Resenha: O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares

TĂ­tulo: O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares
Autor(a): Ransom Riggs
Editora: LeYa
NĂșmero de pĂĄginas: 336
Classificação: 4/5

O meu contato com esse livro veio antes do lançamento do filme aos cinemas, quando me deparei com "O Orfanato da Srta. Peregrine e as Crianças Peculiares" nas livrarias o que me chamou atenção foram as imagens que ilustravam o livro. Achei algumas um pouco estranhas, outras meio chocantes, mas um fato era certo: elas aguçaram a minha curiosidade, não conseguia parar de pensar qual era a ligação entre essas figuras e a história contada do livro. Mas somente após ver ao filme que eu decidi ler o livro, me arrependo um pouco por ter demorado tanto jå que foi uma leitura bem gostosa.
"MilhĂ”es de cĂłpias vendidas em todo o mundo! Traduzido para mais de 40 idiomas! Eleito uma das 100 obras mais importantes da literatura jovem de todos os tempos Tudo estĂĄ Ă  espera para ser descoberto em "O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A histĂłria começa com uma tragĂ©dia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada atĂ© uma ilha remota na costa do PaĂ­s de Gales, onde descobre as ruĂ­nas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato sĂŁo muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossĂ­vel que possa parecer - ainda podem estar vivas. “Mesmo sem as fotos, esta seria uma histĂłria emocionante, mas as imagens dĂŁo um irresistĂ­vel toque de mistĂ©rio. A narração em primeira pessoa Ă© autĂȘntica, engraçada e comovente. Estou ansioso para o prĂłximo volume da sĂ©rie!” RICK RIORDAN, autor da sĂ©rie Percy Jackson e Os Olimpianos. “Um romance tenso, comovente e maravilhosamente estranho. As fotos e o texto funcionam brilhantemente juntos para criar uma histĂłria inesquecĂ­vel.” JOHN GREEN, autor de A culpa Ă© das estrelas. “VocĂȘs tĂȘm certeza de que nĂŁo fui eu quem escreveu esse livro? Parece algo que eu teria feito...” TIM BURTON"
Jacob (Jake) Portman pode ser considerado como um adolescente normal que leva uma vida bastante comum junto de seus pais no interior da FlĂłrida. Ele nĂŁo tem muitos amigos na sua escola, e trabalha na rede de farmĂĄcia  de sua famĂ­lia apesar de todos seus esforços para ser demitido uma vez que detesta o seu serviço. E seu pai Ă© um estudioso amador de aves que tenta publicar um livro sobre esse assunto, mas vive fracassando com essa tarefa.

Um dia durante o seu trabalho ele Ă© surpreendido por uma ligação inesperada de seu avĂŽ paterno: Abraham "Abe" Portman. Devido Ă  velhice ele vem sofrendo de demĂȘncia, alucinaçÔes e acredita ser capaz de ver monstros. Preocupado, Jake revolve ir ver como ele estĂĄ, garantir que tudo estava bem e que nada passava de uma alucinação. Contudo, ao chegar lĂĄ ele se depara com uma situação bastante preocupante. A casa de seu avĂŽ parece ter sido invadida e Jake o encontra no bosque Ă  beira da morte. 

O falecimento de seu avĂŽ foi um grande choque para Jacob. Primeiro, foram circunstĂąncias bastante suspeitas e mesmo com a polĂ­cia alegando que foram cachorros de rua que o atacaram essa explicação nĂŁo o convence. Segundo, ele tinha uma forte ligação com seu avĂŽ. Ele cresceu escutando as histĂłrias de Abe sobre a Ă©poca em que ele passou em uma ilha no paĂ­s de Gales — Cairnholm — durante a Segunda Guerra Mundial. Eram histĂłrias sobre crianças peculiares que viviam em um orfanato junto dele e de monstros que as caçavam, era um lugar encantado.
"Quando eu era pequeno, as histĂłrias fantĂĄsticas do vovĂŽ Portman significavam que era possĂ­vel viver uma vida mĂĄgica. E, mesmo depois que parei de acreditar nele, ainda havia algo mĂĄgico sobre meu avĂŽ: ter superado todos os horrores que ele superou, ter visto o pior da humanidade e ter a vida desfigurada por causa disso, e sair de toda essa situação como a pessoa honrada e boa e corajosa que eu sabia que ele tinha sido — isso era mĂĄgico."
Como forma de tentar superar isso, Jake viaja junto de seu pai para Cairnholm, imaginando que se conhecer o local onde seu avĂŽ viveu iria conseguir se ajudar. Mas, ao chegar Ă  ilha ele se depara com destroços do orfanato — ele fora atingindo por uma bomba durante a Segunda Guerra Mundial — e fica claro que aquela viagem fora um grande erro, afinal de contas fazia muitos anos e era improvĂĄvel que as crianças que tinham convivido com Abe ainda estivessem vivas.

