Resenha: Isla e o Final Feliz

Título: Isla e o Final Feliz
Autor(a): Stephanie Perkins
Editora: Intrínseca 
Número de páginas: 304
Classificação: 4/5
ComprarAmazon 

Os livros da Stephanie Perkins fizeram parte da minha adolescência, tanto é que uma das primeiras resenhas aqui no blog foi sobre uma de suas obras. Depois de tantos anos sem ler nada dela, exceto por alguns contos, senti uma vontade nostálgica de terminar algo que eu tinha começado: a trilogia Anna, Lola e Isla. Então, depois de vários anos eu decidi comprar o exemplar de "Isla e o Final Feliz" o último livro que faltava para eu terminar essa trilogia. 

"Tímida e romântica, Isla tem uma queda pelo introspectivo Josh desde o primeiro ano na SOAP, uma escola americana em Paris. Mas sua timidez nunca permitiu que ela trocasse mais do que uma ou duas palavras com ele, quando muito. 
Depois de um encontro inesperado em Nova York durante as férias envolvendo sisos retirados e uma quantidade considerável de analgésicos, os dois se aproximam, e o sonho de Isla finalmente se torna realidade. Prestes a se formarem no ensino médio, agora eles terão que enfrentar muitos desafios se quiserem continuar juntos, incluindo dramas familiares, dúvidas quanto ao futuro e a possibilidade cada vez maior de seguirem caminhos diferentes. Com participações de Anna, Étienne, Lola e Cricket, personagens mais do que queridos pelo público apresentados em livros anteriores da autora, Isla e o final feliz é uma história de amor delicada, apaixonante e sedutora, um desfecho que vai fazer os fãs de Stephanie Perkins suspirarem ainda mais."

Quem nunca sonhou em ter a oportunidade de puxar conversa com o crush ao invés de só ficar observando? Esse é o caso da jovem Isla (lê-se Aila), uma garota que está no último ano do colegial e que sempre foi apaixonada por Josh, porém o garoto nunca pareceu notá-la pelos corredores da escola onde estudam, na escola americana em Paris. Durante as férias de verão algo inesperado acontece, Isla se encontra com Josh em uma cafeteria em Nova York e aquele parece o momento ideal para se aproximar dele, para finalmente conversarem.

Essa até que poderia ser uma ótima ideia se ela não estivesse dopada de analgésicos. O primeiro contato de Isla com o garoto de seus sonhos não sai da maneira que ela imaginava, mas, pelo menos ele havia a notado. A jovem passou o restante das férias pensando naquele encontro e o que ele significava, se isso poderia significar algo em seu destino ou se foi algo simplesmente aleatório e que não teve nenhum significado para Josh.

"Sempre peguei muito pesado comigo mesma. Mas não é melhor ser realista em relação a essas coisas antes que outra pessoa use isso contra você? Antes que alguém machuque você? Não é melhor que você mesmo faça isso? Sempre pensei que ser realista faz as pessoas serem mais fortes".
É durante a volta as aulas, na escola americana em Paris, que os dois tem a oportunidade de conversar sobre aquele encontro um pouco embaraçoso que tiveram em Nova York. Vai se tornando evidente que Josh também nutre alguns sentimentos por Isla, de maneira que não demora para eles engatarem em uma relação. Porém, nem tudo é um mar de flores: as regras da escola estão cada vez mais rígidas, então conseguir um tempo a sós e com um pouco de privacidade parece ser praticamente impossível para o mais novo casal; o histórico de Josh conta com algumas detenções, de forma que ele precisa andar na linha caso não queira ser expulso do colégio e, além disso, Isla tem de lidar com os problemas que envolvem Kurt, que é seu melhor amigo e quase-irmão.

Estar em um relacionamento nunca é fácil, é preciso de muito amor e paciência para lidar com os obstáculos que vão surgindo ao longo do caminho. Essa é uma lição que Isla e Josh vão aprender durante o tempo em que passam juntos, mas será que somente isso é necessário para mantê-los juntos ou eles vão decidir facilmente dessa relação?

"Josh me disse que eu nunca vou sabe quem eu sou se não me arriscar. Pedir desculpas seria um risco, rastejar seria um risco, implorar pelo perdão dele, de joelhos, seria um risco. O que foi que eu fiz? Eu o amo. É claro que o risco vale a pena."

Se você veio a procura de um livro revolucionário e que pode revolucionar o mundo, sinto te decepcionar, mas esse não é o livro. "Isla e o Final Feliz" é um desses típicos livros chick-it clichês e que tem um final previsível. Isso não parece muito animador, certo? Porém, ele é o livro perfeito caso você esteja à procura de um romance que te faça sorrir ao terminar de ler, que aqueça um pouco o seu coração. Nem sempre ser um clichê é ruim, e esse é o caso de "Isla e o Final Feliz".

Existe algo na escrita da Stephanie Perkins que me conquistou durante a leitura, como eu estava morrendo de saudades de seus trabalhos. Foi uma verdadeira nostalgia estar em contato com algo que fez parte da minha adolescência. E não se engane pensando que a narrativa só gira em torno do casal Isla e Josh, não aprofundando nos outros personagens. Durante a leitura tive a oportunidade de conhecer mais sobre a família de Isla, principalmente sobre sua irmã mais nova: Hattie. A autora também aprofunda bastante na vida de Kurt, um personagem bem diferente e que conquista o público com o seu jeito único.

E uma coisa que eu amei foi a aparição de personagens antigos: Anna e Étienne (Anna e o Beijo Francês) e Lola e Cricket (Lola e o Garoto da Casa ao Lado), isso foi como uma verdadeira viagem no tempo. Foi com grande maestria que a Stephanie conseguiu encerrar essa trilogia, eu não teria sido capaz de pensar em algo melhor!

Resenha: Querido Dane-se

Título: Querido Dane-se
Autor(a): Kéfera Buchmann
Editora: Paralela
Número de páginas: 224
Classificação: 3/5
Comprar: Amazon 

Admito que quando se trata de livro escrito por youtubers eu fico com certo pé atrás, apesar de ter noção que esses livros estão incentivando mais jovens a lerem, abrindo o mundo da literatura para eles. Então, para tentar acabar um pouco com esse meu preconceito, eu resolvi dar uma chance para o livro "Querido Dane-se", a primeira ficção da youtuber e atriz Kéfera.

"Sara tem muitos sonhos, mas também vários problemas para enfrentar. Para começar, seu namorado acabou de uma hora para outra com ela e por WhatsApp. Pouco depois, ela descobriu que o desgraçado está namorando uma socialite linda e admirada. Parou por aqui? Não: Sara, que é estilista de formação, mas trabalha como costureira, atualmente está de plantão na casa dessa socialite, arrumando as roupas dela.
Enquanto lida com o ressurgimento do ex e tenta voltar a achar graça na solteirice, Sara sofre com seu maior medo: fazer trinta anos sem achar a sua cara-metade. Entre lágrimas e muita risada, no entanto, Sara começa a repensar sua vida. E a perceber que está diante de uma pessoa cujos anseios e gostos conhece pouco: ela mesma. 

