Resenha: Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo
05:00
Autor(a): David Levithan e Rachel Cohn
Editora: Galera Record
Número de páginas: 256
Classificação: 3/5
Comprar: Amazon
Por mais que eu tente eu não consigo resistir a uma leitura cheia de clichês e alguns dramas adolescentes, de forma que acabei apaixonando por "Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo", do David Levithan e Rachel Cohn. Eu já tinha assistido ao filme (por sinal ele se encontra no catálogo da Netflix, caso alguém se interesse), então foi bem interessante ler o livro e depois fazer uma análise de como a adaptação foi feita. Espero que vocês gostem da resenha, e que se encantem pelo livro da forma que eu me encantei.
"A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não-beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não-beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática."
Naomi & Ely são melhores amigos, como unha e carne; um complementa o outro, basicamente. Os dois moram no mesmo prédio e são vizinhos de apartamento, frequentaram a mesma escola e agora estão na mesma faculdade, e durante as horas vagas vão aos inúmeros Starbucks espalhados pela cidade de Nova York. Nada parece ser capaz de separá-los, nem mesmo o problema envolvendo suas famílias: uma das mães de Ely teve um caso com o pai de Naomi; as mães de Ely continuaram juntas e conseguiram superar essa crise, enquanto o pai de Naomi saiu de casa a deixando com sua mãe.
Contudo, as coisas não são perfeitas no mundo de Naomi & Ely. Ela é uma garota bonita, que atrai muitos olhares e é desejada por muitos caras, exceto por um: Ely, que é gay. Isso não chega a ser um grande problema, exceto pelo fato de que Naomi é apaixonada por seu melhor amigo. Como forma de preservar a amizade, eles criaram a Lista do Não Beijo, que é basicamente uma lista com caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. Porém, a inabalável amizade entre os dois se vê ameaçada após Ely beijar Bruce, o Segundo, o namorado de Naomi.
"Sei que deveria ir embora. Simplesmente ir. Porque existe um momento em que um erro se transforma em um grande erro, e provavelmente seria melhor que eu recuperasse os sentidos antes que isso aconteça."
Essa traição poderia ser facilmente esquecida pelo fato de que Naomi não se importava tanto com Bruce, o Segundo. Mas, o problema é mais profundo do que se aparenta e colocará em risco o futuro da amizade entre Naomi & Ely. Ao longo da narrativa é possível acompanhar o pensamento de Naomi sobre a traição, sobre os seus sentimentos conflituosos em relação a Ely e as diversas tentativas de ajudar sua mãe a superar a depressão; enquanto isso, vemos as inseguranças de Ely ao tentar engatar em um relacionamento sério com Bruce, o Segundo — Ely sempre foi o típico cara que gostava de brincar com o coração de outros garotos, de forma que se envolver de uma forma tão séria com alguém é uma verdadeira novidade para ele —, e sobre sua briga com Naomi.
Além disso, a narrativa é complementada com a visão de outros personagens a respeito da grande briga entre os dois amigos: Bruce, o Primeiro (o vizinho de Naomi e Ely, e que é completamente apaixonado por Naomi), Robin (uma garota que veio de uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos), Robin (um estudante de cinema que sempre é visto no Starbucks próximo à faculdade), Kelly (a irmã do Bruce, o Primeiro), Bruce, o Segundo e Gabriel (o porteiro gato do prédio onde Naomi e Ely moram).
“É uma grande mentira dizer que só existe uma pessoa com quem se vai ficar pelo resto da vida. Se tiver sorte — e se esforçar bastante —, sempre haverá mais de uma.”
Em um primeiro momento sei que a narrativa pode parecer um pouco confusa, ainda mais com vários personagens que tem nomes iguais, mas ao decorrer da leitura você acaba se acostumando com isso, sem contar que o David Levithan e a Rachel Cohn tiveram um grande cuidado para construir a narrativa de acordo com cada personagem, por exemplo, os capítulos narrados por Naomi são repletos de emojis que substituem palavras (achei um recurso criativo, mas não gostei tanto e em algumas vezes demorei para decifrar o significado dos emojis). Além disso, essa variedade de personagens falando sobre um mesmo ponto de vista enriqueceu a história.
"Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo" foi uma leitura que me divertiu do início até o fim, e apesar de apresentar diversos clichês e alguns dramas, o livro inovou ao retratar a amizade entre Naomi e Ely (numa grande maioria das narrativas os melhores amigos percebem que sempre foram apaixonados um pelo outro e ficam juntos, algo que não ocorreu neste livro). Além disso, acabou fazendo uma belíssima e profunda reflexão a respeito da amizade. Então, se você está a procura de uma leitura divertida, rápida e repleta de clichês, "Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo" pode ser a alternativa perfeita!
Comprar: Amazon
Por mais que eu tente eu não consigo resistir a uma leitura cheia de clichês e alguns dramas adolescentes, de forma que acabei apaixonando por "Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo", do David Levithan e Rachel Cohn. Eu já tinha assistido ao filme (por sinal ele se encontra no catálogo da Netflix, caso alguém se interesse), então foi bem interessante ler o livro e depois fazer uma análise de como a adaptação foi feita. Espero que vocês gostem da resenha, e que se encantem pelo livro da forma que eu me encantei.
"A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não-beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não-beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática."
Naomi & Ely são melhores amigos, como unha e carne; um complementa o outro, basicamente. Os dois moram no mesmo prédio e são vizinhos de apartamento, frequentaram a mesma escola e agora estão na mesma faculdade, e durante as horas vagas vão aos inúmeros Starbucks espalhados pela cidade de Nova York. Nada parece ser capaz de separá-los, nem mesmo o problema envolvendo suas famílias: uma das mães de Ely teve um caso com o pai de Naomi; as mães de Ely continuaram juntas e conseguiram superar essa crise, enquanto o pai de Naomi saiu de casa a deixando com sua mãe.
Contudo, as coisas não são perfeitas no mundo de Naomi & Ely. Ela é uma garota bonita, que atrai muitos olhares e é desejada por muitos caras, exceto por um: Ely, que é gay. Isso não chega a ser um grande problema, exceto pelo fato de que Naomi é apaixonada por seu melhor amigo. Como forma de preservar a amizade, eles criaram a Lista do Não Beijo, que é basicamente uma lista com caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. Porém, a inabalável amizade entre os dois se vê ameaçada após Ely beijar Bruce, o Segundo, o namorado de Naomi.
"Sei que deveria ir embora. Simplesmente ir. Porque existe um momento em que um erro se transforma em um grande erro, e provavelmente seria melhor que eu recuperasse os sentidos antes que isso aconteça."
Essa traição poderia ser facilmente esquecida pelo fato de que Naomi não se importava tanto com Bruce, o Segundo. Mas, o problema é mais profundo do que se aparenta e colocará em risco o futuro da amizade entre Naomi & Ely. Ao longo da narrativa é possível acompanhar o pensamento de Naomi sobre a traição, sobre os seus sentimentos conflituosos em relação a Ely e as diversas tentativas de ajudar sua mãe a superar a depressão; enquanto isso, vemos as inseguranças de Ely ao tentar engatar em um relacionamento sério com Bruce, o Segundo — Ely sempre foi o típico cara que gostava de brincar com o coração de outros garotos, de forma que se envolver de uma forma tão séria com alguém é uma verdadeira novidade para ele —, e sobre sua briga com Naomi.
Além disso, a narrativa é complementada com a visão de outros personagens a respeito da grande briga entre os dois amigos: Bruce, o Primeiro (o vizinho de Naomi e Ely, e que é completamente apaixonado por Naomi), Robin (uma garota que veio de uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos), Robin (um estudante de cinema que sempre é visto no Starbucks próximo à faculdade), Kelly (a irmã do Bruce, o Primeiro), Bruce, o Segundo e Gabriel (o porteiro gato do prédio onde Naomi e Ely moram).
“É uma grande mentira dizer que só existe uma pessoa com quem se vai ficar pelo resto da vida. Se tiver sorte — e se esforçar bastante —, sempre haverá mais de uma.”
Em um primeiro momento sei que a narrativa pode parecer um pouco confusa, ainda mais com vários personagens que tem nomes iguais, mas ao decorrer da leitura você acaba se acostumando com isso, sem contar que o David Levithan e a Rachel Cohn tiveram um grande cuidado para construir a narrativa de acordo com cada personagem, por exemplo, os capítulos narrados por Naomi são repletos de emojis que substituem palavras (achei um recurso criativo, mas não gostei tanto e em algumas vezes demorei para decifrar o significado dos emojis). Além disso, essa variedade de personagens falando sobre um mesmo ponto de vista enriqueceu a história.
"Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo" foi uma leitura que me divertiu do início até o fim, e apesar de apresentar diversos clichês e alguns dramas, o livro inovou ao retratar a amizade entre Naomi e Ely (numa grande maioria das narrativas os melhores amigos percebem que sempre foram apaixonados um pelo outro e ficam juntos, algo que não ocorreu neste livro). Além disso, acabou fazendo uma belíssima e profunda reflexão a respeito da amizade. Então, se você está a procura de uma leitura divertida, rápida e repleta de clichês, "Naomi & Ely e a Lista do Não-Beijo" pode ser a alternativa perfeita!
11 comentários
Sabe que apesar de ter me divertido com o filme não fiquei super afim de ler o livro. Para falar a verdade nem sábio do livro quando vi o filme. Mas lendo sua resenha ele parece bem melhor que o filme (Como quase sempre acontece).
ResponderExcluirBeijos
Oiii flor, tudo bem??
ResponderExcluirEu vi o filme mas não me empolguei tanto assim para ler o livro. =/
Apesar do autor ser o David Levithan e eu amei a escrita dele em Todo dia, não acho que darei uma chance a esse livro tão cedo.
Eu sempre curti livros adolescentes, mesmo depois da adolescência e agora que me tornei mãe fico lendo pensando na minha filha e até guardando para servir como um conselho para ela caso em alguma situação ela não converse comigo. Esse livro parece muito massa,amei a resenha.
ResponderExcluirOlá! Romances não fazem muito meu gênero de leitura, mas acedito que seja um bom livro para as pessoas que gostam. Gostei da resenha!
ResponderExcluirAbraços!!
Hey
ResponderExcluirEu achei a capa super fofa, mas não gosto de leitura adolescente, só de série e filme haha
Gosto mais de livros que fogem da realidade, sabe ?!
Porém para o público que curte esse tipo de leitura realmente o enredo é bem interessante e mostra alguns dramas adolescentes que prende a leitura !
Bjs
Nossa, Bruna, apesar de você ter dito que não resiste a "uma leitura cheia de clichês e alguns dramas adolescentes", a sinopse do livro pareceu-me fugir bastante dos clichês mais básicos. Afinal, não é comum colocar a "mocinha" da história apaixonada por um "mocinho" gay. Só isso já subverte um pouco a noção mais básica do clichê de romances adolescentes (quase sempre a mocinha que (aparentemente) não quer nada com o mocinho conquistador, meio Don Juan, fazendo com que o mocinho a enxergue diferente, se apaixone por ela e se empenhe em verdadeiramente conquistá-la).
ResponderExcluirFiquei pensando que com essa história, daria para escrever uma variação grande de histórias, a depender do autor (dramática, com Caio Fernando Abreu, pornomística com Hilda Hilst, bem depravada -- com direito a triângulo amoroso -- com Anaïs Nin, etc.).
teofilotostes.wordpress.com
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu já tive esse livro, confesso que inicialmente comprei ele
Pela capa. Fiquei apaixonado quando vi. Imagina que somente depois li sobre o que é a história.
Acontece que quando comecei a ler realmente estanhei toda essa confusão com os emoticons e deixei a leitura dela. Acabei não dando uma chance para ler o livro todo. Passei adiante.
Mas lendo sua resenha agora depois de tanto tempo senti vontade de pegar pra ler novamente.
Di ~ Vida & Letras
www.vidaeletras.com.br
Ooi, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro mas adorei a criatividade da capa. Amei sua resenha, adoro conhecer novos livros"
Na verdade JÁ li muitos romances porém no momento não tenho tanto tempo para tal.
ResponderExcluirwww.robsondemorais.blogspot.com.br
Olá Bruna, achei vacilo do Ely com Naomi, como não bastasse o q ocorreu entra a família do dois ele ainda fez... Livro parece ser bacana de ler, ainda mais quando quebra certos paradigmas da sociedade.
ResponderExcluirBjo!
Oi Bruna, tudo bem?
ResponderExcluirPrimeiro eu vi o filme e depois fui correndo ler o livro, e também adorei os dois. Apesar de ser uma narração mais adolescentes, com conflitos um tanto "bobos", eu compreendo a Naomi e tudo que ela "achava". Da mesma forma que compreendo o Ely e seu pensamento. É uma leitura muito leve de fazer. Adorei ler sua resenha e lembrar deles.
beijos!