Fica claro que toda a viagem foi um grande erro. O orfanato jĂĄ nĂŁo existe mais e as pessoas de lĂĄ morreram, Ă© como se todo o sentido daquilo tivesse acabado, ele nĂŁo tinha mais nada para fazer na ilha. Contudo, o que Jacob nĂŁo imaginava era que tanto o orfanato quanto as crianças ainda existiam atravĂ©s de uma fenda no tempo, onde todos os dias sĂŁo iguais aos outros. Inicialmente ele tem um grande choque e demora para processar e acreditar  em todas as informaçÔes que sĂŁo lhe contadas, e Ă© assim que a aventura de sua vida começa.
“Eu costumava sonhar em fugir da minha vida comum, mas minha vida nunca havia sido comum. Simplesmente nĂŁo conseguira notar como ela era extraordinĂĄria.”
A escrita de Ransom Riggs é de fåcil interpretação o que facilita a leitura, mas durante os primeiros capítulos do livro senti falta de um pouco de ação, achei que em algumas partes a leitura foi um pouco arrastada. A leitura se tornou mais dinùmica no momento em que Jacob chega à ilha, ele começa a desvendar os segredos do orfanato e dos peculiares, e com isso muitas aventuras vão acontecendo.

Um recurso que eu gostei no livro foram as fotografias, acho que isso ajudou muito na hora de imaginar como eram os peculiares. Trouxe um ar de veracidade a história. Foi algo bem enriquecedor, além de ser um fator que desperta muita atenção e curiosidade.

Resenha: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada

 TĂ­tulo: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Autor(a): J.K. Rowling
Editora: Rocco
NĂșmero de pĂĄginas: 352
Classificação: 3/5

Quando era criança, um dos livros que me influenciou a ter o gosto pela leitura foi a saga de Harry Potter, de forma que tenho um grande amor por essa história e sou uma potterhead (esse termo é usado pelos fãs de Harry Potter). Ao descobrir que a J.K. Rowling estava produzindo uma peça de teatro mostrando a nova geração fiquei bastante animada, escutei algumas críticas negativas a respeito da peça e mesmo assim resolvi comprar o livo. Foi algo diferente de tudo o que eu jå tinha lido, mas ao contrårio de algumas pessoas eu acabei gostando. Foi um diferente bom.
"Sempre foi difĂ­cil ser Harry Potter e nĂŁo Ă© mais fĂĄcil agora que ele Ă© um sobrecarregado funcionĂĄrio do MinistĂ©rio da Magia, marido e pai de trĂȘs crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trĂĄs, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de famĂ­lia que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incĂŽmoda verdade: Ă s vezes as trevas vĂȘm de lugares inesperados.
Ansiosamente aguardado por milhÔes de fãs, o oitavo livro da saga de maior sucesso de todos os tempos chega às livrarias de todo o Brasil no dia 31 de outubro, em ediçÔes brochura e capa dura. Harry Potter e a criança amaldiçoada é a edição impressa do roteiro de ensaio da peça escrita por J.K. Rowling em parceria com Jack Thorne e John Tiffany, que estå em cartaz em Londres e se passa 19 anos após os acontecimentos narrados em Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Ponto forte: A oitava histĂłria, dezenove anos depois. Franquia de maior sucesso do mercado editorial mundial. Prateleira: Para novos e antigos fĂŁs de Harry Potter e leitores de fantasia em geral."
A história do livro começa 19 anos depois da grande Batalha de Hogwarts, desde esse tempo a cicatriz do Harry Potter nunca mais doeu. Em tese tudo estava bem, ele não precisou enfrentar outra ameaça perigosa como a de Voldemort, mas o seu trabalho no Ministério da Magia é bastante complicado, e como se isso não fosse o bastante ele ainda tem de lidar com a dificuldade de tentar ser um bom pai para os seus filhos: James Sirius, Albus Severus e Lily Luna.