Querido dane-se é a primeira ficção de Kéfera Buchmann, que, sem abandonar o bom humor de sempre, fala sobre autoestima, empoderamento e a importância de compreender os próprios desejos para se tornar alguém feliz."

O livro é escrito em forma de diário em que Jussara, ou melhor, Sara (como ela prefere ser chamada) começa a escrever sobre o seu dia a dia como uma forma de terapia. Inicialmente ela não foi uma grande fã de escrever um diário, mas acabou fazendo devido a ordem que sua terapeuta tinha lhe passado, de que aquela seria uma boa forma de conseguir superar o termino de seu namoro e outros problemas de sua vida pessoal.

Sara é uma costureira que sonha em ter a sua própria marca, de poder produzir suas próprias roupas. Porém, ela tem de se contentar em trabalhar no ateliê de uma famosa estilista. Até que no emprego ruim, ainda mais que ela foi sendo promovida ao longo de alguns anos (da garota que servia café ela se tornou costureira), além disso ela tem a chance de trabalhar lado a lado de sua melhor amiga: Denise

"Cacete, daqui  pouco vou estar com trita anos. Se eu chegar lá solteirona e chamando Jussara só vai faltar uma placa no pescoço escrito TIAZONA. Que ódio". 

Tudo na sua vida parecia estar bem quando Henrique, seu namorado de longa data, resolveu terminar o relacionamento de três anos por WhatsApp. Isso é capaz de deixar qualquer um arrasado, o que acaba sendo o caso de Sara. Ela não deixa de se perguntar o que aconteceu, afinal de contas eles estavam tão felizes juntos, o Henrique até estava falando sobre casamento! E como se isso não fosse o suficiente, ela também lida antecipadamente com a crise dos 30 anos (apesar de só ter 26, Sara já pensa logo no futuro) e morre de medo de pensar na possibilidade de ficar sozinha, de se tornar uma tiazona. 
Ao longo das páginas do diário vamos acompanhar a vida de Sara, como ela está fazendo para lidar com o término de seu namoro, algumas das confusões em que ela se mete na tentativa de encontrar um novo amor e até mesmo a sua relação com o seu trabalho (é um verdadeiro misto de amor e ódio, tudo depende do dia). Acompanhamos também a evolução que ela vai tendo de se aceitar, de querer se conhecer melhor. 

"Essa é a minha busca atual: ser boa para mim mesma. Me fazer bem. Chega de tentar ser tão incrível para os outros. Chegou a hora de ouvir o meu chamado interno. Ir em busca da minha felicidade sem depender de ninguém para isso. Será que é possível? Uns dizem que sim, outros morrem tentando. Só tem um jeito de descobrir. E é isso que eu vou fazer".

Para a estreia de sua primeira ficção até que a Kéfera se saiu bem, mas admito que eu estava esperando um pouco mais devido ao marketing e a publicidade imensa ao redor do livro. A linguagem é bem simples, cheia de alguns palavrões (alguns eram bem desnecessários) e lembra bastante ao modo da youtuber falando (enquanto eu lia o livro eu podia escutar a Kéfera na minha cabeça), tanto é que alguns fãs acreditam que a personagem Jussara é inspirada na própria Kéfera.

O livro "Querido Dane-se" é um livro que reúne uma série de clichês e não é muito marcante, de modo que não vai demorar para se esquecer dele. Contudo, apesar de algumas partes negativas, eu gostei que o livro trabalhou com a ideia de que é importante a gente se aceitar sozinha; cultiva bastante o amor próprio. É uma evolução que a personagem Jussara vai passando: ela para de correr atrás de um relacionamento, deixa isso de lado e começa a focar na sua própria careira, em focar mais na sua felicidade. Essa é uma lição que todas as pessoas devem levar para a vida.

Acredito que Kéfera tem grandes chances de amadurecer um pouco mais a sua escrita (isso fica um pouco evidente se comparar o início com o final do livro, há uma leve mudada; os palavrões diminuem bastante e ela aprofunda mais nos pensamentos e sentimentos mais íntimos de Jussara), então acredito que ela possa se sair melhor em outros trabalhos. A atriz tem um potencial em suas mãos, ela apenas precisa saber trabalhar melhor com isso.

Liga da Justiça (Crítica Sem Spoiler)

"Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) convoca sua nova aliada Diana Prince (Gal Gadot) para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes - Batman, Mulher-Maraviha, Aquaman (Jason Momoa), Cyborg (Ray Fisher) e Flash (Ezra Miller) -, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque."

O filme começa mostrando como a humanidade ficou após a morte do Superman (Henry Cavill), a sensação é de que a esperança acabou. As pessoas são intolerantes com quem são diferentes, seja na questão de ideologias quanto cultural, e a violência parece correr solta nas ruas. Com a morte do Superman, uma luz se apagou. E não foram apenas os humanos que notaram isso.

Com o objetivo de enfrentar um inimigo ainda maior e mais poderoso, Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) coloca em prática o seu plano de reunir um grupo de meta-humanos composto por: Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Barry Allen/Flash (Ezra Miller), Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa) e Victor Stone/Cyborg (Ray Fisher).
Dizem que a união faz a força, de maneira que essa parece a melhor alternativa para tentar derrotar o terrível o Lobo da Estepe. Ele é comandante de um exército de parademônios, o alienígena está na Terra em busca das Caixas Maternas e pretende destruir o planeta. Há séculos atrás as amazonas junto dos deuses antigos, os homens, dos povos de Atlantis (antes deles serem obrigados a morar no mar) e até mesmo os alienígenas se juntaram para detê-lo.  Agora, o Lobo da Estepe está mais forte do que nunca, de maneira que vai exigir um grande esforço dessa nova equipe para detê-lo.

E a cada momento que passa a situação se torna mais crítica, de maneira que cada segundo se torna crucial para impedir que a Terra seja destruída. Medidas extremas ocasionam em soluções extremar, de forma que Bruce Wayne/Batman está disposto a fazer do possível e do impossível para impedir que o vilão acabe triunfando.

