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E ele almejava poder sentir essas todas essas sensações; se tratava de uma verdadeira necessidade. Precisava arrumar um modo de esquecê-la, nem mesmo que fosse por alguns minutos. Precisava de um remédio para aliviar toda dor, angústia e tristeza que estava sentindo. Maldição! Como o amor conseguia ser um sentimento tão bom, mas que deixava as pessoas tão machucadas? Uma verdadeira ambiguidade. Mesmo tendo passado tão pouco junto dela isso não diminua em nada a sua dor, pois tudo que passara ao lado dela fora tão real e intenso que tinha medo de não viver outro amor desses novamente.
Como qualquer pessoa ele também sonhava em viver um amor verdadeiro, um amor que o consumisse e o levasse a loucura. Mas, o que aconteceria se não encontrasse esse grande amor com o qual tanto sonhava? Ou se ela fosse o seu grande amor que não deu certo? E se ele estivesse destinado a viver sozinho? A possibilidade daquela última pergunta o assustava.
Às vezes, se arrependia de ter dado uma abertura para que ela entrasse em sua vida, pois agora tudo estaria mais tranquilo e ele não estaria sofrendo. Porém, em determinados momentos gostava de se apegar as poucas memórias que tinham compartilhando juntos. Naquela época tudo parecia ser tão real e intenso que ainda não conseguia acreditar que estava acabado.
Não sabia que horas iria voltar para casa, tinha passado boa parte da tarde sentado em um banco que ficava em uma praça localizada a duas quadras de sua casa, e sua única companhia era o seu violão. Normalmente, não gostava de se sentir solitário, preferia ficar junto de seus amigos, mas reconhecia que em alguns momentos a solidão era necessária e ele estava precisando de seu momento sozinho. Precisava entender quem ele era e qual era o rumo que queria para sua vida, também precisava aprender a lidar com seus demônios internos.
A medida que ia escurecendo o frio parecia aumentar, mas o seu corpo já estava se acostumando de maneira que não era mais um incomodo. Por viver na cidade grande não estava acostumado a ter uma visão de um céu estrelado igual ao que via quando viajava para o campo, de modo que quando avistou um pontinho pequeno brilhando lá no céu fez com que ele se animasse. Uma chama de esperança se ascendeu em seu coração, e já não estava se sentindo tão triste.
Enquanto possuísse a sua música não iria estar incompleto, afinal de contas tratava-se de uma de suas maiores paixões. Ela o completava, e enquanto tivesse um violão, sua voz, um pedaço de papel e caneta para compor suas músicas e cantar não iria precisar de mais nada em sua vida. Mais tarde até poderia encontrar alguma garota que o complementasse, e que também dividisse com ele uma de suas grandes paixões.
E enquanto essa garota não aparecesse em sua vida ele iria continuar vivendo normalmente, dia após dia, superando seus demônios e aprendendo a conviver com a ausência que sua ex-namorada fazia em sua vida. Finalmente tinha percebido — e aceitado — que não poderia esquecê-la por completo, apagá-la de sua vida como se nunca tivesse existido. Uma parte dele sempre iria se recordar dela e das boas lembranças que tinham do breve tempo em que permaneceram juntos, e essa parte iria diminuir até ser capaz de viver sem sofrer por ela. E algo em seu instinto dizia que ele iria amar novamente. Um amor épico, avassalador, intenso e capaz de virar sua vida de cabeça para baixo.
Oi flor amei seu blog e seu post,um beijo grande.
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