Resenha: Batman — A Piada Mortal

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Título: Batman — A Piada Mortal
Autor(a): Alan Moore, Brian Bolland
Editora: Panini
Número de páginas: 82
Classificação: 5/5

A resenha de hoje é diferente de tudo o que eu já fiz. Estou a costumada a resenhar livros e escrever críticas de filmes e séries, mas hoje irei resenhar uma HQ: A Piada Mortal, do Batman. Espero que vocês gostem dessa novidade que estou trazendo para o blog, uma vez que aqui é o espaço que eu uso para abordar alguns dos assuntos que eu gosto, incluindo as histórias em quadrinhos.
"Um dia ruim.
É apenas isso que separa um homem são da loucura. Pelo menos segundo o Coringa, um dos maiores e mais conhecidos - se não o maior e mais conhecido - vilão do mundo dos quadrinhos. E ele quer provar o seu ponto de vista enlouquecendo ninguém menos que o principal aliado de seu maior inimigo: o Comissário Gordon. Cabe ao Cavaleiro das Trevas impedir.
O genial roteirista Alan Moore (Watchmen, V de Vingança) e o artista Brian Bolland (Camelot 3000) mergulharam na mente do Palhaço Psicótico e presentearam os fãs da nona arte com uma das melhores histórias já escritas sobre a origem do Coringa, analisando de forma definitiva sua relação com o Cavaleiro das Trevas e Gotham.
Brian Bolland é o astro da edição. Além de escrever o posfácio e nos presentear com uma aventura de oito páginas e esboços, o artista britânico fez questão de recolorir toda a história - que antes tinha cores de John Higgins - trazendo uma nova dimensão à obra e recriando completamente a atmosfera da HQ. Esta edição de luxo traz a íntegra de Batman: A Piada Mortal e ainda republica, como extra, a primeira história do Coringa."
A história começa com Batman descobrindo a fuga do Coringa do Asilo Arkham, o que lhe deixa extremamente curioso em um primeiro momento, e também levemente curioso, se questionando qual é o novo plano que o vilão está tramando. Qual será a próxima jogada que o Coringa tem na manga? Sendo assim, Batman não perde tempo e começa a caça pelo seu arqui-inimigo pela cidade, afinal de contas o tempo é crucial, cada segundo perdido é vantagem para o Coringa colocar o seu plano em ação.

Tudo indica que o vilão está usando um parque de diversões abandonados para construir uma espécie de "quartel-general", mas todo o seu plano é muito mais macabro. Após se instalar no velho parque, o Coringa faz uma visita nada amigável a cada do Comissário Jim Gordon, e aproveita para torturar a sua filha Barbara (ex-Batgirl) da forma mais cruel e sádica o possível, registrando todos os momentos com uma câmera e se divertindo com todo o processo.
“Assim, quando você estiver dentro de um desagradável trem de recordações, seguindo para lugares do seu passado onde o riso é insuportável… Lembre-se da loucura. Loucura é a saída de emergência.”
O seu objetivo com todo esse plano é mostrar como ele acabou enlouquecendo, sem contar que também pretende levar Gordon à loucura. E para isso acontecer, o Coringa transforma o parque abandonado em uma verdadeira casa dos horrores, criando cenários perturbadores — o que inclui algumas fotos de Barbara durante a tortura. Tudo extremamente bem pensando, a forma do Coringa provar o seu pronto de vista: para perder a razão, se entregar à loucura não é preciso de muita coisa, um dia ruim já é o suficiente, da mesma maneira que aconteceu com ele.

Achei toda a história muito bem planejada, as cenas de flashbacks do Coringa foram muito boas, além de ajudar a entender um pouco mais sobre esse personagem. As cenas de seu passado iam e voltavam, ajudando a construir o enredo de "A Piada Mortal". Não foi à toa que essa história recebeu os prêmios de Melhor Roteirista, Desenhista e Colorista. Sem contar que 29 anos após a sua primeira publicação, ainda continua sendo uma história que gera algumas polêmicas, teorias e discussões.

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