Como todo mundo sabe os filmes da DC costumam a dividir algumas opiniões, e que no geral eles não são um grande sucesso de bilheteria (até então Mulher-Maravilha era o único filme que prestava). Então, é com felicidade que eu venho dizer que "Liga da Justiça" é um filme bom. O roteiro não tem nada de inovador, não se trata de um filme que vai revolucionar o mundo e muito menos vai se tornar o melhor filme do ano, mas até que ele foi aceitável. Então, se você não assistiu o filme trate de ir ao cinema mais próximo de você!
Ficha Técnica
Título: Liga da Justiça
Direção: Zack Snyder
Duração: 2h00min
Gênero: Ação, Ficção científica
Elenco:  Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa, Ray Fisher, Amy Adams, Jeremy Irons

Curiosidades:
1) Falando em refilmagem, Henry Cavill teve que regravar algumas cenas, mas o ator já estava trabalhando em Missão Impossível 6, no qual interpretaria um personagem com bigode. Portanto, o bigode teve que ser apagado digitalmente. 
2) Lançado no mesmo dia em que foi lançado o primeiro episódio de Liga da Justiça (2001). 
3) Para ser a Mulher Maravilha, Gal Gadot praticou diversos esportes, entre eles: Jiu-Jitsu e Capoeira. 
4) O elenco inclui três ganhadores do Oscar (Ben Affleck, Jeremy Irons e J.K. Simmons) e quatro indicados (Amy Adams, Willem Dafoe, Diane Lane e Jesse Eisenberg). 
5) Zack Synder comentou que se baseou levemente no filme Os Sete Samurais (1954) para fazer este longa-metragem.

Thor: Ragnarok (Crítica Sem Spoiler)

"Thor (Chris Hemsworth) está preso do outro lado do universo. Ele precisa correr contra o tempo para voltar a Asgard e parar Ragnarok, a destruição de seu mundo, que está nas mãos da poderosa e implacável vilã Hela (Cate Blanchett)."

As famílias nem sempre são perfeitas e, às vezes, guardam alguns segredos que podem ser obscuros. No terceiro filme da franquia acompanhamos a narrativa de Thor (Chris Hemsworth), que está de volta ao seu planeta natal, Asgard, e que se encontra determinado a impedir o Ragnarok de acontecer. Porém, para realizar essa tarefa é necessário colocar algumas questões em ordem. A questão primordial é achar Odin (Anthony Hopkins), uma vez que Loki (Tom Hiddleston) o exilou na Terra.

Porém, conseguir impedir o apocalipse não é uma tarefa fácil, ainda mais se levar em conta que os irmãos Thor e Loki tem um histórico cheio de brigas e para agravar a situação eles tem de lidar com a ameaça de Hela (Cate Blanchett), a irmã mais velhas deles e que possuiu uma enorme sede de poder e que deseja conquistar outros planetas. A chegada de Hela deixa a situação ainda mais caótica, ela é uma ameaça extremamente poderosa, algo que nem Thor e Loki haviam lidado anteriormente, o que coloca em risco a população de Asgard.
E como se deter Hela não fosse uma tarefa muito complicada, Thor e Loki acabam ficando presos em um planeta comandado pelo tirânico Grão-Mestre (Jeff Goldblum), que vive organizando uma série de luta entre os gladiadores. Sair de lá é praticamente impossível, mas isso não impede Thor de tentar. Ele precisa retornar para Asgard, ele precisa salvar a população de seu planeta. E para o seu plano de fuga ele conta com a ajuda de seu velho amigo Hulk (Mark Ruffalo) e da Valquíria (Tessa Thompson).

De todos os filmes da franquia, "Thor: Ragnarok" foi o melhor de todos até agora. Muito obrigada, Taika Waititi. Nele vamos ver uma versão mais diferente do deus nórdico que, além do corte de cabelo que sofreu uma alteração, vemos uma versão de um Thor mais descontraído e engraçado (o alívio cômico do filme em diversos momentos), fugindo um pouco da imagem séria que conhecíamos do deus nórdico.

Com cenas de ação bem dinâmicas, muitos conflitos, ótimos efeitos especiais, uma vilã extremamente poderosa e uma corrida contra o tempo para evitar o apocalipse "Thor: Ragnarok" é um filme bastante surpreendente e que consegue capturar a tenção do telespectador durante todo o longa. E além de conter muitas lutas, o filme também aborda Thor descobrindo a si mesmo, no quesito de seus poderes, uma vez que ele é muito mais poderoso do que imagina e também trabalhou bastante a relação conturbada entre os irmãos Loki e Thor (isso já havia sido mostrado anteriormente, mas não de maneira tão profunda como nesse terceiro filme, pelo menos foi o que eu achei).
Ficha Técnica
Título: Thor: Ragnarok
Direção: Taika Waititi
Duração: 2h11min
Gênero: Ação, Fantasia, Aventura, Ficção científica
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Idris Elba, Jeff Goldblum, Tessa Thompson, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins e Benedict Cumberbatch

Curiosidade:
1) A estreia do filme aconteceu em 2017, ano em que Thor (1962) e O Incrível Hulk (1962) completam 55 anos. Além disso, 2017 também é o centenário do co-criador Jack Kirby.
2) A música Immigrant Song, de Led Zeppelin é tocada no primeiro trailer e foi escolhida justamente por fazer menção à religião nórdica.
3) Três membro dos "Defensores Secretos" aparecem na trama: Valquíria (Tessa Thompson), Hulk (Mark Ruffalo) e Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch).
4) Sabe por que Thor apresentou Hulk como um colega de trabalho? Porque uma criança da Make-A-Wish, uma fundação que realiza desejos de crianças com doenças graves, sugeriu isso durante uma visita ao set.
5) O produtor Kevin Feige revelou que este filme tem uma importância para a criação de Vingadores 3: Guerra Infiinita (2018).

Resenha: Animais Fantásticos e Onde Habitam

Título: Animais Fantásticos e Onde Habitam
Autor(a): J.K. Rowling, Newt Scamander e Olivia Lomenech Gill
Editora: Rocco
Número de páginas: 160
Classificação: 5/5

Eu já tinha lido a primeira edição do livro "Animais Fantásticos e Onde Habitam", ainda quando o livro nem era muito conhecido e que nem se pensava em fazer um filme contando sobre as aventuras vividas pelo famoso magizoologista Newt Scamander. Porém, após o sucesso do filme nos cinemas o livro de "Animais Fantásticos e Onde Habitam" se tornou mais conhecido, o que ocasionou em um lançamento de uma edição nova e ilustrada. Achei um trabalho tão lindo e impecável que precisei comprar essa nova edição, afinal de contas é uma expansão com mais detalhes (rico em ilustrações) das criaturas que fazem parte do mundo bruxo.

"Aprovado pela Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts desde sua publicação, Animais fantásticos e onde habitam divertiu famílias bruxas ao longo de gerações e é uma introdução indispensável às criaturas mágicas do mundo bruxo. Agora, a obra-prima do renomado magizoologista Newt Scamander, resultado de anos de viagem e pesquisa, ganha uma luxuosa edição ilustrada. Com desenhos de Olivia Lomenech Gill, ganhadora do English Association Picture Book Award e indicada para a Kate Greenaway Medal, esta magnífica nova edição em quatro cores do clássico da Biblioteca Hogwarts apresenta uma gama extraordinária de criaturas, algumas familiares para os leitores da série Harry Potter, outras que surpreenderão até mesmo o mais ardente magizoologista amador, todas ricamente ilustradas com uma variedade de técnicas, incluindo gravura, aquarela e esboços a carvão. O lançamento nacional é simultâneo à publicação na Inglaterra e nos EUA."