Por ser o filho do meio Albus Ă© o que se sente menos parecido com seus pais, ainda mais apĂłs ser selecionado para entrar na Slytherin durante a seleção das casas. Como se nĂŁo bastasse as piadinhas que aguentava de seu irmĂŁo em casa tambĂ©m teve de lidar com o comentĂĄrio de outros alunos em Hogwarts, sem contar no afastamento de sua prima Rose Weasley. Diferentemente de seu pai ele nĂŁo tem muitos amigos na escola de magia e bruxaria e muito menos se destaca em algumas matĂ©rias, o seu Ășnico e melhor amigo Ă© Scorpius Malfoy,  e juntos eles se ajudam em vĂĄrias questĂ”es da vida.
"Scorpius: Achou realmente que ela viria para nĂłs? Os Potters nĂŁo pertencem Ă  Sonserina.
Albus: Este aqui sim.
Eu nĂŁo escolhi, entenderam? NĂŁo escolhi ser filho dele."
As coisas não andam sendo nada fåceis para Albus na escola e em sua casa, o que gera atritos na relação com o seu pai. Harry não sabe como agir para poder ajudå-lo. A relação entre pai e filho vai se desgastando. E a cicatriz voltou a doer, de modo que Harry se torna super protetor com o seu filho temendo pelo bem dele, o que acaba gerando algumas discussÔes e desentendimentos.

E a situação apenas piora quando Albus junto de Scorpius roubam um vira-tempo para voltarem ao passado e impedirem Cedrico Diggory de ser morto, e no fundo é uma tentativa de Albus agir de modo corajoso como o seu pai que precisou enfrentar.
"Albus: VocĂȘ teve medo por mim?
Harry: Sim.
Albus: Pensei que Harry Potter nĂŁo tivesse medo de nada.
Harry: É assim que eu o faço sentir?
Albus: Acho que Scorpius nĂŁo contou, mas, quando voltamos, depois de nĂŁo conseguir completar a primeira tarefa, de repente eu era da GrifinĂłria, e nada era melhor entre nĂłs por causa disso... entĂŁo o fato de que sou da Sonserina... nĂŁo Ă© esse o motivo para nossos problemas. NĂŁo Ă© sĂł isso."
Por se tratar de uma peça de teatro a leitura é bastante råpida, em uma questão de duas horas jå havia acabado o livro. Porém, admito sentir um pouco dos detalhes e das açÔes que tinham nos livros anteriores. Seria legar ver a descrição de alguns personagens ou dos ambientes, mas isso não é um erro do livro, são assim que funcionam os roteiros.
Elenco da peça Harry Potter and the Cursed Child.
De certo modo esse livro carrega em si um pouco de nostalgia mostrando personagens que os leitores tanto amam, como o Harry, Gina, Hermione, Rony, Draco, Minerva McGonagall e até mesmo o Snape... eles mudaram em comparação do que conhecíamos deles, agora estão mais maduros. Não considero esse livro como uma continuação dos anteriores, pois em parte a história me lembrou muito a uma fanfic com todo esse lance de voltar no tempo e do plot twist surpreendente, mas isso não significa que seja ruim.

Um dos maiores acertos desse filme foi o Scorpius Malfoy. O personagem é tão apaixonante que då vontade de abraçar e não largar mais. Ele faz comentårios engraçados, é uma pessoa simpåtica e eu me diverti muito com ele correndo atrås da Rose Weasley. Também gostei da relação entre ele e o Draco, que parece estar preocupado com o bem-estar de seu filho e apenas quer o ver feliz, mesmo que isso implique em ser amigo de um Potter.

