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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Resenha: Muito Mais Que Uma Princesa

Título: Muito Mais Que Uma Princesa
Autor(a): Laura Lee Guhrke
Editora: Essência
Número de páginas: 341
Classificação: 5/5

Os leitores mais antigos do blog já devem ter se acostumado com as minhas resenhas de livros cujo gênero é romance de época, mas para os novos leitores que acompanham o blog isso é uma grande novidade. Sou uma grande fã dos romances de época, não posso ver um que já fico morrendo de vontade de comprar — nem sempre o dinheiro colabora. Sendo assim, decidi escrever a resenha de um dos meus livros favoritos: "Muito Mais Que Uma Princesa", da Laura Lee Guhrke. Li ele pela primeira vez aos 15 anos, e com foi uma ótima leitura me senti na obrigação de falar dele aqui no blog!
"Filha ilegítima de um príncipe e de uma famosa cortesã, Lucia viveu confinada em escolas e conventos durante a maior parte da vida. Mas, essas experiências não a impediram de provocar um escândalo depois do outro. Exasperado, o príncipe Cesare de Bolgheri decide que a filha deveria se casar o quanto antes. Para arranjar o casamento, Sir Ian Moore, o mais respeitado diplomata britânico, é chamado às pressas. De volta à Inglaterra, ele promete a si mesmo que achará um marido para Lucia, mas logo vê que sua experiência de diplomata talvez não seja suficiente para quebrar a resistência da moça. Apesar de não faltarem candidatos, nenhum está à altura do espírito e da paixão de Lucia. Trata-se de uma história que surpreende o leitor do início ao fim."
Lucia Valenti é a filha bastarda do príncipe italiano Cesare de Bolgheri, que nasceu de um relacionamento que ele teve com Francesca, uma cortesã. Por ser ilegítima e pela condição de sua mãe, Lucia sempre viveu escondida da sociedade. Frequentou muitos conventos, sempre arranjando algum tipo de confusão por onde passava — essa é a característica principal de sua personalidade. Rebelde à garota vivia quebrando as regras, fazendo o contrário do que se era esperado. O seu comportamento está longe do ideal do que se era esperado de uma dama, e aos vinte e dois anos de idade sua reputação estava bastante comprometido.

Depois de um recente escândalo, Cesare se vê obrigado a tomar uma medida para salvar o pouco que resta da reputação dela, e com isso recorre à ajuda de Sir Ian Moore. Ian é um honrado embaixador britânico, famoso por seu profissionalismo e sempre é chamado para resolver as mais complicadas missões diplomáticas. Ele não fica nada feliz em saber que terá de atuar como uma espécie de “casamenteira” para uma jovem italiana, extremamente rebelde e de má reputação. Como se isso não fosse o suficiente, também precisa seguir a grande lista de exigências do príncipe a respeito do homem que irá se casar com sua filha.
“Sem conseguir tirar os olhos daquela boca deliciosa, Ian pensava que nenhum homem que conhecesse aquela moça se importaria com os requisitos convencionais de beleza. As damas da sociedade iriam falar horrores a seu respeito, mas, para qualquer homem que não fosse cego, Lucia Valenti era o mais puro deleite.
Ian respirou fundo. Dava para entender por que o pai a tinha trancado num convento.”
O primeiro contato entre Lucia e Ian de longe teve sucesso. A jovem — que estava morando junto da mãe, após fugir da casa de seus primos — não queria mais alguém para mandar em sua vida, e a ideia de casar com alguém que não amasse não lhe agradava em nada. Mesmo após uma decepção amorosa que ocorrera no passado, Lucia ainda acreditava no amor verdadeiro e tinha o sonho de se casar com alguém que amasse, e não por obrigação.

Tanto Ian quanto Lucia estão dispostos a conseguir o que querem, e para isso ambos vão jogar um jogo que pode se tornar perigoso. Afinal de contas, quem brinca com fogo acaba se queimando em algum momento.
"Sinto muito mesmo. Mas eu não poderia escolher nenhum outro. Eu não aguentaria dar a qualquer outro homem o direito de me tocar da forma como você me tocou." 
Inicialmente o leitor pode não se simpatizar com Lucia e o seu comportamento, mas ao passar da leitura fica claro que ela é uma jovem que possui um grande coração e que sofre com a ausência do pai em sua vida. E pessoalmente eu adorei o seu comportamento libertino, foi algo bem a frente das mulheres de seu tempo e em alguns momentos achei a personagem meio atual para a época em que se passava a história.

O que dizer dessa leitura que continua me tirando o fôlego? Cada momento entre Ian e Lucia era o suficiente para me deixar com o coração pulsando, sem dúvida eles têm uma grande química. E o fato de se tratar de um romance proibido, já que ele não corresponde às expectativas do príncipe Cesare — Ian não é um nobre inglês, católico e suas terras estão longe de dar um grande lucro —, apimenta ainda mais a relação deles.

Para as pessoas que amam histórias de amor ou que gostam dos romances de época, a leitura do livro é obrigatória. Me apaixonei por “Muito Mais Que Uma Princesa” em 2012, e me apaixonei novamente quando o reli! Esse é um livro que conta uma emocionante história de amor.

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