O magizoologista Newt Scamander se tornou muito conhecido com o seu trabalho catalogando os animais fantásticos ao redor do mundo, uma área que até então não era explorada por muitos bruxos e que rendia algumas discussões como, por exemplo, o que é um animal? O que é considerado um ser? São essas perguntas e outras mais que Newt discute ao longo do livro (baseado em algumas decisões tomadas pelo Ministério da Magia), além de apresentar as espécies catalogadas junto com a descrição (às vezes contando como determinado animal surgiu) e o risco que elas apresentam.
"Ofereço este livro como uma simples introdução ao tesouro de animais fantásticos que habitam o nosso mundo. Oitenta e uma espécies são descritas nas páginas que se seguem, mas, não duvido que outras venham a ser descobertas, exigindo edições revisadas de Animais Fantásticos e Onde Habitam. Entrementes, acrescentarei apenas que me dá grande prazer pensar que gerações de jovens bruxos e bruxas ampliaram seu conhecimento e compreensão das feras fantásticas de que tanto gosto através das páginas deste livro".

É importante ressaltar que não é um livro que contém uma história, um enredo. "Animais Fantásticos e Onde Habitam" está mais para um livro acadêmico, com algumas descrições técnicas e até mesmo com menções a outras obras (todas fictícias e que se relacionam com a história do mundo bruxo e trouxa, é claro). É um livro que cumpre com a função de ensinar aos jovens bruxos sobre a importância de alguns desses animais, sobre como é feito para encontrá-los e até mesmo os cuidados para lidar com eles quando encontrados em uma situação inusitada.

Como uma grande fã de Harry Potter, eu fiquei muito feliz com o lançamento desse livro. Em termos de conteúdo não há nenhuma diferença se comparado com a primeira edição do livro, mas o grande diferencial dessa nova edição são as magnificas ilustrações da Olivia Lomenech Gill. Fiquei encantada com os desenhos, isso fez valar cada centavo que eu gastei nesse livro! As ilustrações são completamente belíssimas e foram ótimas para eu imaginar esses animais (antes eu não tinha muita noção como alguns deles pareciam), alguns se assemelham com animais do mundo trouxas como dodô, caranguejo, rinoceronte e leopardo, já outras são bem peculiares. Essa nova edição de "Animais Fantásticos e Onde Habitam" é uma expansão do mundo de Harry Potter, dos estudos feitos pelo Newt, então se você é potterhead compre esse livro o mais rápido possível.

Resenha: Mindhunter

Título: Mindhunter
Autor(a): Mark Olshaker, John Douglas
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 384
Classificação: 5/5

Eu sempre tive um grande interesse em assuntos policiais, de como funciona a mente de um criminoso e eu vivo assistindo aos programas do Investigação Discovery. Então, logo me interessei por "Mindhunter" e a leitura do livro não me decepcionou, muito pelo contrário, uma vez que eu comecei a ler eu não consegui parar depois.

"Em detalhes assustadores, Mindhunter mostra os bastidores de alguns dos casos mais terríveis, fascinantes e desafiadores do FBI.

Durante as mais de duas décadas em que atuou no FBI, o agente especial John Douglas tornou-se uma figura lendária. Em uma época em que a expressão serial killer, assassino em série, nem existia, Douglas foi um oficial exemplar na aplicação da lei e na perseguição aos mais conhecidos e sádicos homicidas de nosso tempo. Como Jack Crawford em O Silêncio dos Inocentes, Douglas confrontou, entrevistou e estudou dezenas de serial killers e assassinos, incluindo Charles Manson, Ted Bundy e Ed Gein.

Com uma habilidade fantástica de se colocar no lugar tanto da vítima quando no do criminoso, Douglas analisa cada cena de crime, revivendo as ações de um e de outro, definindo seus perfis, descrevendo seus hábitos e, sobretudo, prevendo seus próximos passos.

Com a força de um thriller, ainda que terrivelmente verdadeiro, Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano é um fascinante relato da vida de um agente especial do FBI e da mente dos mais perturbados assassinos em série que ele perseguiu. A história de Douglas serviu de inspiração para a série homônima da Netflix, que conta com a direção de David Fincher (Garota Exemplar e Clube da Luta) e Jonathan Groff, Holt McCallany e Anna Torv."

O livro narra sobre a carreira de John Douglas, um dos agentes mais requisitado dentro do FBI e que se tornou extremamente conhecido por seu trabalho na Unidade de Ciência Comportamental. Porém, esse sucesso foi alcançado através de muito trabalho e esforço, e em "Mindhunter" o leitor acompanha a trajetória de John, desde a sua adolescência marcada por alguns delitos até o momento em que ele resolveu ingressar no FBI.

De entrevistas a ladrões de banco para identificar os padrões que eles utilizavam para realizar os assaltos, como era feita a estratégia, John passou a desenvolver um projeto pioneiro onde começou a entrevistar assassinos em série como Charles Manson (o líder da família Manson, responsável pelos assassinatos que ficaram conhecidos como o caso Tate-LaBianca), Robert Hansen (serial killer estadunidense que matou entre 17 e 21 mulheres perto de Anchorage no Alasca), Jerry Brudos (um assassino em série americano e necrófego, também conhecido como "O Assassino da Luxúria" e "O Assassino do Fetiche de Sapatos") e Wayne Williams (um serial killer que cometeu a maioria dos assassinatos de crianças em Atlanta que ocorreram de 1979 até 1981). E através dessas entrevistas ele começou a traçar perfil de criminosos, como se entrasse na mente de um deles, explicando a compulsão que alguns tem pela matança.
“Acabei cunhando o termo assinatura para descrever esse elemento singular, essa compulsão pessoal que se mantinha estática. E o usei como algo distinto do conceito tradicional de modus operandi, que é fluido e possivelmente mutável”.

Esse seu trabalho traçando perfis foi de extrema importância uma vez que ele passou a comparar o modus operandi e as assinaturas de assassinos, podendo prever seus próximos passos e quase sempre estando a um passo a frente deles. John também definiu algumas características prévias, através de um estudo meticuloso da juventude de cada assassino, que foram determinantes para que eles se tornassem um serial killer. Um fator destacado nesses estudos foi a "tríade homicida": piromania + crueldade contra animais + fazer xixi na cama depois da infância, além disso descobriu-se também as motivações de um assassino: manipulação + dominação + controle.

Ao mesmo tempo que esse seu trabalho lhe rendeu um grande sucesso, de maneira que Douglas era chamado para das aulas sobre como traçar um perfil, palestras e sendo chamado para participar de inúmeros casos, também teve um lado negativo que afetou sua vida pessoa. Ele passou por um problema de saúde devido a exaustão do trabalho e ficou cara a cara com a morte, além disso o seu casamento também sofreu algumas sequelas devido o seu trabalho e a sua ausência em casa.

