Autor(a): Tori Telfer
Editora: DarkSide
Número de páginas: 384
Classificação: 5/5
Para quem não me acompanha no blog, ou não me conhece, eu tenho uma grande fascinação em conhecer e estudar sobre crimes famosos que marcaram a história. Um exemplo disso, é que eu vivo assistindo os programas exibidos pelo Investigação Discovery. Sei que isso pode parecer um pouco mórbido, mas sinto uma grande fascinação ao entrar dentro da mente dos assassinos em séries e outros criminosos; gosto de aprender sobre o modus operandi de cara um e suas motivações. Então, quando eu ouvi falar sobre "Lady Killers: Assassinas em Série", novo lançamento da DarkSide, eu senti que precisava ler esse livro. "Lady Killers: Assassinas em Série" se tornou uma leitura obrigatória para mim.
"As mulheres mais letais da história em uma edição igualmente matadora.
Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam — então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as ideias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas?
Prepare-se para realizar mais uma investigação criminal ao lado da DarkSide® Books e sua divisão Crime Scene®. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais — perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz.
Inspirado na coluna homônima da escritora Tori Telfer no site Jezebel.com, Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê de histórias sobre assassinas em série e seus crimes ao longo dos últimos séculos, e o material perfeito para você mergulhar fundo em suas mentes. Com um texto informativo e espirituoso, a autora recapitula a vida de catorze mulheres com apetite para destruição, suas atrocidades e o legado de dor deixado por cada uma delas.
As histórias são narradas através de um necessário viés feminista. Telfer dispensa explicações preguiçosas e sexistas e disseca a complexidade da violência feminina e suas camadas. A autora também contesta os arquétipos — vovó gentil, mãe carinhosa, dama sensual, feiticeira traiçoeira, entre outros — e busca entender por que as mulheres foram reduzidas a definições tão superficiais".
Em seu livro, Tori Telfer começa discutindo sobre o termo "assassino em série". Sempre que escutamos essa palavra, pensamos, automaticamente, em um homem. Essa expressão evoca em nossa mente a figura de uma pessoa terrível, na maioria das vezes, um homem sociopata, que tem um distúrbio de caráter. É muito raro associar o termo "assassino em série" às mulheres, é como se elas fossem incapazes de matar, de cometer um crime. Porém, as mulheres são tão capazes de matar quanto os homens e,"Lady Killers: Assassinas em Séries" vai trazer à tona esta discussão.
Parece impossível pensar que as mulheres são capazes de planejar e executar crimes à sangue frio, e não sentir nenhum tipo de culpa ou remorso por seus atos. Esse tipo de coisa parece algo saído de um livro ou filme de ficção. Contudo, para acabar com esse esteriótipo criado, de que apenas os homens são capaz de cometer tamanha crueldade, a autora conta sobre a vida de 14 assassinas em séries notáveis que viveram entre os anos 1200 e 2000, afinal de contas a perves idade existe desde os primórdios dos tempo e não distingue gênero.
"Veneno: para sempre, a arma das mulheres. Infiltra-se facilmente no lar. É sutil, silencioso, limpo. Veneno não deixa sangue assoalho nem buracos nas paredes. Despejar um pouco de líquido incolor na sopa ou no vinho é a coisa mais simples do mundo. E quem, historicamente, fica em casa, cozinha a sopa e serve o vinho? Mulheres, é claro."
Erzsébet Báthorny, a Condessa Sanguinária; Nannie Doss, a vovó sorriso; Lizzie Halliday, a pior mulher da terra; Elizabeth Ridgeway, diabo na forma de uma santa; Raya e Sakina, víboras; Mary Ann Cotton, a mulher maldita; Darya Saltykova, a atormentadora; Anna Marie Hahn, iceberg Anna; Oum-El-Hassen, o rouxinol; Tillie Klimek, a suma sacerdotista; Alice Kyteler, a feiticeira de Kilkenny; Kate Bender, a bela degoladora; Susana Fazekas, as criadoras de anjos de Nagyrév; e Marie Madeleine Marguerite D'Aubray, a rainha dos envenenadores. Essas são as respectivas assassinas (e seus apelidos, como elas são conhecidas popularmente), que Telfer discute em seu livro.
A autora abordou sobre a vida de cada uma dessas mulheres, passando pela infância de cada uma (o contexto social em que viveram é importante, apesar de que não justifica nenhum desses crimes), juventude, seus crimes, o método que usavam para matar e seu julgamento. Além disso, a autora promove uma discussão a cerca da visão que as pessoas têm em relação as assassinas em série. Algumas dessas mulheres foram acusadas de bruxaria, de forma que suas vidas sexuais foram questionadas por muitas pessoas. E, atualmente, muitas dessas assassinas tem uma imagem sexualizada ou são consideradas fofinhas demais para serem assassinas.
"Uma das primeiras assassinas em série da história foi o tipo d garota que realmente colocou os s duplo em assassina — uma mulher marcada, sexualizada, e vampirizada desde os registros de seu julgamento em 1720".
"Lady Killers: Assassinas em Série" mostra que todas essas mulheres levavam uma vida comum, eram pessoas comuns: mães, esposas, avós, etc. Porém, nada disso as as impedia de torturar empregados, envenenar a comida do marido, de seus filhos ou de alguém que ameaçasse atrapalhar seus planos. O livro mostra que a maldade, a capacidade de cometer atrocidades, está presente no ser humano independente do gênero, da beleza, ou do status social.
"Lady Killers: Assassinas em Série" mostra que todas essas mulheres levavam uma vida comum, eram pessoas comuns: mães, esposas, avós, etc. Porém, nada disso as as impedia de torturar empregados, envenenar a comida do marido, de seus filhos ou de alguém que ameaçasse atrapalhar seus planos. O livro mostra que a maldade, a capacidade de cometer atrocidades, está presente no ser humano independente do gênero, da beleza, ou do status social.
E assim como todos os livros da DarkSide, "Lady Killers: Assassinas em Série" é maravilhoso em todos os sentidos, tanto em seu conteúdo (a pesquisa realizada por Tori Telfer é impressionante, assim como os detalhes acrescentados, que complementam a leitura) quanto em seu visual, uma vez que o livro é maravilhoso e repleto de ilustrações. E se você gosta de thrillers, de casos de investigação, "Lady Killers: Assassinas em Série" é uma leitura obrigatória que todo mundo deveria conhecer. A autora aproveita para quebrar esteriótipos em relação as assassinas e algumas histórias são macabras.
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