Resenha: A Espada do Verão

09:13

Título: A Espada do Verão
Autor(a): Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 448
Classificação: 4/5

Conheci o trabalho do Rick Riordan há alguns anos atrás com a publicação de "O Ladão de Raios", e na época essa série de livros acabou me cativando por juntar duas coisas que eu adoro: História e mitologia grega, e o fato da história fluir tão facilmente e se tornar tão envolvente foi algo que me fez tornar fã do autor. E como tive uma boa recepção ao ler as séries do Percy Jackson e do Heróis do Olímpio, resolvi dar uma nova chance para o Riordan, só que dessa vez com algo totalmente novo: a mitologia nórdica! E como sou uma grande fã da mitologia nórdica, eu não poderia deixar passar em branco essa oportunidade de ler mais uma aventura do Rick e entrar em um novo mundo!
"Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph - um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica."
Há dois anos atrás uma misteriosa explosão ocorreu no apartamento em que Magnus Chase vivia junto de sua mãe, e nesse acidente ele acabou perdendo a mãe e desde então passou a viver sozinho — exceto pela companhia de Hearth e Blitz, outros dois moradores de rua com quem ele passou a desenvolver uma espécie de amizade. Um dos dois sempre faz questão de acompanhar o garoto — nas ruas de Boston, tendo de lidar com as adversidades da vida como, por exemplo, fugir da polícia e dos assistentes sociais, pegando comida no lixo. De longe era uma vida fácil a que ele levava, mas sempre conseguia arrumar um modo de escapar de alguma confusão, e tudo isso sem precisar recorrer a ajuda de seu tio abastado, uma vez que no último Natal em família a mãe de Magnus havia sido bastante objetiva ao dizer que ele deveria manter distância do tio, e assim ele havia fazendo isso com uma enorme maestria.

O livro começa no dia do aniversário de Magnus, e no início aparenta ser um dia comum como qualquer outro: mais uma manhã fria de janeiro. Porém, algumas coisas incomuns começam a acontecer e que vão ser cruciais para definir o destino do jovem rapaz. Para começar ele acabou reencontrando o tio — algo que não queria — que ele vivia evitando. Em segundo lugar, depois de passar uma vida inteira sem saber praticamente nada sobre o seu pai Magnus descobriu que, na verdade, ele era um deus nórdico, e como se isso já não fosse o suficiente o garoto ganha a missão de encontrar um artefato mágico que pertencia ao seu pai, e que tudo isso faz parte de uma profecia. E para completar, antes mesmo do final do dia Magnus morreu.

Ou pelo menos é isso que ele acha.  
"Disseram que todo mundo sonha, que eu só não lembrava dos meus. Mas afirmo: dormir para mim sempre foi como estar morto. Até eu estar mesmo morto. Aí, sonhei como uma pessoa normal."
Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida... Isso é uma frase que Magnus acaba levando muito a sério. Ao despertar ele não está no paraíso ou no inferno, e sim em Valhala: um hotel para os bravos que morreram de forma heroica e que foram escolhidos pelas valquírias para servir no exército de Odin para lutar ao seu lado no Ragnarök, o Juízo Final da mitologia nórdica. Sendo assim, até esse momento chegar a vida de Magnus vai ser  basicamente "morrer" diariamente nos campos de treinamento, comer a carne de um animal que ressurge todos dias para os jantares e desfrutar do seu quarto extremamente confortável. Até que é uma maneira bastante confortável de se viver enquanto se espera pelo dia do Juízo final.
"Do outro lado, duas poltronas reclináveis em frente à lareira acessa e uma parede de livros. Sim, eu gosto de ler. Sou estranho. Mesmo depois de largar a escola, passei bastante tempo na Biblioteca Pública de Boston, aprendendo coisas aleatórias só para passar o tempo em um lugar quente e seguro. Durante dois anos, senti falta da minha coleção de livros. Nunca achei que teria outra."
Mas Magnus sendo Magnus isso significa que ele tem certo talento para atrair confusão, e até mesmo em Valhala isso persiste. Dúvidas começam a surgir se sua morte realmente foi heroica e se ele realmente merecia estar ali, mas isso nem é o maior de seus problemas. No dia em que morreu, ele havia resgatado um importante artefato que pertencia ao seu pai: a Espada do Verão, que por sinal é o elemento principal para colocar em prática o plano de um gigante extremamente poderoso que deseja acabar com os nove mundos. Torna-se a missão de Magnus recuperar a Espada do Verão, e para isso ele vai contar com a ajuda de seus fieis escudeiros: Hearth e Blitz, e também de Samirah al-Abbas — ou simplesmente Sam —, uma filha de Loki e a Valquíria que o acidentalmente o escolheu para servir ao exército de Odin.
                                         "Escolhido por engano, não era a sua hora,
                            Um herói que, em Valhala, não pode permanecer agora.
                                             Em nove dias o sol irá para o leste,
                                        Antes que a Espada do Verão a fera liberte."
Como de costume, os livros do Rick Riordan sempre têm um semideus que tem como objetivo salvar o mundo através de missões, o que é um ponto bastante previsível. Porém, mesmo com esse fator que é extremamente conhecido dos livros dele a sensação de lê-lo foi bem renovadora do que ler a série de Percy Jackson e Os Heróis dos Olímpio, não senti como se fosse algo repetitivo, pois foi bastante interessante ler e adquirir mais conhecimentos sobre a mitologia nórdica. E outro fator que me agradou bastante no livro foi a personalidade do personagem Magnus Chase, ele me pareceu bastante divertido e acredito que  vai crescer ainda mais nos próximos volumes da série.

Para as pessoas que gostam de livros de ação e aventura que tem uma pegada mitológica "A Espada do Verão", do Rick Riordan, é um livro digno de se ter na estante! E se você já leu o livro ou ficou com vontade de ler, não deixe de expressar a sua opinião nos comentários aqui no blog.

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2 comentários

  1. Esse livro foi feito para mim, certeza, amo a mitologia nórdica também. Preciso!
    Mas confesso que tenho preguiça de começar um livro sabendo que virão outros e mais outros por aí.
    O ladrão de raios só li o primeiro mesmo. hahaha

    Adorei a resenha!!

    Beijos, Thay Rocha
    www.leitoranamoda.wordpress.com

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    Respostas
    1. Leia esse livro, sério! As informações que o livro fornece sobre a mitologia nórdica são muito boas, fiquei encantada ao descobrir outras coisas que nem sabia que existiam.
      Também tenho esse problema com livros que fazem parte de uma série, às vezes um livro não é tão bom como os restantes e você fica com preguiça de continuar a ler os próximos que vão ser lançados, mas mesmo assim gosto de me arriscar lendo as séries e trilogias.
      Bjs e volte sempre aqui no blog!

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