Esse livro nĂŁo pode ser comparado com os anteriores da saga de Harry Potter. Esse livro foi algo diferente, inovador e bom. Parece ser uma fanfic? Sim, mas isso nĂŁo significa que seja de todo ruim como algumas pessoas apontaram. O livro tem lĂĄ os seus pontos positivos, e no fim acaba sendo uma leitura bastante agradĂĄvel.

Um filme que todos estavam esperando: Doutor Estranho

Me tornei fã dos filmes da Marvel hå alguns anos atrås, de modo que "Doutor Estranho" era um filme que estava esperando ansiosamente, que estava na lista dos filmes que queria ver em 2016. E mesmo tendo estreado a pouco tempo vem recebendo boas críticas, o que aumentou a minha animação para o assistir. Sem contar que um dos meus atores favoritos (meu mozão Benedict Cumberbatch) estava no elenco do filme.
"Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) leva uma vida bem sucedida como neurocirurgião. Sua vida muda completamente quando sofre um acidente de carro e fica com as mãos debilitadas. Devido a falhas da medicina tradicional, ele parte para um lugar inesperado em busca de cura e esperança, um misterioso enclave chamado Kamar-Taj, localizado em Katmandu. Lå descobre que o local não é apenas um centro medicinal, mas também a linha de frente contra forças malignas místicas que desejam destruir nossa realidade. Ele passa a treinar e adquire poderes mågicos, mas precisa decidir se vai voltar para sua vida comum ou defender o mundo."
O filme começa mostrando a vida de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), um renomado neurocirurgião que aparenta ter um futuro bastante promissor, mas toda sua vida muda radicalmente em um piscar de olhos graças a um terrível acidente de carro que Stephen acaba sofrendo. Ele passa muito tempo no hospital se recuperando e buscando uma cura para a tremedeira em sua mão, o que o impede de voltar a trabalhar.

Desesperado para encontrar uma solução para seu problema ele se submete a diversas cirurgias e gasta boa parte do seu dinheiro, mas nada tem o resultado esperado ou os médicos preferem não se arriscar uma vez que seu caso é considerado como perdido. Isso o deixa angustiado, afinal de contas o seu trabalho é a sua vida.
E em busca de uma cura, Stephen viaja para um lugar onde podem resolver a tremedeira de sua mĂŁo. Ele Ă© apresentado para a AnciĂŁ (Tilda Swinton), que o explica sobre e energia que flui, e sobre poderes mĂ­sticos. Inicialmente ele reage com arrogĂąncia, acredita que tudo nĂŁo passa de um papo furado, de falsas promessas, jĂĄ que acredita que na ciĂȘncia Ă© onde se encontram as respostas para todas as coisas e que tudo Ă© explicada por ela.
"Stephen Strange... Quer um concelho? Esqueça tudo o que vocĂȘ acha que sabe."
No inĂ­cio a arrogĂąncia e o grande ego de Strange o atrapalham, mas depois que vai deixando essas duas de lado e expandindo sua mente, acreditando em coisas que antes nĂŁo seria capaz de imaginar que existiam. Seus poderes vĂŁo se tornando mais fortes, ele se mostra bastante habilidoso na magia mĂ­stica, e a sua sede pelo conhecimento nĂŁo para de crescer. O que ele conhece nĂŁo Ă© o bastante, ele quer aprender mais como as coisas funcionam.
Inicialmente, o seu objetivo era encontrar uma cura para sua mĂŁo, mas graças ao seu grande poder e habilidade ele se vĂȘ em meio de um conflito que estĂĄ colocando em risco a vida na Terra. Dessa forma, Stephen Strange acaba indo Ă  luta, mesmo que originalmente aquele nĂŁo fosse o seu plano.

Tinha colocado muitas expectativas no filme do "Doutor Estranho", e devo dizer que o filme as superou! Como sempre a atuação do Benedict Cumberbatch estava impecåvel, foi possível ver o modo arrogante que o personagem tinha no início do filme, e foi tocante o momento em que ele se mostrou debilitado tentando concertar suas mãos e o modo que acabou largando tudo para conseguir isso. Houve uma transformação do personagem em todo esse processo.