“Assassinos em série fazem um jogo muito perigoso. Quanto melhor compreendermos a maneira como jogam, maior será nossa vantagem sobre eles”.  

"Mindhunter" apresenta uma leitura muito envolvente, tanto é que eu não consegui largar o livro após começar a ler (fui obrigada a dar uma pausa na leitura para colocar em dia algumas obrigações do estágio e da faculdade). John Douglas consegue contar sobre os acontecimentos de sua vida e de seu trabalho de uma maneira fluída, que não cansa o leitor e que é recheada de detalhes. Então, para quem gosta de livros que envolvam tramas policiais ou que sente curiosidade em entender a mente de um assassino, "Mindhunter" é a opção perfeita (muitas vezes durante a leitura eu tive a sensação de estar assistindo ao Investigação Discovery, e também fiquei chocada ao saber que John Douglas havia participado de alguns casos que eu já conhecia).

Resenha: Jogo de Espelhos

Título: Jogo de Espelhos
Autor(a): Cara Delevingne e Rowan Coleman
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 304
Classificação: 3/5

Existem alguns livros que me deixam fascinada, seja pela sinopse, pela capa ou pelo escritor. E no caso de "Jogos de Espelhos" me surpreendeu por dois motivos: a sinopse extremamente empolgante, que me deixou curiosa para descobrir um pouco mais sobre essa história e o fato da Cara Delevingne. Já conhecia o trabalho dela como modelo e atriz, então foi uma verdadeira surpresa descobrir que ela estava lançando um livro. E, no final, a leitura de "Jogo de Espelhos" foi surpreendente em inúmeros sentidos. 

"Naomi, Rose, Leo e Red são adolescentes enfrentando aquela fase em que se relacionar no colégio é tão difícil quanto encarar os próprios problemas. Red tem uma mãe alcoólatra e um pai ausente; o irmão de Leo está na prisão; Rose usa sexo e drogas para mascarar traumas antigos e Naomi se esconde atrás de peruca e maquiagem pesada. Quatro adolescentes tão diferentes viram melhores amigos quando são obrigados a formar uma banda. O que era uma tarefa chata vira a famosa e popular Mirror, Mirror. Através da música, eles encontram um caminho para encarar o mundo de outra forma.
Mas tudo desmorona quando Naomi some misteriosamente e é encontrada, dias depois, entre a vida e a morte. O acidente desestrutura a banda e, consequentemente, a vida de todos. A sólida relação de amizade que eles achavam estar construindo tinha uma rachadura, e tudo o que restam são dúvidas e vazios. O que aconteceu com Naomi? Foi um acidente ou um ataque? Por que ela fugiria e deixaria a banda para trás? Por que esconderia segredos dos seus melhores amigos? Para desvendar o mistério por trás dessa história, Red e os amigos entram em uma investigação que vai desenterrar seus próprios segredos obscuros e fazê-los confrontar a diferença entre o que eles realmente são de verdade e a imagem que passam para o mundo.
Em seu romance de estreia, a modelo e atriz Cara Delevingne revela mais um talento ao apresentar um olhar fresco e sagaz sobre questões atuais da juventude: amizade, bullying, identidade, gênero, transtornos emocionais, a influência perigosa das mídias sociais nas relações e o poder destruidor da imagem."

Para alguns jovens a adolescência é uma das melhores fases da vida, como se fosse um verdadeiro mar de rosas (cheio de festas, amizades e muita curtição), mas para outros é uma época bastante turbulenta e esse é o caso de quatro jovens: Naomi, Rose, Leo e Red. Red precisa lidar com os problemas de uma mãe alcoólica e um pai ausente; Leo leva uma vida simples ao lado de sua mãe e seu irmão mais velho está na prisão; Rose utiliza do sexo e de drogas para esconder alguns traumas antigos e não tem uma relação muito boa com sua madrasta e Naomi vive se escondendo atrás de perucas coloridas e maquiagens pesadas.

A vida caótica desses quatro parece melhorar quando eles se unem em uma banda de rock'n'roll: a Mirror, Mirror. Fi através da música que eles encontraram um modo parar ver o mundo de outra maneira, além de ganhar certa visibilidade e uma forte amizade entre todos os integrantes. Com toda certeza a Mirror, Mirror foi uma das melhores coisas que aconteceu na vida de Naomi, Rose, Leo e Red.

"Antes da banda, todos nós estávamos perdidos de algum jeito e, de repente, por algum motivo, nossa vida deslanchou. Juntos, éramos fortes, populares e rock'n'roll pra cacete. Para nós, a Naomi também se sentia assim. Achávamos que ela não precisava mais fugir. Até noite passada."
Porém, justo quando as coisas parecem estar bem um acontecimento os abala: Naiomi fugiu. Em tese isso não seria nada incomum, afinal de contas a jovem já tonha feito isso em ocasiões anteriores para poder chamar atenção. Contudo, seus amigos sabem que isso não é verdade, pois desde a criação da banda a situação tinha melhorado para eles e nos últimos dias antes de seu desaparecimento Nai parecia estar feliz, como se nada de errado lhe afligisse. Por que ela iria fugir? O que ela estava escondendo?
O rumo das investigações começa a tomar um rumo mais sombrio quando a polícia encontra Naomi entre a vida e a morte. Isso acaba sendo um choque enorme para o seu grupo de amigos, que está cada vez mais decidido a descobrir o que aconteceu com ela, os segredos que ela estava escondendo antes de seu repentino desaparecimento. Leo, Red e Rose se juntam para tentar descobrir algumas pistas e ao longo das investigações eles vão ter que ser fortes para continuarem unidos e isso acaba sendo uma verdadeira jornada para descobrirem mais sobre eles e suas amizades, afinal de contas o quão bem conhecemos as pessoas que estão ao nosso lado? 

"— Não me importa de onde as pessoas são, qual a cor da pele delas, quanto dinheiro elas têm, se gostam de homens ou mulheres, ou... ou... qualquer uma dessas merdas. Por que as pessoas não podem simplesmente ser pessoas?"

Um fator que eu gostei bastante foi a escrita, que está longe de ser algo formal e que se aproxima da linguagem de uma adolescente meio revoltada com a vida, foi uma escolha muito inteligente das palavras. E o livro é narrado por Red, que mostra o seu olhar sobre toda situação envolvendo Naomi, a situação caótica dentro de sua casa e os problemas pessoais de seus outros amigos (Leo e Rose).

E devo admitir que estava um pouco insegura com o livro, como que a Cara iria se sair com o seu primeiro romance (sei que ela escreveu junto da Rowan Coleman, mas, mesmo assim, eu tive as minhas dúvidas) e acabei sendo surpreendida. "Jogo de Espelhos" não conta uma história revolucionária e muito menos é um livro que vai mudar a vida de outras pessoas, mas para uma escritora estreante até que a Cara Delevingne se saiu muito bem. Ela em parceria com Rowan conseguiu construir uma história muito empolgante, as duas conseguiram me surpreender de maneira positiva!

