel, à realidade da situação. Isso lembrou a todas que não cabia necessariamente a elas determinar o futuro, que outros fatores invisíveis ditavam, já naquele momento, os meses e anos que estavam por vir. Também não as deixava esquecer que muitos casamentos haviam sido precipitados e que, não importava o que elas sentiam ou os sacrifícios que fizeram, só lhes restava esperar, como patas-chocas, que os maridos se arrependessem quando quisessem."
As quatro precisam deixar suas diferenças de lado, e a parti das semanas que vão se passando elas vão se tornando cada vez mais próximas umas das outras, se ajudando nos problemas e reconfortando nos momentos de dificuldade.

A narrativa do livro é em terceira pessoa, isso permite que o leitor conheça o ponto de vista das protagonistas, além da visão do capitão, de alguns tripulantes do navio e os parentes das moças. A leitura é fácil, mas durante as primeiras páginas achei que a história estava demorando a fluir, mas isso ficou melhor depois que elas embarcaram. A impressão que eu tive, é que durante a viagem a leitura ficou mais dinâmica, a partir desse momento eu comecei a ler com uma grande rapidez e interesse de saber o que iria acontecer com aquelas esposas, pois em seis semanas tudo pode acontecer.

Durante a leitura admirei bastante a capacidade da Jojo de criar quatro personagens bem diferentes, e em nenhum momento fugir da personalidade delas. Todas tinham uma personalidade bem definida e um background muito bem trabalhado. No final do livro já tinha me apegado a algumas personagens, e com antipatia de outras.

Esse é um bom livro, como sempre a Jojo Moyes fez um bom trabalho. Mas, se comparado a outras obras dela que eu já li, "O Navio das Noivas" foi o que menos me agradou até o momento. Acredito que tenha sido pelo começo do livro, que achei muito enrolado e com pouca ação.

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1 comentários

  1. Aiaiai, quero muito esse livro, está na minha lista há um tempão. rs
    Estou lendo Nada mais a perder da Jojo, e confesso que não gosto quando ela coloca
    muitas histórias num único livro.
    Depois da sua resenha, estou com um pé atrás! rsrs
    Beijos!

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