A quĂ­mica entre Christine Palmer (Rachel McAdams) e Stephen Strange estava boa, gostei da interação entre os dois personagens. E como o diretor, Scott Derrickson, falou sobre a personagem: “Ela salva duas vidas, contrasta moralmente o protagonista e experimenta a magia em primeira mĂŁo. Ah, e ela nĂŁo Ă© namorada de ninguĂ©m”, ela Ă© uma mulher grandiosa, muito mais do que uma "namorada inĂștil" de um super-herĂłi.

Outra coisa que eu adorei no filme foram os efeitos especiais que foram incríveis! Tem cenas que a realidade aparece como se estivesse dentro de um caleidoscópio, cheio de cores e movimentos. São cenas bem psicodélicas, e isso enriquece bastante ao filme.
  Ficha TĂ©cnica

  • TĂ­tulo: Doutor Estranho.
  • GĂȘnero: Ação, Fantasia.
  • Direção: Scott Derrickson.
  • Duração: 1h55min.
  • Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Tilda Swinton, Rachel McAdams, Mads Mikkelsen, Scott Adkins, Amy Landecker, Benedict Wong, Michael Stuhlbarg, Benjamin Bratt e Chris Hemsworth.

Curiosidades:

  • Benedict Cumberbatch fez um programa de voluntariado em um Centro Budista na Índia, onde lecionou inglĂȘs. Ele credita a esse trabalho boa parte de sua preparação para o papel.
  • Embora este seja o primeiro filme-solo do personagem, ele jĂĄ havia sido citado em outras oportunidades no universo cinematogrĂĄfico da Marvel, nos filmes: Thor (2011); Thor: O Mundo Sombrio; CapitĂŁo AmĂ©rica 2: O Soldado Invernal.
  • Benedict Cumberbatch teve de largar o papel devido Ă  conflito de agendas. Ele foi reincorporado ao elenco quando o longa foi adiado de julho/2016 para novembro do mesmo ano.
  • O diretor de fotografia Ben Davis revelou que a animação Fantasia (1940), da Disney, foi uma fonte de inspiração para o visual do longa.
  • O ator Benedict Cumberbatch revelou que o que mais o atraiu no personagem e no roteiro do longa foi o carĂĄter espiritual da histĂłria.

Resenha: Alucinadamente Feliz — Um livro engraçado sobre coisas horrĂ­veis

TĂ­tulo: Alucinadamente Feliz — Um livro engraçado sobre coisas horrĂ­veis
Autor(a): Jenny Lawson
Editora: IntrĂ­nseca
NĂșmero de pĂĄginas: 352
Classificação: 5/5