Novembro Azul: livros com a capa azul

Imagem  de reprodução do Pinterest
Neste mês comemora-se o Novembro Azul, uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. E como maneira de chamar atenção resolvi fazer uma indicação de livros com a cor azul, espero que vocês gostem das indicações. 

1) MISTERIOSO
Autor(a): Christina Lauren
Editora: Universo dos Livros
Número de páginas: 320
"O que acontece em Vegas, fica em Vegas. No entanto, o que não aconteceu em Vegas, parece os seguir em todo lugar Lola e Oliver agradecem por terem tido o bom-senso de não consumarem o casamento bêbado em Las Vegas. E se eles duvidassem que isso fora um erro, a situação de "apenas amigos" não seria tão boa quanto é agora. Ou isso é o que eles pensam... Na verdade, Lola desejou Oliver desde o primeiro dia – e isso só se intensificou com o tempo e com o sotaque australiano dele. Passando mais tempo em casa do que encarando as pessoas, o afeto de Lola por Oliver parece bom demais para ser verdade. Então por que arruinar uma coisa tão boa? Mesmo com tantas garotas rodeando Oliver, ele não consegue se esquecer do que não fez com Lola quando teve a chance. Agora ele tem certeza do que quer com ela... e vai muito além da "friendzone". Quando o trabalho de Lola com quadrinhos se torna um sucesso nacional, e depois é cotado para se tornar uma longa-metragem, Oliver decide ficar ao lado dela para o que ela precisar. Afinal, Lola não é o tipo de garota que gosta de ter todas as atenções voltadas para si, mas talvez ela é o tipo de garota que poderá se atrair por ele."

2) A CULPA É DAS ESTRELAS
Autor(a): John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 288
"Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam. 
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar."

3) SIMPLESMENTE IRRESISTÍVEL
Autor(a): Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros
Número de páginas: 389
"Cheia de romantismo, humor e picardia, esta história da inigualável Rachel Gibson começa com o casamento, no Texas, da recém-formada Georgeanne com o milionário Virgil, um homem três vezes mais velho que ela. Os únicos talentos de Georgianne são cozinhar e falar muito, mas o que Virgil realmente aprecia nela é o corpo curvilíneo e perfeito.
Percebendo que não é capaz de desposar um homem com idade para ser seu avô, Georgeanne larga o noivo no altar e foge com o astro do hóquei John Kowalsky, que joga no time do qual Virgil é proprietário. John não faz ideia da encrenca em que se meteu, e só percebe que está ajudando a noiva do seu chefe quando já é tarde demais. Uma longa noite se estende diante deles, e nenhum dos dois resiste à tentação de passá-la juntos. Mas, no dia seguinte, John dispensa Georgeanne para não comprometer sua carreira, deixando-a com o coração partido e sem rumo.
Sete anos depois, os dois se encontram novamente. Georgeanne é sócia numa empresa de catering em seattle e ele deixou os dias de rebeldia para trás.
Outra surpresa aguarda John: ele descobre que aquela noite de amor produziu uma filha adorável e incorrigível, de cuja vida ele quer fazer parte.
A paixão por Georgeanne renasce; mas será que ele vai se arriscar, novamente, a incorrer na cólera do seu patrão? Ela, vai aceitá-lo, depois de ter levado um fora dele?
Diversão garantida também é o romance de Mae e Hugh, amigos dos protagonistas, nesta trama hilária, cheia de personagens impagáveis, de uma das autoras mais lidas e apreciadas da atualidade."

4) OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO 
Autor(a): J.K. Rowling
Editora: Rocco
Número de páginas: 128
"Os contos foram traduzidos das runas originais pela personagem Hermione, a partir do velho exemplar herdado por ela. São cinco histórias de fadas diferentes entre si. Histórias populares para jovens bruxos e bruxas, contadas há gerações aos filhos à hora de dormir. Pouco se sabe do passado de seu autor, apenas que Beedle, o Bardo, teria nascido em Yorkshire no século XV e possuía uma longa barba; mas suas histórias foram passadas de geração em geração e têm ajudado muitos pais bruxos. Não muito diferente dos contos escritos para pequenos trouxas.Enquanto nos livros dos trouxas ela está ligada ao comportamento errado, aqui ela está associada aos heróis e às heroínas que são capazes de realizar mágicas para ajudar os outros. Só que ao mesmo tempo bruxos e bruxas descobrem que esta mesma magia pode lhes causar dificuldades e nem sempre é a solução para todos os problemas. Assim como em alguns contos de fadas, as histórias de Beedle podem assustar criancinhas, mas, por outro lado, as inspiram a serem honestas e a usarem seus poderes para o bem, algo que Dumbledore ressalta a todo momento em suas anotações.
A primeira das histórias, “O bruxo e o caldeirão saltitante”, tem como protagonista o filho de um bruxo muito bom que, após a morte do pai, decide não ajudar os outros como o pai o fazia; “A fonte da sorte” mostra a busca de três bruxas e um cavaleiro por uma fonte, cuja água concede boa sorte a todos aqueles que nela se banharem; em seguida, a mais assustadora das narrativas, “O coração peludo do mago”, sobre um velho bruxo incapaz de amar e uma donzela que em muito lembra as donzelas dos contos de fadas trouxas; antes da já conhecida “O conto dos três irmãos”, Rowling apresenta as aventuras da esperta “Babbity, a coelha, e seu toco gargalhante”.
Os contos de Beedle, o Bardo comprovam mais uma vez o talento de J. K. Rowling para transportar o leitor para o seu universo mágico e único. Pegue sua vassoura, alguns galeões e vá buscar o seu!"

5) EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS
Autor(a): Clare Vanderpool
Editora: DarkSide Books
Número de páginas: 288
"EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS é um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença. Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine (o mesmo estado onde vivem Stephen King e boa parte de seus personagens). O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno. Até ele conhecer o enigmático Early Auden.
Early, um nome que poderia ser traduzido como precoce, é uma descrição muito adequada para um prodígio como ele, que decifra casas decimais do número Pi como se lesse uma odisseia. Mas, por trás de sua genialidade, há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor.
Obsessivo, Early Auden tem regras específicas sobre que músicas deve ouvir em cada dia da semana: Louis Armstrong às segundas; Sinatra às quartas; Glenn Miller às sextas; Mozart aos domingos e Billie Holiday sempre que estiver chovendo. Seu comportamento é um dos muitos indícios da síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo que só seria descoberta muito tempo depois da Segunda Guerra, e que inspirou personagens já clássicos como o Sr. Spock (Star Trek), o Dr. House e Sheldon Cooper (The Big Bang Theory).
 Quando chegam as festas de fim de ano, a escola fica vazia. Todos os alunos voltam paracasa, para celebrar com suas famílias. Todos, menos Jack e Early. Os dois aproveitam a solidão involuntária e partem em uma jornada ao encontro do lendário Urso Apalache. Nessa grande aventura, vão encontrar piratas, seres fantásticos e até, quem sabe, uma maneira de trazer os mortos de volta ainda que talvez do que Jack mais precise seja aprender a deixá-los em paz. 
EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS é uma daquelas grandes histórias que permanecem com você por muito tempo, perfeita para ler entre amigos ou passar de pai para filho. Tudo que é real pode ser uma grande fantasia ou uma coincidência inevitável. Somos muito mais que um simples desejo do acaso. Nossos caminhos vão se cruzar no primeiro semestre de 2016 nesta obra premiada com o Printz Honow Award em 2016, indicada a outra dezena de prêmios e eleita o livro do ano em dezenas de listas preparadas pelos leitores."

