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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Resenha: Star Wars — A Armadilha do Paraíso (Trilogia Han Solo #1)

Título: Star Wars: A Armadilha do Paraíso (Trilogia Han Solo #1)
Autor(a): A. C. Crispin
Editora: Aleph
Número de páginas: 356
Classificação: 5/5

Nos anos de 2015 e 2016 eu comecei a desenvolver um grande interesse pelo universo de Star Wars, e durante esses dois anos procurei assistir os filmes que estavam lançando, os que já tinham lançado (fiz uma verdadeira maratona aqui em casa durante as férias). Também resolvi me aventurar lendo alguns livros e o escolhido foi "Star Wars: A Armadilha do Paraíso", da A. C. Crispin. Esse livro é o primeiro da trilogia Han Solo, e foi uma leitura que me deixou bastante empolgada!
"Depois de uma infância de maus tratos e abandono, o jovem Han Solo finalmente foge das garras de um grupo de contrabandistas para seguir seu sonho de se tornar um grande piloto. Mas a realidade de exploração e injustiça nem sempre é fácil de ser deixada para trás, e seu novo emprego em Ylesia, um retiro para peregrinos religiosos, revela não ser o paraíso que os sacerdotes anunciam. Han precisará de toda a sua malícia e a sua astúcia para sobreviver às armadilhas em seu caminho, sejam as de contrabandistas inescrupulosos ou as de falsos profetas e seus interesses escusos. Nesta clássica e aclamada trilogia, A. C. Crispin conta a história da origem de um dos mais cativantes personagens de STAR WARS, da infância de Han Solo a bordo de uma nave até o momento em que seu destino se cruza com o dos últimos Jedi da galáxia."
Ainda criança Han Solo foi resgatado das ruas Corellia pelo contrabandista Garris Shrike, ele leva o jovem Han para viver em sua nave, a Sorte do Mercador. Lá ele começa a aprender desde pequeno a como aplicar golpes e realizar alguma trambicagem, não lhe faltavam identidades falsas pra executar tais ações. Foi dessa maneira que Solo passou boa parte de sua infância e adolescência, a sua vida abordo da Sorte do Mercador não era boa, ele não queria passar o restante de sua vida aplicando golpes e ganhando créditos para Garris. Não, Han possuía objetivos maiores para sua vida e ciente de que sua habilidade como piloto é preciosa ele acaba bolando um plano para fugir da Sorte do Mercador.    

É uma decisão baste arriscada, afinal de contas Garris Shrike causava um grande terror ao ponto que todo temiam desafiá-lo. Apenas com a exceção de Han Solo. Para poder colocar o seu plano de fuga em ação, o rapaz contou com a ajuda de Dewlanna, uma velha Wookiee que sempre se importou e cuidou de Han. Era como se ele fosse um filho para ela.
"Solo não admitiria nem mesmo para si o quanto ele realmente temia e odiava o capitão da Sorte de Mercador. Tinha aprendido há muito tempo que demonstrar qualquer tipo de medo era garantia de uma surra rápida, ou coisa pior. A única coisa que os valentões e os idiotas respeitavam era a coragem: ou, pelo menos, bravatas. Então Han Solo tinha aprendido a nunca deixar que o medo emergisse em sua mente e coração."
Como era de se imaginar, escapar da Sorte do Mercador não foi uma tarefa fácil e o jovem Han teve de lidar com uma grande perda ao longo do caminho. Contudo, ele mantinha grandes esperanças de que poderia conseguir um futuro melhor para si: ir até Ylesia e conseguir um emprego como piloto, e conseguir dinheiro suficiente para bancar a sua inscrição como cadete na Academia Imperial.

Chegando em Ylesia, Han começa a trabalhar e utiliza de seu pseudônimo de Vykk Draygo. E com um tempo ele percebeu que aquele local não era tão bom como aparentava: uma substância ilegal é produzida e ele é responsável por transportá-la, e os peregrinos possuem um grande e vício com a Exultação. E como se todos esses problemas já não fossem o suficiente, Han Solo tem de aprender a lidar com seus fortes sentimentos em relação a Bria, uma das peregrinas de Ylesia.
"— E então eu cheguei aqui de novo — concluiu ele. — O resto... o resto você sabe. Querida — ele olhou para ela, sentindo a garganta se fechar —, este é o fim. não tenho para onde ir. Não consigo pensar em nada o que fazer além de usar nossos últimos créditos para tentar sair deste mundo. Então... poderemos trabalhar. Eu consigo um emprego de piloto, sei que consigo. — Suspirou e enterrou a cabeça nas mãos. — Meu bem... é culpa minha. Eu deveria ter previsto que os Hutts fariam uma varredura sistêmica geral com meus padrões de retina, e que isso revelaria todos os meus pseudônimos. Eu achei que tinha sido esperto, mas fui burro como uma porta. Ah, Bria... — grunhiu ele, e se virou para a namorada, abraçando-a e apoiando a cabeça no ombro dela. — Você me perdoa?"
O Han Solo se tornou um personagem icônico e poder saber um pouco mais sobre o seu passado foi algo incrível. Quem poderia imaginar que ele tinha vontade de entrar na Academia Imperial? Que ele já tinha tido uma relação muito forte e próxima com outro Wookiee? Ou que o homem do "I love you" "I know" já sofreu por amor?
Bem, o livro "Star Wars: A Armadilha do Paraíso" responde muitas perguntas e dúvidas de que tínhamos a respeito do personagem, sobre como foi sua infância e juventude, de como era a sua vida antes de conhecer o Luke e a Leia. Esse é um livro que todo fã de Star Wars deveria ler, principalmente, se for uma pessoa que adora o Han Solo! A leitura flui com uma grande rapidez, o vocabulário é simples e fácil (claro que tem algumas referências ao universo de Star Wars que pode gerar alguma dúvida no leitor, mas nada muito complexo) e acredito que a A. C. Crispin conseguiu captar exatamente toda essa essência do caçador de recompensa mais amado da galáxia.

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