Um guaxinim sorridente e que brilha. Isso Ă© algo que, definitivamente, chama a atenção das pessoas. Foi assim que "Alucinadamente Feliz — Um livro engraçado sobre coisas horrĂ­veis" despertou o meu interesse em meio aos vĂĄrios livros que se encontra na Leitura. E como se isso nĂŁo fosse o bastante, tive a oportunidade de ler a resenha que minha amiga Laura escreveu sobre ele em seu blog, o Nostalgia Cinza. As combinação desses fatores fizeram com que eu desenvolvesse um encanto por esse livro, de forma que me senti na obrigação de comprĂĄ-lo e me arrisco a dizer que foi um dos melhores livros que li nesse ano de 2016.
"Jenny Lawson estĂĄ longe de ser uma pessoa comum. Ela mesma se considera colecionadora de transtornos mentais, jĂĄ que Ă© uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressĂŁo clĂ­nica moderada, distĂșrbio de automutilação brando, transtorno de personalidade esquiva e um ocasional transtorno de despersonalização, alĂ©m de tricotilomania (que Ă© a compulsĂŁo de arrancar os cabelos). Por essa perspectiva, sua vida pode parecer um fardo insustentĂĄvel. Mas nĂŁo Ă©.
ApĂłs receber a notĂ­cia da morte prematura de mais um amigo, Jenny decide nĂŁo se deixar levar pela depressĂŁo e revidar com intensidade, lutando para ser alucinadamente feliz. Mesmo ciente de que Ă s vezes pode acabar uma semana inteira sem energia para levantar da cama, ela resolve que criarĂĄ para si o maior nĂșmero possĂ­vel de experiĂȘncias hilĂĄrias e ridĂ­culas a fim de encontrar o caminho de volta Ă  sanidade.
É por meio das situaçÔes mais inusitadas que a autora consegue encarar seus transtornos de forma direta e franca, levando o leitor a refletir sobre como a sociedade lida com os distĂșrbios mentais e aqueles que sofrem deles, sem nunca perder o senso de humor. Jenny parte do princĂ­pio de que ninguĂ©m deveria ter vergonha de assumir uma crise de ansiedade, ninguĂ©m deveria menosprezar o sofrimento alheio por ele ser psicolĂłgico, e nĂŁo fĂ­sico. Ao contrĂĄrio, Ă© justamente por abraçar esse lado mais sombrio da vida que se torna possĂ­vel experimentar, com igual intensidade, nĂŁo sĂł a dor, mas a alegria."
O livro contra a histĂłria de Jenny Lawson, uma jornalista americana, escritora e blogueira (para quem tiver interesse de conhecer esse Ă© o blog dela: The Bloggess), e com uma boa dose de humor e exagero ela conta como Ă© conviver com a depressĂŁo e outros transtornos mentais. É como o prĂłprio tĂ­tulo diz: um livro engraçado sobre coisas horrĂ­veis.
"De acordo com muitos psiquiatras que visitei nas Ășltimas dĂ©cadas, sou uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressĂŁo clĂ­nica moderada e distĂșrbio de automutilação brando proveniente de um transtorno do controle de impulsos."
Logo no inĂ­cio o leitor se depara com um aviso, uma insistĂȘncia. de que se pare de lĂȘ-lo agora mesmo, mas se vocĂȘ ainda persistir deve saber que estĂĄ junto da Jenny, ou como ela diz, vocĂȘ tem em suas mĂŁos a cabeça dela decepada. E Ă© dessa forma divertida e com analogias nada convencionais que a autora começa a contar sobre sua vida, sobre como foi a aceitar que tinha a depressĂŁo e o seu modo de viver alucinadamente feliz.

AtravĂ©s desse modo de vida, Jenny passou a dizer sim para qualquer tipo de ideia ridĂ­cula. Ela pulou em fontes em que ninguĂ©m deveria entrar, pegou a estrada sem planejar nada, perseguiu tornados, vestiu um lobo para ir Ă  estrĂ©ia local de CrepĂșsculo e atĂ© mesmo jĂĄ convidou uma horda de cangurus para ir Ă  sua casa sem seu marido saber. Era como se ela estivesse enlouquecendo, mas mesmo assim fazer todas essas loucuras foram uma das melhores coisas que poderia ter acontecido a ela. Afinal de contas, Jenny ainda precisa conviver diariamente com sua depressĂŁo, ansiedade e transtorno mental, e todas essas boas lembranças servem como um incentivo para que ela tenha forças para se levantar da cama toda vez que tem um dia ruim, pois sabe que vai poder voltar a viver de modo alucinadamente feliz.
"Seja feliz na frente das pessoas que detestam vocĂȘ. Assim, elas saberĂŁo que nĂŁo a afetaram. AlĂ©m do mais, vĂŁo ficar putas da vida."
O resto da narrativa do livro segue com histĂłrias surpreendentes, que vĂŁo desde suas consultas a psiquiatras atĂ© as viagens que realiza, mas isso passando por seus distĂșrbios, o relacionamento com sua famĂ­lia e o seu gosto pela taxidermia. SĂŁo histĂłrias que fazem o autor chorar de tanto rir de tĂŁo engraçadas que sĂŁo, outras tem um tom mais reflexivo e algumas aproximam o leitor sobre as dificuldades de lidar com a depressĂŁo e outros transtornos.
"Não consigo explicar nem a mim mesma por que eu sou assim. Só sei que fui feita desse jeito... e talvez um dia alguém consiga abrir esta cabecinha e descobrir o que é que hå de errado lå dentro... e também o que hå de certo."
É bem interessante observar o relacionamento de Jenny com seu marido Victor. As discussĂ”es que eles tĂȘm nĂŁo sĂŁo nada usuais se comparadas com a de outros casais, afinal de contas nĂŁo Ă© qualquer marido que tenta convencer a esposa de nĂŁo colocar uma girafa empalhada dentro de casa, ou que se depara com a esposa tentando realizar um rodeio usando um gato e um guaxinim empalhado. Os dois acabam sendo um casal bem divertido.
"E, bem, talvez nĂŁo... mas acho que Ă© assim que o amor funciona. Às vezes significa limpar a sujeira que vocĂȘ nĂŁo fez, ou dirigir atĂ© o aeroporto trĂȘs vezes na mesma semana para pegar quem se ama, ou atĂ© ursos inesperados e possĂ­veis girafas de surpresa. É provĂĄvel que os Ășltimos exemplos nĂŁo sejam para a maioria das pessoas. PorĂ©m, no fim das contas, nĂŁo somos como a maioria."
O que eu mais gostei do livro foi a forma divertida que Jenny usou para abordar para tratar de suas doenças. Livros que abordam esses assuntos nĂŁo sĂŁo nenhuma novidade. Mas, com a sua dose exagerada de humor, Jenny conseguiu fazer algo totalmente diferente do que jĂĄ existia. É um livro incrĂ­vel, uma leitura incrĂ­vel, e acho que todas as pessoas deveriam tirar um tempinho de suas vidas para lĂȘ-lo.