Momentos mais emocionantes de Grey's Anatomy

Apesar do sofrimento, das tragédias e a morte que fica rondando o Grey Sloan Memorial Hospital (conhecido por alguns como Seattle Grace), Grey's Anatomy é uma das minhas séries favoritas. Então, como forma de comemorar o 300º episódio, eu decidi listar os 5 momentos mais emocionantes da série (vai ser uma tarefa difícil, afinal de contas são muitos episódios e muitas memórias, mas prometo me esforçar para fazer o meu melhor). 

ATENÇÃO: O POST PODE CONTER SPOILERS!

1) 17 SECONDS (T2:E25)
Algumas pessoas chegam a cometer loucuras por amor, certo? E foi em nome de um amor, além da vontade de ajudar um bom homem, que Izzie cortou o fio do LVAD de Denny. O objetivo do plano era que ele se tornasse o primeiro da lista de transplante para ganhar um novo coração, mas as coisas não saíram muito bem como o planejado e o estado de saúde de Denny piora. 

2) DROWNING ON DRY LAND (T3:E16)
Você já se perguntou se alguém iria sentir a sua falta? Se você sumisse alguém notaria a sua ausência? Nesse episódio essas perguntas são vistas em pratica quando Meredith (minha eterna Maria Edite) desaparece, ou melhor, é isso que as pessoas pensam ao reparar sua ausência. Mas, na verdade, a médica acabou caindo no mar e depois de um tempo nadando, tentando se salvar, ela acaba desistindo e é nesse momento em que Derek chega para ajudá-la. É um episódio bastante emocionante, você fica com os nervos a flor da pele.

3) SANCTUARY/DEATH AND ALL HIS FRIENDS (T6:E23 E 24)
Sei que são dois episódios, mas não dá pra falar sobre um sem citar o outro. Essa season finale foi completamente emocionante, um dos piores desastres que já aconteceu no hospital. Um atirador entrou no Seattle Grace a procura do Derek, Webber e da Lexie Grey (os médicos que estavam presente na cirurgia de sua esposa, que acabou morrendo) com o objetivo de se vingar, mas as coisas acabam saindo de controle e ele atira em outros médicos: Percy, Alex, Owen e até mesmo no próprio Derek. E para deixar tudo mais emocionante, enquanto Cristina operava Derek o atirador encontrou eles na sala de cirurgia e ameaçou matá-la.

4) FLIGHT (T8:E24)
E estamos aqui com outra season finale cheia de tragédia, afinal de contas não é Grey's Anatomy se não tiver um pouco se sofrimento e morte. O avião que estava levando Meredith, Derek, Mark, Lexie, Cristina e Arizona caiu no meio da floresta, o que causou grandes problemas. Para começar Cristina perdeu um de seus sapatos, muito tenso isso, não é? Brincadeiras a parte, pois esse é um dos episódios mais tristes de toda a série. Tivemos a morte de Lexie, e durante todo momento Mark permaneceu ao seu lado e acompanhou ela um tempo depois (meu shipp morreu! Shondánas, como a senhora foi capaz de fazer isso?), além disso, alguns médicos sofreram algumas lesões: Derek machucou a sua mão e Arizona teve um ferimento muito grave na perna, que mais tarde foi amputada.

5) FEAR (OF THE UNKNOWN) (T10:E24)
Ao longo da série inúmeros personagens foram saindo, alguns mais queridos do que outros, porém eu não estava preparada para a saída de Cristina Yang, a Deusa da cardio. Esse episódio mostra ela se despedindo dos demais colegas, mas o momento mais emocionante de todos foi a despedida entre ela e a Mer. Uma era a person da outra, a ligação entre elas era tipo a do ET e do Elliot (se uma está triste, a outra também fica e vice-versa). É de partir o coração.

BÔNUS: ALL I COULD DO WAS CRY (T11:E11)
Sei que tinha falado que só iria falar de 5 momentos mais emocionantes de Grey's Anatomy, mas eu não podia finalizar esse post sem esse episódio. Quem me conhece sabe o quanto eu amo o Jackson e a April, da trajetória desse casal, de maneira que eu sofri muito com a morte do filho deles (foi algo desgastante para ambas as partes que ficaram fragilizadas). Samuel Norbert Avery pode não ter aparecido muito, mas durantes os minutos em que esteve presente ele emocionou a todos. E nesse mesmo episódio. E como o próprio nome do episódio já diz ("tudo que eu pude fazer era chorar"), eu acabei chorando bastante durante esse episódio.

Resenha: Senhor das Sombras

Título: Senhor das Sombras
Autor(a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Número de páginas: 602
Classificação: 5/5

Não é nenhum segredo pra quem me acompanha aqui no blog que eu sou uma grande fã da Cassandra Clare, que eu me apaixonei pelo universo que ela criou dos shadowhunters, de forma que eu estava esperando ansiosamente pelo "Senhor das Sombras". Estava tão empolgada pelo livro que o devorei em uma questão de dias e, agora, eu mal posso esperar para o próximo livro e tomara que ele não demore a chegar aqui no Brasil.   

"A ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephlim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde."

O livro começa poucas semanas após os acontecimentos de "Dama da Meia-Noite", e como era de se esperar as coisas não andam nada fáceis para os shadowhunters do Instituto de Los Angeles, na verdade, a vida nunca foi muito fácil para eles. Depois da morte do feiticeiro Malcom Fade, de Emma Carstairs descobrir a verdade sobre a morte de seus pais e sobre a Maldição dos parabatais proteger os Blackthorns, principalmente, Julian se tornou sua missão principal, mesmo que isso envolva negar os seus sentimentos por ele. Em uma tentativa de tentar esquecê-lo, Emma começou um namoro de mentira com Mark, o irmão mais velho de Julian, que optou por permanecer ao lado de sua família ao invés de retornar para a Caçada Selvagem.

