Resenha: Perdão, Leonard Peacock

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Título: Perdão, Leonard Peacock
Autor(a): Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 224
Classificação: 5/5

Depois de ler "O Lado Bom da Vida", Matthew Quick acabou entrando para a minha lista de autores preferidos e desde então venho procurando por outras obras dele. Fazia algum tempo que eu vinha querendo ler "Perdão, Leonard Peacock", e fui surpreendida com o ato da amiga da minha irmã me presentear com o livro sem nenhum motivo especifico. E da mesma maneira que eu amei "O Lado Bom da Vida", o mesmo aconteceu com "Perdão, Leonard Peacock", além de ficar cada vez mais apaixonada pelo modo de escrever do Matthew.
"Perdão, Leonard Peacock - Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto."
Em tese, o aniversário de alguém costuma a ser um dia bastante alegre e especial, principalmente quando se é o aniversariante. Contudo, as coisas não funcionam exatamente dessa maneira para Leonard Peacock, um adolescente deprimido, estranho e reservado que, ao invés de estar comemorando seu aniversário fazendo alguma festa ou um almoço para os amigos mais próximos, tem uma forma bem peculiar de passar esse dia. Ele está decidido em se matar usando a P-38 que um dia pertenceu ao seu avô, e junto ele irá levar o seu ex-melhor amigo, Asher Beal.

Contudo, antes de colocar seu plano em ação e cometer o homicídio-suicídio, Leonard decide presentear algumas pessoas.
"Minha teoria é a da que perdemos a capacidade de ser feliz à medida que envelhecemos."
Antes de sair de casa ele decide cortar o seu cabelo, deixando os fios em uma sacola de plástico dentro da geladeira na esperança de que sua mãe (que está longe de ser alguém presente na vida de Leonard, na maioria da das vezes ela deixa o filho sozinho durante boa parte da semana. Ela é uma pessoa alheia aos acontecimentos da vida de Leonard), Linda encontre, uma vez que ela dizia odiar o corte de cabelo que ele usava. Logo depois, Leonard vai para a casa do ser vizinho, Walt: um velho senhor e grande fã dos filmes do Humphrey Bogart, e juntos ambos ficam durante algum tempo e sempre fazendo referência as falas dos filmes do Bogart. Já na escola, Leonard visita Baback, um garoto iraniano que todos os dias toca seu violino durante o horário do almoço; e também aproveita para fazer uma visita ao seu professor preferido Herr Silverman, que da aula de alemão e que atualmente está ensinando para os alunos sobre o holocausto.  E por último, ele vai ao metrô na esperança de se encontrar com Lauren, uma jovem linda e cristã por quem Leonard demonstra certo interesse.
“Eu me sinto como se estivesse quebrado. Como se eu nunca mais pudesse me ajustar. Como se não houvesse mais lugar pra mim no mundo ou algo assim. Como se eu tivesse ultrapassado meu tempo de estadia aqui na Terra, e todo mundo estivesse constantemente tentando me dar dicas sobre isso. Como se eu devesse apenas ir embora.”
Enquanto para algumas pessoas o livro aparenta ter uma história bem incomum, e depressiva em certos pontos, pessoalmente, eu achei brilhante. Talvez seja pelo gosto por livro que abordam assuntos reflexivos como a questão da vida ou da morte. E eu achei interessante o fato do autor ter abordado temas que normalmente não se encontra em muitos livros, como a questão da violência, insanidade mental, homossexualidade.

Outra coisa que eu adorei em "Perdão, Leonard Peacock", foram as notas de roda pé bastante divertidas, e que às vezes eram enormes, um fator que não pode agradar a todos os leitores. Mas, no geral, é um ótimo livro que narra uma história interessante e profunda.

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6 comentários

  1. Oi!
    Esse livro sempre me chama atenção. Ainda não li nada do autor, mas assisti "O Lado Bom da Vida" e adorei! Achei a premissa da história de Leonard super interessante, e confesso que agora quero saber o motivo que levaria um adolescente a se suicidar. Adoro livros que tratam de traumas e tem esse lado jovem adulto maduro. Ótima resenha, me deixou instigada, e adorei as fotos :)
    Paradise Books

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    1. Como eu disse na resenha, a história do livro está longe de ser um clichê, afinal de conta não é sempre que se lê um livro que fala de um garoto que pretende cometer um homicídio-suicídio. E a medida que você vai lendo você entra cada vez mais na cabeça do Leonard, o que é bastante interessante.

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  2. Eu não sou bem uma fã do Matthew, já li O Lado Bom da Vida, mas achei o filme infinitamente melhor. Porém, sua resenha me instigou a dar mais chance ao autor! ;)

    valentina-albuquerque.blogspot.com.br

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    1. Quando eu não gosto inicialmente de um livro eu sempre procuro dar uma chance a ele, e às vezes eu acabo gostando de algo que no passado não me agradava muito, por isso eu incentivo que você dê mais uma chance ao autor.

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  3. As fotos ficaram lindas
    gosto muito de ler mas
    demoro muito :p rsrs

    http://cooisadegaroota.blogspot.com.br/

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