E aqui estĂŁo os meus capĂ­tulos favoritos do livro:
1) Alucinadamente feliz. Perigosamente triste.
2) Tenho um distĂșrbio do sono que ou vai me matar ou vai matar outra pessoa.
3) Finja que Ă© boa nisso.
4) Por que eu deveria fazer mais se jĂĄ me saio tĂŁo bem nĂŁo fazendo nada?
5) O que eu digo Ă  minha psiquiatra versus o que eu quero dize.
6) OLHA ESSA GIRAFA.
7) O medo.
8) ApĂȘndice: uma entrevista com a autora.
9) Coalas tĂȘm clamĂ­dia.
10) VocĂȘ estĂĄ melhor do que Glileu. Porque ele esta morto.
11) O grande questionĂĄrio.
12) Poderia ser mais fĂĄcil, mas nĂŁo seria melhor.

Resenha: Salve-me

TĂ­tulo: Salve-Me
Autor(a): Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros
NĂșmero de pĂĄginas: 272
Classificação: 3/5

Ano passado eu descobri uma autora incrĂ­vel: a Rachel Gibson. Li o seu livro "Simplesmente IrresistĂ­vel" e me encantei com o seu modo de escrever. Ela consegue criar romances envolventes, com um certo drama familiar e com aquele toque de chick-lit, e nĂŁo se pode esquecer do tĂ­pico cenĂĄrio do Texas. Desde entĂŁo sempre procuro conseguir comprar algum livro dela, cada um consegue ser melhor do que o outro, e hoje eu venho trazer para vocĂȘs aqui do blog mais uma resenha dos livros da Rachel. Espero que vocĂȘs gostem, e se mais alguĂ©m aqui for fĂŁ da autora nĂŁo deixa de comentar aqui no blog, pois ela nĂŁo Ă© muito conhecida aqui no Brasil e eu gostaria de ter muito alguĂ©m com quem eu pudesse comentar sobre essas histĂłrias incrĂ­veis.
"A salvação de Sadie Hollowell e Vince Haven depende de muitos fatores. Ele voltou traumatizado da guerra ao terrorismo no Afeganistão e ela, aos 33 anos, acha ridículo ser convidada para ser dama de honra do casamento de uma prima no interior do Texas, onde nasceu. Ambos estão perdidos, à procura das raízes e de uma identidade que a vida foi esfacelando, e são atormentados por uma atração sexual violenta que demora muito a se transformar em amor e compromisso.
O que se oferece aos leitores é uma história tensa, em que preconceitos e hesitaçÔes lutam contra o amor, sem saber qual dos lados terå o triunfo final. Vale a pena ler e torcer por ele."
Sadie Hollowell — ou simplesmente Sadie Jo — estĂĄ de volta a sua cidade natal: Lovett, Texas. Ainda quando era jovem ela deixou sua cidade para trĂĄs com o objetivo de seguir o seu prĂłprio caminho longe das fofocas, mexericos e de seus familiares. Sadie Jo nunca teve um bom relacionamento com o seu pai, tudo começou com a morte de sua mĂŁe que ocasionou o afastamento entre pai e filha. Por algum tempo Sadie Jo atĂ© tentou se reaproximar de seu pai, mas nunca acabava sendo bem sucedida nessa tarefa jĂĄ que nĂŁo conseguia ser igual a sua mĂŁe e muito menos demonstrava o interesse pelo rancho e os animais que seu pai tanto amava.