Como se isso não fosse complicado o bastante, o número de demônios marinhos aumentou na costa da Califórnia, de maneira que a Clave não teve como ignorar esse problema. Sendo assim, eles enviaram para o instituto os Centuriões, também conhecidos como a elite de caçadores formados na Scholomance, para tentar resolver esse problema. Porém, conviver com os Centuriões não vai ser uma tarefa nada fácil uma vez que eles são prepotentes, além de desprezarem os caçadores do instituto. 

"Tem algo de especial num lugar em que você esteve com alguém que ama. Ele assume um significado na sua mente. Torna-se mais do que um lugar. Transforma-se em uma destilação do que vocês sentiam um pelo outro. Os momentos que você passa num lugar com alguém... se tornam parte dos tijolos e da argamassa. Parte da alma do lugar."
Lidar com essa visita indesejada no instituto não é nada fácil, mas sempre existe uma maneira de tudo piorar: além dos centuriões, eles recebem a visita de um convidado bastante incomum O líder da Caçada Selvagem, Gwyn ap Nudd, está ao instituto para trazer notícias sobre Kieran, que está preso e que será condenado a morte na corte de Unseelie. Para proteger aqueles que amamos, por alguém que já sentimos algo, é preciso fazer certos sacrifícios, de forma que Mark decide ir para o mundo das fadas para resgatar Kieran. 

Trata-se de uma missão muito perigosa, ainda mais que os Nephlim estão com as relações abaladas com as fadas, mas apesar de todos os riscos iminentes Mark não desiste de tentar salvar Kieran. Para tentar resgatá-lo Julian, Emma e Christina vão atrás de Mark na corte Unseelie. Durante esse período que passam no mundo das fadas algumas revoltas, intrigas, informações e segredos vão surgir, alguns que podem mudar para sempre a vida e o mundo dos Nephlim. 

"Eu nunca tinha entendido até então o quanto você pode privar uma pessoa ao não lhe dar as palavras das quais ela necessita para se descrever. Como você pode saber se há outros como você quando nunca teve um termo para se referir a si?"

No segundo livro da série Os Artifícios das Trevas, Cassandra Clare conseguiu dar mais destaque para os membros mais novos da família Blackthorns: Ty e Livvy, que ganharam um maior destaque do que no volume anterior. Junto deles outro personagem que se destacou bastante foi Kit Herondale, que havia tido uma breve aparição anteriormente. Kit ao lado dos gêmeos (Ty e Livvy) acabaram desenvolvendo uma amizade muito interessante.

Também gostei da maneira que a Cassie lidou com os triângulos amorosos da série (Julian, Emma, Mark e Kieran, Mark, Christina), sem deixar que se tornasse algo cansativo e que ganhasse um foco maior e mais importante na história. Por mais que um romance seja legal, não é o fator principal da série de livros, não é uma saga que gira em torno de um amor.

Foi com grande maestria que Cassandra Clare conseguiu desenvolver todos acontecimentos de "Senhor das Sombras", tantas coisas aconteceram que tive receio de que algumas ficassem confusas, ou que não recebessem a devida importância que mereciam. Agora, mal posso esperar pelo lançamento do próximo livro da saga (apenas espero que não demore muito e que seja tão bom quanto esse).

Resenha: Tartarugas Até Lá Embaixo

Título: Tartarugas Até Lá Embaixo
Autor(a): John Green
Editora: Intrínseca 
Número de páginas: 256
Classificação: 5/5

John Green tornou-se um verdadeiro fenômeno mundial após o lançamento de "A Culpa das Estrelas", um livro que conquistou milhares de jovens ao redor do mundo (eu estou inclusa nesse grupinho). Depois de anos sem lançar um livro novo ele está de volta com "Tartarugas Até Lá Embaixo", e sendo uma grande fã do autor eu não poderia deixar de ler o seu mais novo livro!

"Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo.

A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses."

O livro conta a história de Aza Holmes, uma jovem garota que tem de lidar com o seu transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e que vive com o medo crescente de ser infectada por alguma bactéria a qualquer instante. É uma verdadeira luta constante que ela tem de lidar todos os dias; uma luta contra sua própria mente na esperança de se sentir real e viva.

E como se não fosse complicado o bastante ter que lidar com todas suas inseguranças Aza junto de sua melhor amiga, Daisy, decidem investigar o repentino e suspeito desaparecimento de um bilionário da cidade onde moram. Se aquilo parece uma tarefa bastante impossível? Sim ou claro? Porém, as duas jovens não deixam de tentar, ainda mais que quem encontrá-lo receberá uma enorme quantidade de dinheiro. Tem como a situação ficar melhor?  
Durante as investigações, Aza acaba se reencontrando com um garoto de seu passado: Davis, que é  filho do bilionário desaparecido e que já frequentou o mesmo acampamento de Aza quando eram mais novos. Ao mesmo tempo em que a jovem acaba ficando mexida com o reencontro de alguém tão importante de seu passado, ela não pode se esquece do seu objetivo principal: encontrar o bilionário desaparecido e dividir a grana junto de sua melhor amiga. Além do mais, deixar-se envolver com Davis é algo mais difícil do que ela poderia imaginar uma vez que, às vezes, a sua doença prejudica nas suas relações pessoais. 

“Você dá poder demais aos seus pensamentos, Aza. São apenas pensamentos. Eles não são você. Você pertence a si mesma, mesmo quando seus pensamentos não pertencem.”

É perceptível o quanto John Green amadureceu a sua escrita desde "A Culpa É Das Estrelas". Ele conseguiu retratar de maneira fiel a vida de uma pessoa que sofre com TOC e ansiedade, sem romantizar em nenhum momento. Ele permite que o leitor entre na cabeça de Aza Holmes e se identifique com todos os seus medos e inseguranças (que não sou poucos), de maneira que criamos uma empatia por ela.

Durante a leitura eu também gostei da criação e do desenvolvimento de alguns personagens, principalmente da Daisy. Ela é uma garota totalmente divertida, que ama Star Wars e que é famosa por escrever fanfics! Eu iria amar ter uma melhor amiga feito ela. Também gostei bastante da amizade entre ela e a Aza, mesmo com algumas brigas e desentendimentos ao longo da narrativa as duas provaram que são de fato melhores amigas, que nada, nem mesmo um TOC, pode atrapalhar a amizade entre elas. 

Outra coisa que eu também gostei em "Tartarugas Até Lá Embaixo" foi o final do livro. Foi algo que me surpreendeu e fugiu de algo que estamos acostumados, da ideia de que para o final ser feliz o casal tem que terminar junto. Gostei bastante dessa quebra de expectativa por parte do Green, algo bem similar com a vida real. Neste novo livro, John Green conseguiu criar uma história envolvente, original em alguns sentidos (pelo menos eu nunca tinha lido nada parecido com "Tartarugas Até Lá Embaixo"), e foi uma ótima oportunidade para eu poder matar as saudades do autor!