Ela não pretendia voltar tão cedo para Lovett jå que estava com sua vida estabelecida, mas após receber o convite para ser madrinha do casamento de sua prima não hå outra alternativa além de aceitar, mesmo tendo o receio de que o seu passado pode voltar a atormentå-la no exato momento em que colocar os pés em sua cidadezinha. Não estava pronta para reencontrar o pai, seus outros familiares e alguns habitantes. E como se não bastasse todos os receios que jå estava tendo, Sadie Jo se depara com mais um quando encontra um homem parado na estrada que vai para Lovett, e mesmo parecendo uma ideia arriscada ela resolve ajudå-lo.
"A luz morna banhou o perfil do homem quando ele se moveu até ela. Era do tipo de cara que deixava Sadie desconfortåvel. Do tipo que veste couro e bebe cerveja amassando as latas vazias na testa."
O misterioso homem se trata de Vince Haven, um ex-Seal de 36 anos que lutou na Guerra do Afeganistão e que precisou se afastar depois de um ataque. Ele é atormentado por demÎnios de seu passado que estå tentando seguir com sua vida normalmente após o exército, o que não estå sendo uma tarefa muito fåcil levando em conta que chegou a se meter em algumas brigas. E Vince estå indo para Lovett para resolver um problema urgente com sua tia, apenas uma viagem råpida e passageira como a maioria das coisas de sua vida, principalmente, os seus relacionamentos jå que tudo não passa do sexo.

Sadie Jo deu uma ajuda para Vince que estava com o carro engraçado, e como uma maneira de retribuir a ajuda Vince nĂŁo pensou duas vezes salvando Sadie Jo durante o casamento, sendo a sua distração, uma espĂ©cie de paraĂ­so em meio a toda confusĂŁo de familiares e conhecidos questionando sobre o seu trabalho, a sua vida amorosa e o motivo por ainda estar solteira e sem nenhum planos para se casar algum dia — um grande absurdo aos olhos das velhas senhoras de Lovett.    
"Agora estava mais esperta para amar tão cegamente. Jå havia feito isso e não tinha interesse em homens emocionalmente indisponíveis. Homens como seu pai, que desligavam quando alguém chegava perto."
Era para que Vince fosse apenas um one night stand e nada mais, sĂł que a grande atração que um sente pelo outro impede que eles se mantenham afastados o que pode ser um grande problema para duas pessoas que aparentemente nĂŁo querem se comprometer a ninguĂ©m, pois querendo ou nĂŁo uma hora alguĂ©m acaba se apegando. E como se isso nĂŁo fosse o suficiente, Sadie Jo precisa lidar com os problemas relacionados ao seu pai e a complicada relação que eles possuem.  

O livro Ă© narrado em terceira pessoa, possui uma linda capa seguindo o mesmo padrĂŁo das outras obras da autora, publicados pela geração editorial. "Salve-me" segue os outros padrĂ”es das histĂłrias da Rachel Gibson, e para as pessoas que sĂŁo fĂŁs de romances ou que gostam do gĂȘnero chick-lit esse Ă© um livro que vale a pena comprar! Ele faz parte da sĂ©rie "Lovett, Texas", mas Ă© do tipo de sĂ©rie em que nĂŁo importa a ordem que vocĂȘ leia os livros, pois eles nĂŁo dependem um do outro.

Outros livros da série "Lovett, Texas":
1) Daisy EstĂĄ na Cidade
2) Maluca por VocĂȘ
3) Salve-me
4) Run To You
5) I Do!